A Fúria dos Reis – Crônicas de Gelo e Fogo

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Título: A Fúria dos Reis

Autor: George R. R. Martin

Editora: LeYa

Páginas: 656

A saga das Crônicas de Gelo e Fogo continua agora em seu segundo livro, que se passa logo depois dos acontecimentos fatídicos de seu antecessor, que encerra os fatos com o prelúdio caótico em que Westeros entrará. Com a morte de Eddard Stark, seu filho, Robbert Stark, agora conhecido como o jovem lobo, herda a responsabilidade sobre o norte e é declarado ainda como Rei do Norte, além das terras fluviais. Determinado, o jovem rei vence batalha apos batalha e tem o regicida como prisioneiro em Correrio. Enquanto isso, em Porto Real, Tyrion Lannister é declarado mão do rei, e terá agora de lidar, além da fome e instabilidade do seu próprio povo na capital real, com as ameaças vindas de todos os lados, com o norte se rebelando, Renly Baratheon se aliando a Jardim de Cima e os Tyrell, sem falar de Stannis, irmão de Renly e do falecido rei Robert, que permanece um mistério isolado  em Pedra do Dragão. Em um reino dividido, é necessário escolher um rei para governar.

Minha Opinião:

O livro em si traz uma trama envolvente. Por se tratar de uma continuação, é necessário se ambientar no seu antecessor para compreender a trama, mas ao seu próprio ritmo a historia é simples e fácil de entender, muito embora os fatos sejam complexos ao se analisar como um todo as historias de todos os protagonistas, visto se tratar de um livro de múltiplas perspectivas de personagens.

Sobre o autor: 

George R. R. Martin é conhecido por suas tramas complexas e seu bom desenvolvimento de seus personagens, trabalhou 10 anos como escritor e produtor em Hollywood e por volta de 1990 começou a escrever sua obra mais famosa, As Crônicas de Gelo e Fogo.

Frase Favorita:

“A vida realmente dá reviravoltas estranhas.”

Resenha A Ilha Perdida

Titulo: A Ilha Perdida

Autor: Maria José Dupré

Editora: Vagalume

Páginas: 127

Henrique e Eduardo costumavam passar as férias na casa de seu padrinho aonde também morava seus primos, Oscar e Quico a casa ficava um pouco longe da onde eles morava (A região urbana). Certo dia Oscar e Quico começaram a contar historias e lendas sobre a “ilha perdida” que ficava ali próximo da casa deles atravessando o rio, Henrique e Eduardo ficaram curiosos e queriam visitar a ilha acharam uma canoa ali por perto e disseram aos seus tios que iriam visitar uma fazenda vizinha.

Henrique e Eduardo atravessa o rio e chegam as margens da ilha chegando lá eles amarram a canoa quando com uma chuva forte com enchentes um tronco junto da forte correnteza leva a canoa embora, desesperados Eduardo vai em busca de comida e Henrique fica na praia aonde ele encontra um homem que morava na ilha a anos chamado Simão que o aprisionou, Eduardo enquanto seu irmão estava preso construiu uma jangada salvou seu irmão do homem eles entram na jangada e voltam para a fazenda aonde encontram seus tios e primos preoucupados e procurando eles
a dias.

Ao chegarem na fazenda tomaram banho e contara o que havia acontecido.
No dia seguinte, receberam uma carta de suas irmãs, dizendo que elas iriam para a Ilha. Toda a família preparou a bagagem e resolveram ir até a ilha perdida procurar Simão para conhecê-lo. No outro dia choveu muito. Eles caíram na lama e ficaram muito sujos. Como não encontraram Simão resolveram ir embora.

 

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O livro é bem interessante e muito bom para crianças e jovens lerem, obviamente que isso é um breve resumo da história toda, no livro é tudo bem detalhado e você começa a se sentir como se estivesse na ilha junto do Henrique e do Eduardo

Os Incompetentes para a Vida

“O intervalo que me separa de meu cadáver é uma ferida para mim; todavia,
aspiro em vão às seduções da tumba: não podendo separar-me de nada, nem
cessar de palpitar, tudo em mim assegura-me que os vermes permaneceriam
inativos sobre meus instintos. Tão incompetente na vida como na morte, odeio-me,
e neste ódio sonho com outra vida, com outra morte. E por haver querido ser
um sábio como nunca houve outro, sou apenas um louco entre os loucos…”                                                                                                                  [Breviário de Decomposição, E. M. Cioran]

“Afinal, isto bem me contentaria se eu conseguisse persuadir-me que esta
teoria não é o que é, um complexo barulho que faço aos ouvidos da minha
inteligência, quase para ela não perceber que, no fundo, não há senão a minha
timidez, a minha incompetência para a vida.”                                                                                                                                                              [Livro do Desassossego, Fernando Pessoa]

Contemporâneos por estarem igualmente fora do tempo, Cioran e Fernando Pessoa eram tipos solitários, viviam em mansardas, caminhavam sem rumo pela cidade ou pelo campo; eram misantropos, sim, mas não pessimistas como podem levar alguns a crer. “Eu não sou pessimista, sou triste.” diria Fernando Pessoa… ou Cioran? A escrita de ambos é tão única e tão semelhantes entre si são seus escritos que um parece ser o comentador da obra do outro. O tédio, a solidão, o vazio, a tristeza, o desespero, a morte, a ilusão, o sonho, o tempo e a eternidade, os santos, Deus e o diabo são temas recorrentemente assediados por estes dois filósofos órfãos de qualquer Verdade/Doutrina/Sistema… enfim, carentes de uma qualquer forma sólida de consolação.

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Quem sou na literatura?

A literatura é um instrumento de conhecimento do outro, do outro que está logo ali, mas que não conheço por inteiro. E, quando penso em conhecê-lo integralmente, acabo por descobrir a mim mesmo, revelado na tentativa de significar o que está próximo e, ao mesmo tempo, distante de mim. Eu sou por causa do outro, o outro é por causa de mim. É um revelar-se às escondidas, é um ato de velar que mostra os resquícios da vida.

Ruiva Moça

Era uma simples manhã, como qualquer outra de dias normais. Neste dia,
era preciso a resolução de algumas coisas no centro da cidade. Já que
automóvel não possuo, usei da condução. De o meu acordar ao meu
caminhar ao ponto de ônibus, meu espírito era de puro tédio.
Ao chegar ao ponto de ônibus, pouco esperei até a chegada da condução
que me era necessária. Subi ao ônibus, executei os procedimentos padrão
de qualquer outro passageiro. Porém ao momento que passei à catraca,
meu tédio pareceu deixar de habitar em meu espírito. Avistei um bela
moça ruiva, ela não fitou-me, creio que estava a contemplar a paisagem
urbana. Então, como força do destino, havia um lugar vazio ao seu lado.
Mesmo que eu quisesse sentar-me a outro local, não era possível, pois
apenas aquele havia disponível. Encaminhei-me ao assento e sentei-me,
retirei um livro de minha mochila e iniciei a leitura.
Contudo eu não conseguia me concentrar nos escritos de Machado. O
perfume da bela senhorita, tirou-me os sentidos e deixou apenas o olfato,
aquela fragrância era maravilhosa, nunca tivera sentido algo tão delicioso.
Embriaguei-me naquele doce perfume. Mesmo fixo nas páginas da obra,
olhava-a com os cantos dos olhos e ao máximo tentava contemplar
aquela beleza única. Por alguns segundos, mergulhei na fantasia, e
toquei-lhe a pele branca, senti seu perfume diretamente da fonte, e
enlacei meus dedos em seus lindos cachos ruivos.
Mas os segundos são pouco duráveis, não assemelham-se a horas, dias ou
uma inteira vida. Voltei de meu rápido sonho por força maior, meu
compromisso. Ali fiquei sentado, sem muito que pensar e sem forças para
algo dizer para uma conversa tentar iniciar, não tive um único gesto.
Assim segui a viagem, quieto, calado, embriagado.
Em belo momento, vi um fio de seu cabelo pairar no ar e repousar sobre a
página que tentava ler. Peguei-o, e senti como se fosse suas macias mãos.
Enchi-me de ânimo, eu parecia começar a ferver, e algo gritava-me para
com ela dialogar, a cada instante que recusava, essa voz ficava mais alta,
ao ponto de me ensurdecer. Várias emoções consumiam-me, não havia
tédio algum em minha alma, apenas um vulcão que deixou-me febril.
Então a vida com sua liquidez flui, e à ruiva moça, pediu-me licença para
descer, maquinalmente dei-lhe passagem, ela foi-se.

Camisa Verde-Amarela (Conto)

“Hoje tem jogo do Brasil”, anunciava o comercial da programação esportiva na Televisão

– Menos de três, nem comemoro.

Papai parecia um cientista que estando convicto dos seus cálculos, antecipava os resultados finais. Demonstrando impertinência, não curiosidade, tive que intercedê-lo.

– Pai. A Argentina foi muito bem nas últimas partidas, eles estão na ponta da tabela. Por que seríamos favoritos? Andamos mal das pernas nestas rodadas mais recentes.

– E o que importa? Quem são os argentinos frente a nossa camisa? Todas as seleções tremem ao vê-la, dizia ele colocando o dedo em riste sobre o peito coberto pela vestimenta.

– Tremem?

– Sucumbem a tradição

– Tradição?

– Você logo entenderá

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Síndrome do Apego

Alguém outro dia, postou aqui sobre ideia do não se desfazer. Usou como exemplo os livros que muitas vezes compramos e deixamos de lado na estante. Aqueles livros que nunca nos desfazendo mesmo sem le-los. Achei o assunto interessante e decidi comentar o que penso.

Quando somos crianças essa Síndrome do Apego (a qual eu gosto de chamar essa obsessão em não desapegar) faz com que relutemos em emprestar nossos brinquedos para outras crianças ou até mesmo de doa-los para aquelas que não têm nada.

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Clube do Gueto