Vegetal

Eu descobri que força, é vontade
Agora quero ser feliz
Mesmo que o desgosto suba cada vez mais
Como xilema na planta que me tornei
Sou a prévia de tudo que vai acontecer
Com forma sólida quis te possuir
E já estou pronta
Você sorri e eu choro
Não ia aguentar ver de forma clara
Tratei de imediatamente desenhar situações
Para não cometer crimes
Do sentimento que me tira a razão
Chuto todos os potes de ouro
Bato palmas pra delicadeza
Volto pra casa
Choro sorrindo no ombro amigo
Tremula, sem saber o que sentir
Cavo um buraco na terra molhada do jardim
Ponho as mãos e os pés
Caio num sono agitado de lembranças
Desejos realizados de forma contorcida
Ficando dependente da caridade rara de alguém
Que fique contente em me ver corada e viva

 

Ana Karolina de Melo Paiva em 20/06/2010

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