Clube da luta- Chuck Palahniuk

Tudo que uma arma faz é concentrar a explosão em uma direção- Há uma categoria de homens e mulheres jovens e fortes que querem dar a própria vida por algo. A propaganda faz essas pessoas irem atrás de carros e roupas de que elas não precisam. Gerações têm trabalhado em empregos que odeiam para poderem comprar coisas de que realmente não precisam. – Não temos uma grande guerra em nossa geração ou uma grade depressão, mas na verdade temos, sim, é uma guerra de espírito. Temos uma grande revolução contra a cultura. A grande depressão é a nossa vida. Temos uma depressão espiritual.

– Temos que mostrar a esses homens e mulheres a liberdade, e faremos isso escravizando-os. Mostraremos a eles a coragem ao assusta-los – Napoleão se gabava de que podia treinar homens para sacrificar a vida deles em busca de uma condecoração.

– Imagine se organizaremos uma greve e todos se recussasem a trabalhar até que redistribuisse q riqueza do mundo.

POR QUE SOU FORTE- Narcisa Amália

Dirás que é falso. Não. É certo. Desço
Ao fundo d’alma toda vez que hesito…
Cada vez que uma lágrima ou que um grito
Trai-me a angústia – ao sentir que desfaleço…
E toda assombro, toda amor, confesso,
O limiar desse país bendito
Cruzo: – aguardam-me as festas do infinito!
O horror da vida, deslumbrada, esqueço!
É que há dentro vales, céus, alturas,
Que o olhar do mundo não macula, a terna
Lua, flores, queridas criaturas,
E soa em cada moita, em cada gruta,
A sinfonia da paixão eterna!…
– E eis-me de novo forte para a luta.

Castro Alves- Narcisa Amália

Por que convulsa e geme o pátrio solo
Dos montes despertando os ecos lúgubres?
Por que emudece o férvido oceano
E à terra, erma da luz, chorando atira
Mil turbilhões de lágrimas amargos?
Por que de sombras tétricas se vela
O firmamento azul? Que mágoa imensa
Enluta os corações e arranca o pranto?!…
[…] Mas… não morreste, não, condor brasíleo
Que nunca morrerão teus puros versos!
Não, não morreste, que não morrem Goethes,
Não morrem Dantes, Lamartines, Tassos,
Garretts, Camões, Gonçalves Dias, Miltons,
Azevedos e Abreus. Teus belos cantos
Cortarão as caligens das idades
Como de Homero os divinais poemas!
E lá da eternidade onde repousas
Acolhe o canto meu que o pranto orvalha!

 

O pema foi escrito como um memorial para o Castro Alves.

NARCISA AMÁLIA (1852-1924)

Além de poeta, Narcisa Amália foi a primeira jornalista profissional do Brasil. Feminista e abolicionista, lutava contra as opressões de gênero e de raça nos seus textos. Foi, de acordo com Sílvia Paixão, “um dos raros nomes femininos que falam de identidade nacional”, contribuindo imensamente para a formação da nossa literatura “numa poética uterina que imprime o retorno ao lugar de origem”.

A literatura de autoria feminina do século XIX, é ignorada, não por falta de escritoras ou publicações de mulheres, mas por ser pouca delas da história literária. O mundo das nossas letras é predominantemente masculino. Narcisa Amália conquistou espaço neste universo restrito aos homens, sua consciência sobre a opressão sofrida por ser mulher e a recepção crítica de sua obra.

Breve biografia :

Narcisa Amália (1852-1924), importante intelectual brasileira do século XIX, foi poeta romântica – tendo publicado seu único livro de poemas, Nebulosas (1872), aos vinte anos de idade –, feminista, republicana, abolicionista, tradutora do francês e jornalista profissional. Iniciou a carreira como tradutora de contos e ensaios de autores franceses, como a escritora George Sand (pseudônimo masculino da autora Amandine Aurore Lucile Dupin, (1804-1876) e o paleobotânico Gaston de Saporta (1823-1895).

Eu não tenho a alma covarde-Emily Brontë

Eu não tenho a alma covarde

Eu não tenho a alma covarde,

Pois frente aos vendavais, eu nunca tremo:

O Paraíso brilha, arde,

Como a fé, pela qual eu nada temo.

Deus, meu peito Te abrigou.

Deidade poderosa e onipresente!

Vida – que em mim repousou.

Como eu – Vida Imortal – em Ti, potente!

Movem-nos o peito em vão

Mil credos que não são mais do que enganos;

Sem valor, brotos malsãos,

Ou a ociosa espuma do Oceano,

A pôr dúvidas num ente

Pego assim pela Tua infinidade;

Preso tão seguramente

Na firme Rocha da imortalidade!

Com o amor de um grande enleio

Teu espírito o tempo eterno anima,

Para cima e de permeio,

Muda, apoia, dissolve, cria e ensina.

Se a Terra e a lua findassem,

Se não houvesse sóis nem universos,

E se, só, Te abandonassem,

Haveria existência em Ti, por certo.

A Morte não tem lugar,

Nem pode um único átomo abater:

És o Sopro mais o Ser

Nada pode jamais Te exterminar.

 

Emily Bronté (1818-1848), escritora e poetisa, autora de “O morro dos ventos uivantes”.
Este poema foi traduzido por Renata Cordeiro, e é considerado um dos maiores da língua inglesa, sendo o último que Emily escreveu em 1846. Nele há a sagrada presença do Divino, uma força que dá vida e guia toda a evolução e o desino.

Dom Casmurro-Machado de Assis parte 2

CONTÉM SPOILER

Nesta parte vou expor meus argumento para a grande questão: Capitu traiu ou não traiu.

Dom  casmurro era um cara chato, mimado, mentiroso e não cumpria com as suas palavras, isso pode ser percebido quando ele pedia as coisas pra Deus e nunca cumpria as suas promessas de rezas. Bentinho mentia tanto que as vezes até acreditava nas suas próprias mentiras, é possível perceber isso em vários momentos,  em que o personagem se questiona se aquilo que está relatando é a verdade.

Estou para contar que, ao cabo de um tempo não marcado, agarrei-me definitivamente aos cabelos de Capitu, mas então com as mãos, e disse-lhe, — para dizer alguma coisa, — que era capaz de os pentear, se quisesse.
— Você? — Eu mesmo. — Vai embaraçar-me o cabelo todo, isso sim.

— Se embaraçar, você desembaraça depois. — Vamos ver.

capítulo 32

Esta conversa é uma metáfora para a vida, os cabelos de Capitu representam a própria vida , quando Bentinho fala se embaraçar ela desembaraça ele joga a responsabilidade para Capitu dos possíveis estragos que ele cometer na vida dela, ou seja, Bentinho é o tipo de pessoa que quando algo dá errado na vida ele joga a culpa para outras pessoas.

Na obra há presença de diversas intextualidades, as que eu percebi foi a lenda de fausto, Macbeth e Otelo de Shakespeare, e Memórias Póstumas de Brás Cubas, o iníciodesta obra se   no capítulo 17, o qual fala sobte os vermes,  a qual nada mais é do que uma metáfora sobre o tempo.

D. Glória, mãe de bentinho, descumpre sua promessa quando deixa o filho voltar para casa do seminário , como ela teve diversos abortos, ela prometeu que se tivesse um filho ele ia ser entregue para ser padre. José Dias, o agregado, entra para a familia por meio de uma mentira, ele se apresentou como médico e curou duas pessoas, o pai de Bentinho ficou tão grato a ele que o deixou ir morar com a família; José Dias, ele usava as palavras no superlativo para suprir a sua falta de inteligência.

Podemos ver que TODOS os personagens eram mentirosos, assim ao meu ver Machado de Assis estava criticando o jeitinho brasileiro. O tema central da obra é a tragédia de não cumprir as promessas feitos e sobre o auto engano. Como todos os personagens mentiram, não tem como saber se Capitu traiu ou não traiu, por isto esta é uma obra aberta, cada um deduz o que quizer, que vai estar certo.

A mensagem que Machado queria passar com está obra é não seja um Dom Casmurro.

Dom Casmurro-Machado de Assis parte 1

É importante saberem que sou apaixonada por Machado de Assis, é um dos meus escritores favoritos, já li quase todas as obras dele, e meus olhos brilham ao discutir as obras dele, porém eu não possuo experiência e nem intelecto para entender a complexidades exposta nas suas obras.

Para quem nunca leu e nem sabe do que se trada a história vou tentar contar um pouco sem dar spoiler. O personagem principal é o Bento Santiago, no início ele se apresenta como bentinho, no decorrer do livro ele se auto denomina como Bento e já próximo do fim ele é o Dom Casmurro, essa mudança de nome representa a evolução do personagem. O livro é narrado em primeira pessoa, ele foi escrito por Dom Casmurro, e ele mistura acontecimentos passados com o presente, o objetivo dele é explicar o passado para ele mesmo, para assim entender o motivo de sua vida atual estar do jeito que estava.

Machado escreveu como as obras de teatros eram escritas, o que permite a fluidez dá leitura, este formato consiste em cintar um personagem em um capítulo e apresenta-lo no outro, ou seja, no início da trama você acaba conhecendo todos da vida de Bentinho e quase nada da história de vida dele.

Dom casmurro foi criado pela mãe, seu pai morreu quando era pequeno, porém todos da família ajudaram na sua educação , que no caso são o Cosme, seu tia, e Justina, prima da sua mãe , por fim tinha o agregado o José Dias que dava suas opiniões para educar Bentinho.

A vida de Bentinho não é muito emocionante, ele vai para o seminário e larga o seminário porque quer se casar com Capitu , ao se libertar do seminário faz direito, em seguida casa com Capitu, se torna vizinho do melhor amigo dele, tem um filho, e  nas últimas 40 páginas dá os seus argumentos da traição de Capitu. Porém , para entendera complexidade dessa obra é preciso prestar atenção aos detalhes.

 

 

Clube do Gueto