Gostaria de convidar vocês para no dia 04 de abril, participarem do lançamento on-line do meu novo livro de poesia: Lembranças.
Este livro foi escrito logo após o final de O Livro das Sombras, no dia 17 de março de 2019. É um livro muito especial, onde eu abro o meu coração e conto sobre as minhas dores, fantasias e felicidades. Também é um livro sobre mudanças e maturidade.
Nele também, eu falo sobre a minha família e namoro de uma forma sentimental e racional, que é assim que eu vejo a minha escrita.
Foi um livro fácil de escrever e, ás vezes, um pouco desafiador. As palavras fluíram facilmente para mim, mas é difícil conseguir dizer e deixar palavras verdadeiramente sentimentais nos meus escritos. Nós, escritores temos a tendência de nos camuflarmos em ficção e ao escrever poesia, eu sinto uma nudez crua. Saber que outras pessoas podem ler o que eu escrevi, ainda me causa agonia, mas não por que eu não quero, e sim porque ainda tenho a velha timidez, minha amiga.
Enfim, cada experiência marcante da minha vida se torna uma poesia e assim como foi em 2019, espero que 2020 me traga mais surpresas, sonhos e inspiração!
Acompanhem o lançamento de Lembranças no meu instagram @nickexaltacao. Prometo uma surpresa especial para todos que me acompanharem neste dia.
Categoria: Autoral
A Grande Luta
Hoje eu estava pensando sobre as grandes variedades que se tem para uma boa leitura. Existem pessoas que leem livros físicos, pessoas que leem livros digitais e pessoas que “leem” livros por meio de áudio.
Antes eu acreditava que todo leitor preferia o livro físico e que só recorria-se aos digitais quando o livro físico estava mais caro ou de difícil acesso, porém fiquei surpresa em saber quantas pessoas compram e preferem ler livros digitais também.
Posteriormente também conheci um outro método. Ouvir os livros por meio de áudios. Minha avó é uma senhora muito doce e culta, porém não tem a melhor das visões e sempre é tão agitada que não tem paciência de ficar parada lendo alguma coisa por muito tempo, então ela gosta bastante desses livros de áudio.
Engraçado que todos esses métodos para ler estão marcados na trajetória das minhas leituras. Na infância e pré adolescência eu lia muitos livros digitais porque meu pai não comprava livros para mim, e como eu era uma viciada em literatura, não tinha nem como acompanhar minha sede por leitura (só se eu fosse milionária para conseguir comprar e acompanhar todos os livros que eu lia). Depois, durante minha adolescência e vida adulta passei a rejeitar os PDFs e ser totalmente fiel aos livros físicos. E provavelmente, quando eu já for uma senhora com uma visão desgastada e impaciência demais para ficar parada, talvez eu adapte a ideia de livros por áudio kkkkk.
Mas a questão é qual o melhor jeito para ler? Comentem o que vocês acham.
Meu Blog
https://linylivroseresenha.blogspot.com/
Deem uma passadinha lá!
Vícios Literários
Olá pessoal, como vão vocês? Sabem de uma coisa? O que vou dizer agora pode causar muito desagrado em vários amantes da literatura, mas por favor, não me matem kkkkk. Meus argumentos podem não satisfazer a revolta de alguns mas pelo menos vão justificar meu ponto de vista sobre o assunto que vou abordar hoje: CAPAS DE LIVROS.
Vamos lá gente, atire a primeira pedra quem nunca comprou ou se interessou por um livro apenas por ter visto a capa? Aposto que em alguma situação da sua vida, pelo menos uma, você viu aquela capa linda que lhe chamou a atenção e fez o resto do livro conquistar seu coração… BÉÉÉÉÉÉ (uma tentativa frustrada de utilizar uma onomatopeia que indique um alarme/buzina kkkkk)!!!! Apresso-me em tentar alerta-los meus caros, que essa prática pecaminosa é totalmente viciante e pode por em risco sua saúde mental ! Isso mesmo que você acabou de ler! SAÚDE MENTAL!
Eu sou a prova viva de que isso pode virar um vício! Antes eu era uma simples leitora que independente da capa, sempre estava em busca de leituras novas, e ia em busca da sinopse em primeiro lugar para ver se o conteúdo do livro me interessaria. Porém, chegou o dia em que, enquanto perambulava pelas estantes de uma livraria, eu me deparei com o livro mais lindo do mundo. E quando eu digo mais lindo eu me refiro à capa, e não necessariamente ao conteúdo. Digo isso porque assim que vi aquela capa, meu primeiro instinto foi comprar o livro porque ele era lindo e não porque ele poderia ter uma boa história.
Hoje em dia nem lembro mais qual era o livro que tanto me encantou pela aparência, mas desde então peguei essa irritante mania de primeiro avaliar a capa, se é bonita e se ficará legal na minha estante. Obviamente que a sinopse será a palavra final, se devo ou não comprar o livro pelo conteúdo. Mas chega a ser um deleite quando me deparo com um livro, de capa bonita (se a capa for dura então… estou no paraíso) e com uma boa história.
Vocês devem estar se perguntando onde é que entra a parte que eu surto quanto ao risco desse vício. Pois bem, vou apenas colocar a seguinte situação, e vocês avaliarão o nível do perigo. Imagine você se deparar com um livro com a capa mais linda que você ja viu (fica a critério de cada um, avaliar o que é uma capa bonita para você), uma capa que ficaria simplesmente enfeitando a sua estante de livros inteira de tão linda que é. E depois desse encontro mágico entre você e a capa, você tem o desesperador choque de realidade em descobrir que o conteúdo/história do livro é a mais decepcionante/desinteressante que você já se deparou. Me diga se isso não faz a alma de um leitor (ou melhor, a alma de um leitor consumista/acumulador) se revirar em sofrimento?!?!
Tudo bem, talvez eu esteja exagerando um pouquinho kkkkk. Mas depois dessa obsessão que desenvolvi por capas, passei a sempre me interessar pelos livros primeiramente observando a capa e me frustrando caso a história seja chata ou um livro com um ótimo conteúdo tivesse uma capa feia.
Bom pessoal, esse foi o desabafo de hoje. Até mais!
Toda forma de amor
Dizem por aí
Que o amor é tudo que importa
Que ele supera todas as barreiras
Dores, amores
Idades frustadas
Separadas na maternidade
Dez, vinte, trinta anos
Mais
Sexo
Igual
Diferente
Mesmo amor?
Por que não
Por favor
Não mate seu amor
Ele não é a maior coisa que existe
Que seja estranho para quem for
É somente a sua dor
Do seu amor
E se seu amor realmente é tão forte
Vençam
Sejam mais
“Sejam tão felizes quanto a gente será”
Se eternizem
Nem que sejam em seus mundos
Sejam vocês.
Autora: Lany
Despertar – Octavia Butler
Despertar tem muitos temas, escolhi aquele que mais me chamou atenção, senão isso aqui vira uma tese.
O livro nos mostra como seria a vida dos humanos se, após destruímos o planeta, fossemos salvos por seres alienígenas.
É chocante como Octavia Butler trata do caso, me fez ter muita vergonha alheia sobre como nossa espécie se comporta egoísta e cruel com o diferente.
O diferente não é o ser alienígena, não! O diferente somos nós mesmos, humanos de diversas formas, tamanhos, gêneros, condição social, pensamentos ideológicos, enfim… nós somos incrivelmente ruins, perversos e tóxicos.
O alienígena nos salvou, e por mais que tenham nos “estudado” como uma experiência de laboratório (polêmico isso, mas alegórico), nos deram oportunidade de melhorar, de devolver o planeta que destruímos pela intolerância.
Esse paralelo é totalmente óbvio no livro, e toda relação entre os homens e os Oankali é repleta de desconfiança, de raiva, de dúvida, rejeição e por fim aceitação, eu até entendo.
Mas Octavia Butler vai mais além, ela demonstra como é difícil o homem conviver com sua espécie sem haver conflitos.
Ora são disputas por poder, ora são intolerâncias de todo tipo (coisas que são tão reais), Octavia promove uma reflexão sobre a aceitação do diferente, sobre a boa convivência, e sobre paz.
O homem, como espécie, parece-me como nunca, capaz apenas de guerrear… seja consigo ou com qualquer outra espécie, e pouco importa se o resultado é a autodestruição.
Sou do time Oankali!
E vocês, dispostos a mudar de frequência e evoluir?
O trono da Rainha Jinga – Alberto Mussa
Vários eventos violentos acometem a cidade do Rio de Janeiro de 1626, crimes que são atribuídos ao um grupo herético de escravos.
A história tenta solucionar os crimes, mas não deixa de lado o contexto da escravidão, a condição do negro naquela época e das histórias de batuques e feitiçaria.
Da intrigante trama chamou atenção a presença da Rainha Jinga em capítulos ocorridos na África que dão ao leitor fatos e frases enigmáticas envolvendo a rainha de Matamba.
Outro ponto rico da novela é a própria narrativa, onde cada personagem fala sobre os fatos acontecidos. Pareceu-me de certa forma que o autor estava ouvindo testemunhas. Achei bem interessante, porém confuso.
Apesar de o autor afirmar que não é um romance histórico, e sim uma novela policial, o fato é que o fundo histórico teve importância essencial na recriação de cenários da Cidade do Rio de Janeiro, além da presença da figura da Rainha Jinga.
Foi um boa leitura para um fim de semana!
Agora vou atrás de outro livro que fale sobre a Rainha Jinga (ou Ginga, não sei!) pois fiquei curiosa!
#lerliberta
Resenha Duplo Eu
DUPLO EU
Autora: @navielavraie
Ilustrações: @audreynalley
Tradução: @renatasilveira4
Editora: @editoranemo
Duplo Eu conta a história pessoal da Navie em relação ao seu peso e como ela lidou com isso com o passar do tempo. Ao ir a uma nutricionista-psicóloga que disse que a obesidade que tinha era como carregar uma mulher da mesma idade nas costas, Navie criou, ou melhor, visualizou uma companheira de vida. No decorrer da história é contada a convivência das duas, como o duplo aos poucos foi “assassinado” e as consequências disso.
Essa graphic novel mexeu muito comigo e mais ainda porque eu precisava dela para me ajudar e estimular no pensamento balanceado de aceitação/desejo de mudar. Eu sei, é um pouco confuso até pra mim, mas ver meu problema contado em quadrinho, que é um dos meus formatos favoritos de leitura, foi muito reconfortante e inspirador. Sou muito feliz por ter amigas que me conhecem tão bem porque o timing da Clara foi perfeito. Me sinto grata!
Para finalizar, está totalmente recomendado, tendo você ou não problemas com seu corpo. A arte é maravilhosa e amei o laranja entre o preto do traço e o branco do papel, mexeu ainda mais comigo porque minha cor favorita é laranja.
Cantando na Chuva
Um dos meus ditados favoritos diz que “quem vai pra casa não se molha”. Adoro andar e adoro chuva e adoro fazer o que gosto. Poder não precisar parar sob alguma marquise para esperar a boa vontade da natureza é um pequeno grande prazer, um luxo que somente a volta para casa nos dá.
Obviamente, reclamo de uma chuva que cai bem na hora que preciso sair, mas chuva é isso, chuva cai. A natureza está sempre certa e, como boa filha, respeito. É a coincidência que não me favorece.
Por outro lado, usufruir da chuva é como viver da natureza. E eu sou um tanto hiponga. Guardo pedras em formatos curiosos, uso folha seca pra marcar a página do livro, leio, aliás, melhor ao sol e pegando um ventinho.
Se você me vir por aí abraçando uma árvore, eu não estou louca. Estou tentando não ficar. Se eu estiver caminhando na chuva e falando sozinha, não se engane: não basta se molhar, tem que cantar também. A chuva é um incentivo à sanidade.
Energias
No mundo existe uma coisa O nome dessa coisa é energia Não me refiro a energia que acende a luz da casa Mas sim aquela que acende a luz da alma Dependendo da forma que é usada A mesma energia que acende, apaga Apaga os sonhos, os sentimentos e a calma. Essa energia pode ser positiva ou negativa, A positiva deixa os dias melhores, Transforma dor em alegria, Nos tira da agonia. A negativa deixa a vida escura, Cheia de amargura, Nos afoga nas nossas próprias loucuras. A diferença entre pessoas positivas e negativas é o que elas deixam por onde passam, As negativas, Deixam sua dor. As positivas, Deixam sua cor. -Ana Beatriz Marques
Vegetal
Eu descobri que força, é vontade
Agora quero ser feliz
Mesmo que o desgosto suba cada vez mais
Como xilema na planta que me tornei
Sou a prévia de tudo que vai acontecer
Com forma sólida quis te possuir
E já estou pronta
Você sorri e eu choro
Não ia aguentar ver de forma clara
Tratei de imediatamente desenhar situações
Para não cometer crimes
Do sentimento que me tira a razão
Chuto todos os potes de ouro
Bato palmas pra delicadeza
Volto pra casa
Choro sorrindo no ombro amigo
Tremula, sem saber o que sentir
Cavo um buraco na terra molhada do jardim
Ponho as mãos e os pés
Caio num sono agitado de lembranças
Desejos realizados de forma contorcida
Ficando dependente da caridade rara de alguém
Que fique contente em me ver corada e viva
Ana Karolina de Melo Paiva em 20/06/2010
Ânsia
Eu tenho ânsia de vida E vivo com ânsia, Ânsia de vômito, Ânsia de encontro, Ânsia de reencontro, Ânsia de carinho, Ânsia de seguir algum caminho, Ânsia de ter um destino, Ânsia de tu, Ânsia de mim, Ânsia de nós, Ânsia de ânsia, Ânsia de vingança, Ânsia de ser sempre uma criança, Ânsia de me ter, Ânsia de te ter, Tenho ânsia de tudo, Tenho ânsia de viver. -Ana Beatriz Marques 15/02/2018 (quinta) 11:21