O mundo se despedaça – Chinua Achebe

A julgar por essa belíssima obra, iniciei bem as leituras de 2020! O livro traz a historia de Okonkwo,  um ilustre guerreiro da aldeia de Umuófia, na Nigéria.  Personagem controverso,  pode ser amado e odiado em questão de linhas. Muito corajoso e firme, conduz com mãos de ferro sua família e é respeitado, além de temido, pelos habitantes de onde mora. Mas no íntimo sofre com dúvidas, temores e emoções que nunca deixa transparecerem.

Dividido em três partes, o livro começa apresentando os personagens,  suas crenças,  histórias e desafios. Okonkwo está em seu auge, mas uma série de acontecimentos anunciam sua derrocada.  Na segunda parte o vemos tentar reerguer-se, para na terceira parte conhecermos seu destino. A decadência do (anti)herói se confunde com a da cultura africana em contato com os homens brancos.

A leitura é muito fluida, parece que estamos a ouvir um ancião contando “causos”. Mas não se engane! A aparente simplicidade da escrita contém muitos elementos a serem descobertos. Por exemplo, o modo de dar voltas e voltas para adentrar no ponto principal de uma conversa, presentes no discurso de muitos personagens é também presente no próprio texto,  quando o início da influência dos brancos nas aldeias é citada após muitas páginas, de forma despretensiosa.  Cada conflito aparentemente simples é um prenúncio da crise que está por eclodir.

Um livro que despertou ainda mais minha vontade em conhecer melhor a literatura africana. Recomendo com força!

Arte e Cura. Passado, presente e futuro

Livro: “Arte e Cura. Passado, presente e futuro”.

O livro escrito por Eurico Gaspar, em parceria com a Unimed Belém e o sindicato dos médicos do estado do Pará (SINDMEPA) é o resultado de uma ampla pesquisa sobre a história das doenças ao longo dos tempos. O texto é extremamente didático e acessível, você não precisa ser da área da ciências humanas ou das ciências da saúde para entender o conteúdo do livro. O autor realizou a proeza de resumir conteúdos pesados de uma forma simples e direta. Se você precisa fazer uma pesquisa académica, esse livro é uma ótima introdução/guia pois ele não aborda somente a história medieval, eurocêntrica, mas também faz um breve passeio pelos povos americanos antes de Cabral. Se você não se encaixa em nenhuma dessas denominações,a leitura desse livro vai deixar seu papo bem mais cult e interessante.

O título do livro, entretanto, deixou-me um pouco frustrada em relação ao seu conteúdo ( “não julgue um livro pela capa, né? Eu sei), ao contrário do que ele te faz acreditar, ele vai abordar unicamente a história das doenças, deixando de lado a relação da arte de lado. O que me deixou um pouco frustrada, pois a forma como a arte pode auxiliar os tratamentos, a maneira como os procedimentos eram ilustrados em pinturas e similares daria um tópico e tanto.

Embora o texto faça, em alguns momentos, referências as outras profissões, ele acaba pecando ao ficar muito centrado na medicina, como a ciência responsável por toda evolução do conhecimento da área da saúde, o que não corresponde a verdade (se você acredita nisso, volte duas casas no jogo da vida).

Não sei qual foi a circunstância que gerou a produção deste livro, mas a ideia foi incrível e merece ser explorada, da vontade de ler muito mais sobre o assunto. Os acertos e fragilidades do produto final resultaram em um belo livro que te deixa com mais vontade de saber mais sobre a história da saúde

Resenha Eu sou Malala

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Título: Eu Sou Malala
Autor: Malala Yousafzai- com Christina Lamb
Editora: Companhia das Letras
Número de Páginas:  344
Ano de Publicação: 2013

 

Malala Yousafzai nasceu em 1997, no Vale do Swat, Paquistão, mas foi em 2012 que ela ficou conhecida mundialmente depois de ter sido baleada por extremistas do Talibã por lutar pelo direito das mulheres à educação.

O livro é uma biografia, escrita por Malala com a colaboração da jornalista e correspondente no Paquistão e no Afeganistão Christina Lamb. Com uma narrativa extremamente rica, clara e envolvente o livro nos proporciona mergulhar na vida dessa jovem ativista, bem como na realidade do país em que nasceu e, sobretudo, nas condições sócio-históricas que permeiam a realidade paquistanesa.

No país de Malala nascer mulher significava ter a vida permeada por limites, regras e normas específicas, como, por exemplo, de só poder sair na rua acompanhada de uma figura masculina. Filha de um professor, desde cedo a menina foi incentivada à busca por conhecimento e empoderamento. E esse aspecto é um dos mais bonitos e singelos que pude notar: a relação entre pai e filha, uma relação de cumplicidade, aprendizagem, admiração e que nos emociona em diferentes momentos durante a leitura.

A história é bastante ampla, pois mostra, além da rotina de Malala, os conflitos políticos e econômicos que acometiam o país, as mudanças que foram ocorrendo na medida em que ela foi crescendo, o contexto religioso e o ponto crucial que é a questão educacional, que passou a ser restrita apenas aos meninos. Depois dessa restrição, Malala, que já era uma garota com uma opinião muito bem formada e que escrevia sob um pseudônimo para um blog denunciando as atrocidades cometidas às meninas que tentavam frequentar a escola, mais tarde passou a ser chamada também para dar palestras. Com isso, sua família passou a sofrer inúmeras ameaças e, em outubro de 2012, um homem armado parou um ônibus escolar procurando por Malala e disparou vários tiros que acertou a menina, inclusive na cabeça.

Marnie – Winston Graham

Publicado pela primeira vez em 1961 pela editora Hodder & Stoughton e muito tempo depois traduzido e distribuído pela Abril Brasil, Graham nos trás uma misteriosa personagem de nome Marnie.

Uma jovem mulher de apenas 23 anos que além da pouca idade esconde seus traumas e crimes passados, estes que por outrora não conseguia conter.

Marnie é uma ladra. Ela rouba grandes quantias de dinheiro das empresas do qual trabalhou. Dotada de esperteza e inteligência adota artimanhas para escapar de seus crimes, fugindo para outra cidade, adotando falsas identidades e mudando a aparência.

Marnie também não é feliz, tendo repulsa por sexo e homens que entram em sua vida, a causa de seus traumas envolve sua infância e sua doente mãe que ela esconde de todos e a sustenta com o dinheiro dos seus crimes.

Nesta jornada conhecemos Mark Rutland que se apresenta como um dos seus chefes numa gráfica ao qual ela comete o mesmo crime de roubo. Rutland descobre o que Marnie fez e a põe contra parede.

 

MINHAS CONSIDERAÇÕES:

Descobri o livro por acaso quando estava a procura de outras obras de Winston Graham, vi que tinham duas ou três edições traduzidas e mais uma adaptação cinematográfica Marnie – Confissões de Uma Ladra (1964) dirigida por Alfred Hitchcock. Então adquiri um exemplar pelo site Estante Virtual e aqui estou.

Marnie pra mim foi uma grande surpresa, lendo os primeiros capítulos já estava achando que não passava de mais um romance bobo contemporâneo, ledo engano.

Chamou minha atenção ideia do autor de tocar em assuntos que naquela época ainda eram Tabus ou desconhecidos como a Cleptomania e Abuso parental e como podem levar uma pessoa a carregar traumas pra vida inteira.

Também gostei de como a personagem tem uma paixão enorme por cavalos de corrida e um amor enorme pelo seu cavalo de estimação, Forio, o único ser masculino em que ela consegue confiar. E a forma que ela perde esse amigo é bem triste.

Mark Rutland se mostra um cara um tanto machista (o que coincide com época), faz Marnie se casar com ele a preço de não entrega-la a justiça. Não a compreende e tenta arrancar a força todo o passado de Marnie. Se isso não é um Relacionamento abusivo, eu não sei o que é!

 A relação de Marnie e sua mãe é um tanto complicada, a mãe não sabe que é sustentada por seus furtos e ainda esconde de Marnie um passado assombroso que é a grande chave de todos os traumas que sua filha tem e não se lembra o que aconteceu (Marnie tem uma Amnesia dissociativa).

 Ah… o final… é angustiante mas ao mesmo tempo bom, ainda deixa no ar o que pode aconter.

É isso, minha resenha acaba aqui porque não posso me estender muito, acabo contando o final! Haha

Espero que tenha gostado e avaliem pra mim.

Até mais, beijos.    

Marnie (1981) – Coleção Grandes Sucessos

Autor: Winston Graham

Tradução: Virgínia Lefèvre

Editora: Abril Cultural

O Papel de Parede Amarelo – Charlotte Perkins Gilman

Enfim chegamos à última leitura do meu clube do coração Leia Mulheres a leitura destruidora do conto “Papel de Parede Amarelo”, de Charlotte Perkins Gilman.

É um livro cheio de metáforas que flerta com o suspense, com o terror psicológico, com o medo, e pasmem, com o biográfico, pois a autora sofreu o mesmo tipo de tratamento pelo repouso, não lhe sendo possível, assim como a personagem, exprimir idéias.

Confesso que eu o li três vezes, a primeira como suspense, na segunda leitura me deparei com a crítica social, com uma voz feminista alertando sobre a violência sofrida pelas mulheres no aspecto do esquecimento social e no abandono da saúde mental, além do posicionamento quanto ao trabalho das mulheres frente ao seu “papel” de dona do lar.

E nesta madrugada li pela terceira vez, e minha experiência com este conto é um divisor de águas, destruidor de ilusões. O conto é uma grande metáfora sobre a vida da mulher, e é atemporal.

A personagem vai enlouquecendo pelo confinamento, no entanto, mesmo sendo uma mulher de seu tempo, ousa em trabalhar escondida (escrevendo), inclusive da cunhada, outra personagem mulher que se opõe ao movimento feminista da época, sendo aquela que faz às vezes da dona da casa e mãe. Para mim, é a personagem que mostra a ausência de sororidade.

O processo de perturbação entra em seu auge quando do papel de parede amarelo saltam outras mulheres exasperadas, entre o delírio e o socorro, o que reflete a atualidade, pois ainda sofremos com o abandono e o descaso de nossa saúde mental e física, não nos faltam estatísticas sobre exaustão feminina.

Fecho esse ano de Leia Mulheres com a certeza que as vozes femininas necessitam ser ouvidas mais vezes e mais alto, que nossas vidas devem ser tratadas com igualdade de direitos e de deveres, e que somos uma força inigualável, e que devemos reagir sempre contra qualquer violência contra mulheres, pois somos tratadas mal por esta sociedade machista e patriarcal pelo fato terem medo de mulheres que articulam idéias e as defendem com inteligência e astúcia.

O famigerado Mindset

Dando uma chance para os autoajuda.

Comprei esse livro na livraria Ifá, quando fui com a Baleia, a cadela, por influencia de uma palestra que assisti em São Paulo.
Como muitos sabem, esse ano eu viajei mais de 10 vezes pra São Paulo para participar de um programa para jovens líderes, ao qual fui selecionado.
Imerso nesse meio empreendedor, que discute problemáticas sociais sérias, eu me vi tentando ser um super-herói , por ter passado numa seleção de quase 10.000 inscritos, porém com grande medo de errar, tentando ocultar erros e fracassos.
Toda vez que algo dava errado eu pegava esse livro (como pentecostais fazem com a bíblia) e lia um capítulo. Dessa última, resolvi terminar de ler. Eu nem estímulo as pessoas a lerem autoajuda, mas esse aqui é muito atual pra conter a pressão desnecessária em cima de nós, para podermos focar no nosso próprio esforço, esquecendo um pouco aquilo que vem de fora, sentimentos que não nos pertencem.
Para quem ficou curioso, o livro tenta classificar dois tipos de pessoa e comportamento, os de Mindset fixo e os de Mindset de crescimento. Mindset fixo acredita em poderes e habilidades natas, onde alguns nascem para vencer. Quanto ao Mindset de crescimento dá ênfase no aperfeiçoamento contínuo. O livro da exemplos de muitos famosos e os compara.
Bom, é isso.


Ao mantra: dêem uma chance para a autoajuda.

Resenha Mapa dos Dias

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Livro: Mapa dos dias ( O lar da srta. Peregrine para crianças peculiares )
Autor(a): Ransom Riggs
Editora: Intrínseca
Páginas: 448

Resenha

 

Jacob retornou para casa, tentando encontrar uma forma de viver sua vida normal e conciliá-la com a peculiar, voltando para a fenda no País de Gales e reencontrando seus amigos e a doce Emma. Mas algo mudou no mundo peculiar e Jacob não precisa mais pensar no assunto quando a Srta. Peregrine e todos os seus amigos aparecem em sua casa, nos dias atuais.

Por algum motivo, o tempo reiniciou para todos os pupilos da Srta. Peregrine e eles podem circular livremente no tempo presente, sem envelhecer aceleradamente. Agora eles estão em missão por todo o Recanto do Demônio, tentando reconstruir o próprio mundo, desbravando fendas e salvando peculiares.

Só que como todos pararam no tempo durante a segunda Guerra, nenhum dos jovens tem noção de como se comportar nos dias atuais. E é aí que Jacob vai entrar, ensinando seus amigos a “normalidade”, enquanto faz sua própria tarefa no Recanto, onde é tratado como um herói por ter exterminado os etéreos e acólitos, grandes inimigos dos peculiares.

Porém, as tarefas destinadas aos jovens não são o que eles esperavam. Quer dizer, eles salvaram o mundo, mereciam mais do que separar correspondência ou carregar peso, não é mesmo? Então, quando uma oportunidade de ouro aparece, Jacob e seus amigos não hesitam em agarrá-la e mudar suas vidas para sempre.

Acontece que Abraham Portman, o avô de Jacob, escondia um bunker secreto em sua casa. Depois de ir embora de Gales, Abe não largou a vida peculiar e seguiu pelos Estados Unidos caçando acólitos e protegendo todo e qualquer peculiar que encontrasse. No bunker, Jacob encontra informações que o levam a um antigo parceiro do avô e faz com que o garoto decida seguir seus passos.

Quando recebe sua primeira missão, Jacob não pode ir sozinho. Emma é a escolha óbvia, é claro, e os talentos de Millard e Bronwyn podem ser muito úteis nessa empreitada. Enoch acaba indo junto por insistência e não demora para os cinco se aventurarem pelos Estados Unidos para atingir seu objetivo. Mas será que Jacob está preparado para reviver o passado de Abe e desenterrar segredos sobre quem seu avô realmente era?

Resenha “Depois daquela viagem”

Valéria Piassa Polizzi é a autora e também personagem dessa fascinante história.

É uma autobiografia (melhor chamado de diário de bordo), que conta a história de uma adolescente que contraiu HIV na sua primeira relação sexual e teve que aprender a conviver com o vírus.

A princípio ela esconde essa realidade dos seus amigos e recusa o tratamento, mas, aos poucos, com a idade que vai adquirindo – vejam bem, ela é uma adolescente, estava com os hormônios a flor da pele e recebe o diagnóstico na década de 80, o que, se hoje já é difícil, mesmo com todos os tratamentos, naquela época era ainda mais mal visto pela sociedade e amedrontador para o paciente – acaba conhecendo a vontade de viver.

A história é encantadora, conta com aspectos que quase todos gostariam de fazer como, viajar e estudar nos EUA, conhecer pessoas de diversos países, nunca esquecer os velhos amigos de escola que, quando descobrem sobre a doença, permanecem sempre ao lado dela… Vale ressaltar ainda que o livro faz um acompanhamento dela e dos amigos e podemos ver a maturação ao passar dos anos.

ALERTA DE SPOILER: Os amigos só descobrem sobre o HIV durante uma crise de pneumonia (ou tuberculose, desculpem, li o livro aos 11 anos, mas ele não saiu da minha estante) que é agravada pela doença e somado a vários outros fatores, quando ela está de volta ao Brasil e são estes amigos que dão força pra que ela escreva o livro. (#Por mais amigos assim <3)

Valéria hoje tem cerca de 48 anos e está pleníssima dando palestras e escrevendo diversos outros livros… O livro é de 1997, mas tem dilemas mais que atuais.

Recomendo!!

Bjinhos, Ana :-*

Despertar – Octavia Butler

Despertar tem muitos temas, escolhi aquele que mais me chamou atenção, senão isso aqui vira uma tese.⁣

O livro nos mostra como seria a vida dos humanos se, após destruímos o planeta, fossemos salvos por seres alienígenas.⁣

É chocante como Octavia Butler trata do caso, me fez ter muita vergonha alheia sobre como nossa espécie se comporta egoísta e cruel com o diferente.⁣

O diferente não é o ser alienígena, não! O diferente somos nós mesmos, humanos de diversas formas, tamanhos, gêneros, condição social, pensamentos ideológicos, enfim… nós somos incrivelmente ruins, perversos e tóxicos.⁣

O alienígena nos salvou, e por mais que tenham nos “estudado” como uma experiência de laboratório (polêmico isso, mas alegórico), nos deram oportunidade de melhorar, de devolver o planeta que destruímos pela intolerância.⁣

Esse paralelo é totalmente óbvio no livro, e toda relação entre os homens e os Oankali é repleta de desconfiança, de raiva, de dúvida, rejeição e por fim aceitação, eu até entendo.⁣

Mas Octavia Butler vai mais além, ela demonstra como é difícil o homem conviver com sua espécie sem haver conflitos.⁣

Ora são disputas por poder, ora são intolerâncias de todo tipo (coisas que são tão reais), Octavia promove uma reflexão sobre a aceitação do diferente, sobre a boa convivência, e sobre paz.⁣

O homem, como espécie, parece-me como nunca, capaz apenas de guerrear… seja consigo ou com qualquer outra espécie, e pouco importa se o resultado é a autodestruição.⁣

Sou do time Oankali!⁣

E vocês, dispostos a mudar de frequência e evoluir?⁣

O trono da Rainha Jinga – Alberto Mussa

Vários eventos violentos acometem a cidade do Rio de Janeiro de 1626, crimes que são atribuídos ao um grupo herético de escravos.⁣

A história tenta solucionar os crimes, mas não deixa de lado o contexto da escravidão, a condição do negro naquela época e das histórias de batuques e feitiçaria.⁣

Da intrigante trama chamou atenção a presença da Rainha Jinga em capítulos ocorridos na África que dão ao leitor fatos e frases enigmáticas envolvendo a rainha de Matamba.

Outro ponto rico da novela é a própria narrativa, onde cada personagem fala sobre os fatos acontecidos. Pareceu-me de certa forma que o autor estava ouvindo testemunhas. Achei bem interessante, porém confuso.⁣

Apesar de o autor afirmar que não é um romance histórico, e sim uma novela policial, o fato é que o fundo histórico teve importância essencial na recriação de cenários da Cidade do Rio de Janeiro, além da presença da figura da Rainha Jinga.⁣

Foi um boa leitura para um fim de semana!⁣

Agora vou atrás de outro livro que fale sobre a Rainha Jinga (ou Ginga, não sei!) pois fiquei curiosa!⁣

#lerliberta ⁣

Era uma vez um corredor

 

Quenton Cassidy, atleta da Southeastern University, sonha percorrer uma milha em quatro minutos. Quando está prestes a atingir sua meta, porém, a agitação política e cultural provocada pela Guerra do Vietnã chega ao pacato departamento de atletismo de sua universidade, mudando de forma repentina o rumo de sua vida: ao se envolver em um protesto organizado pelos colegas, Cassidy é suspenso da equipe de atletismo. Sob a tutela de seu amigo e mentor Bruce Denton, ganhador de uma medalha de ouro olímpica, Cassidy abre mão daquilo que seria seu futuro e incluía uma bolsa de estudos e a namorada, para se entregar a um refúgio monástico no campo.

Lá, ele começa a treinar para a competição de sua vida: uma disputa de igual para igual com o maior nome da história das corridas de uma milha. Um raro relato sobre os desafios dos corredores de elite.

Era uma vez um corredor é até hoje um dos romances mais bem-sucedidos de público e de crítica. Em narrativa inspiradora e divertida, revela o que o homem é capaz de fazer para superar seus limites e se tornar um campeão

 

 

 

O livro perfeito para quem é corredor, ele retrata o sacrifício dos km,os pensamentos que nós corredores por vezes temos.

Continue lendo “Era uma vez um corredor”

Resenha Duplo Eu

DUPLO EU
Autora: @navielavraie
Ilustrações: @audreynalley
Tradução: @renatasilveira4
Editora: @editoranemo

Duplo Eu conta a história pessoal da Navie em relação ao seu peso e como ela lidou com isso com o passar do tempo. Ao ir a uma nutricionista-psicóloga que disse que a obesidade que tinha era como carregar uma mulher da mesma idade nas costas, Navie criou, ou melhor, visualizou uma companheira de vida. No decorrer da história é contada a convivência das duas, como o duplo aos poucos foi “assassinado” e as consequências disso.

Essa graphic novel mexeu muito comigo e mais ainda porque eu precisava dela para me ajudar e estimular no pensamento balanceado de aceitação/desejo de mudar. Eu sei, é um pouco confuso até pra mim, mas ver meu problema contado em quadrinho, que é um dos meus formatos favoritos de leitura, foi muito reconfortante e inspirador. Sou muito feliz por ter amigas que me conhecem tão bem porque o timing da Clara foi perfeito. Me sinto grata!

Para finalizar, está totalmente recomendado, tendo você ou não problemas com seu corpo. A arte é maravilhosa e amei o laranja entre o preto do traço e o branco do papel, mexeu ainda mais comigo porque minha cor favorita é laranja.

Clube do Gueto