Frete: O Obstáculo Para Muitos Leitores

Olá pessoal, tudo bem? Estou aqui para um desabafo. Sou uma ávida leitora. Apaixonada pelo ato de ler porém, também viciada na arte de comprar e escolher livros. Sou o tipo de pessoa que passa horas nos aplicativos e sites de livrarias e sebos descobrindo novas leituras procurando sempre pelos melhores preços por aqueles livros que almejo tanto.

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 Bibliofilia

Bibliofilia

bibliofilia (grego: biblion, livro, e philia, amor), segundo o verbete de Aurélio Buarque de Holanda, consiste na arte de colecionar livros, tendo em vista circunstâncias especiais ligadas a sua publicação. No entanto, são essas duas palavras, “circunstâncias” e “especiais”, que mais despertam dúvida e mais oferecem lugar a divagação. Popularmente, denominamos de “bibliófilo” aquele que costumar ler com muita frequência. O historiador português João José Alves Dias define um bibliófilo simplesmente como “aquele que ama os livros”

Não se deve confundir a bibliofilia com a bibliomania, que consiste em uma desordem obsessivo-compulsiva em que a pessoa passa a adquirir livros desenfreadamente, não necessariamente com intenção de lê-los, trazendo complicações para sua vida.

Você conhece ou é uma pessoa assim?

Book Tag Eu Nunca

 

1 – Um livro que todo mundo leu e eu nunca:
Qualquer livro do Joãozinho Verde (John Green, hehe)

2 – Eu nunca li algo tão maravilhoso:
Qualquer livro da Gillian Flynn ou Sidney Sheldon, são meus escritores favoritos do universo.

3 – Eu nunca imaginei que iria até o final:
Livros do George R.R. Martin, e não por serem ruins, são maravilhosos! Mas a diagramação é pra matar qualquer um.
4 – Eu nunca vou terminar isso:
Saga 50 tons. Parei no 3, odiei.
5 – Eu nunca vou me arrepender de ter lido isso:
Saga Harry Potter. Pode passar o tempp que for, sempre será meu amorzinho.
6 – Eu nunca faria isso:
Eu acho demais as atitudes da Rose Hathaway de Academia dos vampiros, mas nunca teria tanta coragem, mas queria…

7 – Eu nunca queria ter que admitir que li isso:
Se eu pudesse apagar “50 tons” da minha memória, eu faria isso. Realmente acho péssimo, mas um abraço pra quem gosta 😅

8 – Eu nunca li algo tão fofo na minha vida:
Recomeço, da Patrícia Fialho segue sendo um dps livros mais amorzinhos que jái na vida.
9 – Eu nunca ri tão alto lendo um livro:
Um Trabalho Sujo, é um livro em que o cara vira a morte. Eu chorava rindo.
10 – Eu nunca poderia ter sobrevivido a minha infância sem esse livro:
Te amo daqui até a lua e Menina nonita do laço de fita são certamente meus favoritos infantis .

O que acharam? Já leram algum?

Resenha crítica: Corte de Espinhos e rosas

Resenha crítica

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Título: Corte de espinhos e rosas

Escritora: Sarah Janet Maas

Editora: Galera

Gênero: Literatura fantástica

Data de publicação: 5 de maio de 2015 (EUA0

Título original: A Court of Thorns and Roses

No primeiro livro da trilogia temos a história da adolescente Feyre Archeron que vive em um mundo com uma muralha mágica dividindo os humanos de criaturas mágicas, os feéricos. Após seu pai, um ex mercador, perder a riqueza e se mudar para uma aldeia, a jovem aos seus onze anos de idade aprende a caçar para poder sustentar sua família que não estavam dispostos a abandonar a vida antiga. Aos dezenove anos de idade após matar um feérico tudo muda completamente e ela terá que pagar uma vida pela outra e enfrentar o misterioso mundo dos Feéricos, Prythian.

O exemplar é dividido em 46 capítulos com ao todo 431 páginas. Foi publicado pela Editora Galera no Brasil dia 22 de agosto de 2015 e tem em seu texto o foco narrativo de narrador personagem, ou seja, é escrito em primeira pessoa, sendo contado por Feyre. A capa também pode te chamar muito a atenção, do primeiro ao terceiro livro.

A obra começa com a personagem caçando na floresta após longos dias passando fome até que ela acha uma corça e um lobo. Com seu arco e flecha e os anos de treinamento- apenas observando os ostros caçadores- ela mata os animais. Mais tarde no chalé pequeno de sua família, uma besta enorme e feérica arranca a porta perguntando o responsável pela morte de seu amigo e Feyre se entrega para poder salvar suas irmãs, recebendo proposta de ficar vivendo no mundo daquelas criaturas ou morrer.

Ela teria que dar a sua vida para compensar o que tinha feito e ter que viver em Prythian- que ela só conhecia através de lendas. Em seguida Feyre descobrira que aquele mostro horrível era Tamlin o grão senhor de sua corte, um rapaz louro de olhos verde e uma máscara que não sai de seu rosto.

Tudo naquele mundo era diferente: tinha mais cores, casas grandes por todos os lugares, flores espalhadas, era a Corte Primaveril. Existiam 7 cortes atrás da muralha e todas são governadas por grãos feéricos que eram a autoridade máxima daquele lugar.  Ao ter que viver em uma mansão, sem se humilhar ou deixar o medo vencer, junto com o ser mais poderoso daquele lugar ela acaba se apaixonando e descobre um segredo sobre uma maldição que aterroriza aquela terra junto com seu povo por anos.

O livro foi escrito para adolescentes maiores de 16, mas eu recomendo 12 para cima. É intrigante do começo ao fim; não tem enrolação ou coisas que te façam desistir do livro na metade, nada disso. O final é definitivamente inesperado e incrível. A inspiração inicial de Sarah, o que você pode notar, é que a história é baseada em A Bela e a Fera e tem uma mistura com Game Of Thrones. Todos os capítulos são bem descritivos e contém personagens que fazem com que a história não seja sem graça: Lucien e seu jeito sarcástico.

O desfecho é o melhor possível e quebra todas as suas expectativas, fazendo com que o segundo livro seja melhor que o primeiro. O preço do livro pode depender do lugar onde você compre, mas já dito antes, com certeza vale a pena, porque além de te trazer mais uma ressaca literária no fim, vai te ensinar que nem sempre as coisas são o que dizem ou o que aparentam ser.

Sarah J. Maas também é a escritora da tão conhecida série Trono de Vidro, que tem 8 livros, onde tem muito em comum com Corte de espinhos e rosas: os feéricos, magia, o tempo em que se passa (medieval) e o empoderamento feminino. A literata começou a escrever com 16 anos, ganhando vários prêmios aos anos e faz sucesso com seus livros até hoje. Ela pretende lançar mais livros para frente e nós leitores vamos esperar ansiosamente.

Você já leu essa maravilha? 

Resenha Belle

‘Belle’ tem o potencial de ser muito mais, mas a escrita sem brilho, as reviravoltas intermináveis ​​e o personagem principal completamente desagradável tornaram a leitura tediosa.⠀
O assunto é interessante e incomum, mas Belle como o personagem principal o arruina para mim. Sua irritante ingenuidade e vontade de divulgar sua história para quem ela conhece parece fora do personagem para alguém que já passou por isso em uma idade jovem. Além disso, suas muitas tentativas fracassadas de escapar se tornam irritantes depois de um tempo.⠀
A mãe de Belle, Annie, mencionou que garotas jovens raramente são forçadas à prostituição, e poucas superaram o trauma mental e emocional. No entanto, Belle não parece ter mudado nem um pouco. Ela é bem plana e estática como personagem.⠀
Outra coisa que eu achei irritante foi que toda vez que Lisette é mencionada, Pearse tem que trabalhar no fato de que as vidas de Lisette e seu filho estarão em perigo … etc. fica entediante depois da segunda ou terceira repetição.⠀
O estilo de escrita de Pearse aqui não está cortando para mim (embora eu possa estar errada, porque eu ainda não li nenhum de seus outros romances). Embora eu não seja um grande fã desse tipo de livro, isso não tem tempero nem sutileza. É diálogo bastante suave para um assunto tão emocionante.⠀
Francamente, eu acho que o cenário de Nova Orleans foi o melhor entre os outros lugares no romance, e talvez se a história fosse centrada lá com foco nos personagens mais experientes como Etienne, Lisette e Noah, teria me sentido mais envolvida com a história.⠀

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E vocês já leram? Me contem o que acharam desse livro.

Potterflexão

Estava relendo pela trozenta vez Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban. Só que dessa vez tive uma visão bem mais crítica do que a que eu tinha quando lia só pra terminar logo a viciante série [que por sinal teve um fim que me fez pensar que o último livro estava com defeito quando no final tinha uma página branca logo em seguida]. Observei que existem algumas passagens do livro que me deixaram de queixo no chão. Por exemplo, no capítulo dez, que tem como Título “O Mapa do Maroto”, na página 160, há uma frase que Harry lembra, assim que os gêmeos Weasley o presenteiam com um mapa mágico do terreno do castelo de Hogwarts, que foi dita pelo pai destes meninos: “Nunca confie em nada que é capaz de pensar, se você não pode ver onde fica seu cérebro.” Já olhei pra essa frase muitas vezes, mas quando a li e não consegui uma interpretação convincente [pra mim]. Enfim, eu estou perturbada porque de algum modo ela mexeu comigo, não sei o por quê. Se alguem quiser me ajudar, dando sua opinião sobre a ditacuja, esta será extremamente bem recebida.

(Esse texto foi postado em meu blogger pessoal antes, mas respostas ao conteúdo da postagem me interessam até hoje)

 

Link do post original: https://karolinaaloks.blogspot.com/2009/08/reflita.html?m=1

Esboço de um Discurso Poético, Profético e Político.

É praxe num discurso sobre a importância dos livros que o orador molde sua própria voz num tom meio profético, meio político e, por que não dizer, até mesmo apocalíptico. Provavelmente não fugirei á regra. Exceto em um ponto, o menos discutido talvez.

Numa sociedade cada vez mais utilitarista e funcional, o ato de ler é cada vez mais “glorificado” (na imprensa, na sala de aula, no trabalho) como algo realmente importante, pois nos possibilita, por exemplo, aprender novas palavras, aprender a escrever melhor e adquirir novas visões de mundo por meio de escritores originários das mais diversas localidades e tempos históricos.

Não tem nada de errado nisso.

Entretanto, tendemos a ver a leitura-livros não como algo que deveria “estar na cesta básica do brasileiro, ao lado do feijão e do arroz”, mas sim como uma escada.

Como assim uma escada?

Ilustremos este conceito da seguinte forma: um estudante universitário, geralmente jovem, ainda cheio de ideais e brilho nos olhinhos de gude, está abarrotado de livros para ler neste semestre, a maioria de suas leituras se resume a obras técnicas e/ou didáticas, sem contar as apostilas. Lê muito, impulsionado, claro está, pelas provas que se aproximam, pelos trabalhos acadêmicos, pelo TCC que deve ser defendido já no mês que vem. Sofre por cinco longos anos e, finalmente, conclui o curso. Já tem o diploma em mãos, já está com seu currículo acadêmico completamente preenchido. Era uma vez o estudante que resenhava ardorosamente os autores principais de sua área: agora o ex-estudante quase não lê, nas horas vagas procura se entreter vendo vídeos na internet, comentando e curtindo postagens nas redes. No final de semana, cansado do trabalho (ou, quem sabe, da falta dele) vai até o cinema, ou ainda melhor, fica em casa onde tem Netflix.

Acredito que a maioria de nós é ou será como o ex-estudante, leitores ávidos num período da vida e depois decadentes, desinteressados, e (o que torna mais amarga a ironia) conscientes do quanto é importante a leitura em nossa vida ou qualquer outro chavão intelectual do gênero.

Por isto o termo “escada”, a leitura só tem valor enquanto meio de conseguir status, reconhecimento acadêmico ou, simplesmente, um diploma. Utilizamos a escada para chegar até determinado patamar, uma vez que se chegue ao andar pretendido, a escada se torna inútil – por mais que se reconheça sua importância e valor.

Em outras palavras: o problema não é que não se leia, o problema é que não se gosta de ler. E há uma discreta (mas enorme) diferença nisso. Freud já dizia que somos regidos pelo principio do prazer em nossas relações com o mundo, por que deveria ser diferente com nossas relações com a literatura – que nada mais é que um mundo reinventado constantemente? E, entretanto, ainda é forte a concepção do livro como algo pesado, difícil, algo acessível apenas para alguns “tipos” específicos de pessoas, como “intelectuais, estudantes ou professores”; tal visão tende a colaborar a ideia de que os leitores (está espécie ameaçada de extinção) são um bando de esnobes pertencentes a uma elite distante que nada tem a ver com a vida real de fato.

Colocar o prazer da leitura como cláusula capital para a formação de um real interesse é o ponto de partida pra se pensar como fomentar – seja num trabalhador braçal de construção civil ou uma motorista de ônibus – a leitura em todas as classes sociais e em qualquer lugar.

Para uma saudável relação com a leitura é necessário ter um orgasmo com o livro que se está lendo. Parece brincadeira, mas é verdade. A literatura, está “verdade das mentiras”, como diria o escritor peruano Mario Vargas Llosa, precisa ser vista como meio e como fim em si mesmo.

Na escola aprendemos várias coisas sobre poesia, aprendemos principalmente a odiá-la. Para que aquela insistência em ensinar a contagem de estrofes ou a separação de silábas num verso? Isto tira todo tesão que um pré-adolescente poderia ter daqui pra frente a cerca da literatura e ramificações. A leitura não deveria resgatar, antes de tudo, o nosso senso lúdico de observar a realidade? A literatura não deveria ser mais do que uma morfina para aguentar o dia a dia? Mas isto já é assunto para um tópico no fórum do Clube do Gueto.

Indico aos interessados no assunto que leiam este texto do tradutor Paulo Raviere.

[Uma gororoba feita por Baleia, a Cadela]

Os Incompetentes para a Vida

“O intervalo que me separa de meu cadáver é uma ferida para mim; todavia,
aspiro em vão às seduções da tumba: não podendo separar-me de nada, nem
cessar de palpitar, tudo em mim assegura-me que os vermes permaneceriam
inativos sobre meus instintos. Tão incompetente na vida como na morte, odeio-me,
e neste ódio sonho com outra vida, com outra morte. E por haver querido ser
um sábio como nunca houve outro, sou apenas um louco entre os loucos…”                                                                                                                  [Breviário de Decomposição, E. M. Cioran]

“Afinal, isto bem me contentaria se eu conseguisse persuadir-me que esta
teoria não é o que é, um complexo barulho que faço aos ouvidos da minha
inteligência, quase para ela não perceber que, no fundo, não há senão a minha
timidez, a minha incompetência para a vida.”                                                                                                                                                              [Livro do Desassossego, Fernando Pessoa]

Contemporâneos por estarem igualmente fora do tempo, Cioran e Fernando Pessoa eram tipos solitários, viviam em mansardas, caminhavam sem rumo pela cidade ou pelo campo; eram misantropos, sim, mas não pessimistas como podem levar alguns a crer. “Eu não sou pessimista, sou triste.” diria Fernando Pessoa… ou Cioran? A escrita de ambos é tão única e tão semelhantes entre si são seus escritos que um parece ser o comentador da obra do outro. O tédio, a solidão, o vazio, a tristeza, o desespero, a morte, a ilusão, o sonho, o tempo e a eternidade, os santos, Deus e o diabo são temas recorrentemente assediados por estes dois filósofos órfãos de qualquer Verdade/Doutrina/Sistema… enfim, carentes de uma qualquer forma sólida de consolação.

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Um breve desabafo…

Já pensaram em viver em um mundo sem palavras? Um mundo sem vírgulas ou pontos? Um mundo sem rimas ou poesias? Sem estrofres ou parágrafos? Sem capas nem lombadas? Sem escritores ou leitores?

Seria um mundo tão triste, não acha? Sem contos de fadas, sem histórias de aventura e heróis, sem palavras apaixonadas proferidas por casais em uma grande trama romântica… Tudo seria um grande e completo nada.

Me apavora sequer pensar em viver em um mundo, em que um dia, não exista mais livros nem histórias…

Que os livros e os contos existam por muito mais tempo que a humaninade. Assim os nossos sonhos e nossa imaginação permanecerão eternos nos nossos corações.

Clube do Gueto