JOÃO UBALDO RIBEIRO: Viva o Povo Brasileiro

Viva o povo brasileiro

Livro urgente, importante e extremamente relevante para a realidade brasileira. Ainda que tenha sido escrito na década de 1960, este calhamaço de mais de 600 páginas conta e, em alguns momentos, reconta a história do Brasil. Apesar de se passar grande parte no século XIX, o livro conta com passagens nos anos de 1600 e em outros momentos mais recentes de nossas vidas, como no ano de 1977. E que maravilha é ler sobre a Guerra do Paraguai e Canudos pela escrita de João Ubaldo! Sem dúvidas, deveria ser leitura obrigatória no Ensino Médio.

LISTA DE CLÁSSICOS DA LITERATURA

Lista de Clássicos da Literatura

Num exercício não apenas de memória, mas também de pesquisa, resolvi criar uma lista de clássicos da literatura que seja mais completa do que tudo que já vi pela internet. Eu mesmo já havia publicado uma lista de 48 livros, mas senti que o número de títulos é tão grande que criar uma nova faria mais sentido.

Os critérios de escolha que uso são aqueles dos quais falo no texto acima, com exceção da distinção entre romance clássico e clássico contemporâneo, pois não a considero relevante. Uso, no entanto, um critério que aprendi com o grande filósofo Arthur Schopenhauer, através da seguinte citação:

Como as pessoas lêem sempre apenas as novidades em vez das melhores obras de todos os tempos, os escritores permanecem no âmbito restrito das idéias circulantes, e a época afunda-se cada vez mais na sua própria mediocridade.

Por isso, no que concerne à nossa leitura, a arte de não ler é de máxima importância. Ela consiste no fato de não se assumir a responsabilidade por aquilo a que todo o instante ocupa imediatamente a maioria do público, como panfletos políticos e literários, romances, poesias e similares, que são rumorosos justamente naquele determinado momento, e chegam até a atingir várias edições no seu primeiro e último ano de vida. É preferível então pensar que quem escreve para loucos encontra sempre um grande público, e que o escasso tempo destinado à leitura deve ser exclusivamente dedicado às obras dos maiores espíritos de todos os tempos e de todos os povos, que sobressaem em relação ao restante da humanidade e que são assim designados pela voz da glória. Apenas estes instruem e ensinam realmente.

Espero que você goste da lista e use-a vastamente como fonte de indicações de leitura. Fique à vontade para falar de mais títulos (que sim, estão faltantes) nos comentários.

  • Ilíada (séc. VIII a. C.), de Homero
  • Odisseia (séc. VIII a. C.), de Homero
  • As mil e uma noites (850 a.C.), de autor desconhecido
  • O asno de ouro (1469), de Apuleio
  • Gargântua e Pantagruel (1532-64), de François Rabelais
  • Os Lusíadas (1572), de Luiz Vaz de Camões
  • Dom Quixote (1605-15), de Miguel de Cervantes Saavedra
  • Robinson Crusoé (1719), de Daniel Defoe
  • As viagens de Gulliver (1726), de Jonathan Swift
  • Tom Jones (1749), de Henry Fielding
  • Cândido (1759), de Voltaire
  • Emílio ou da educação (1762), de Jean Jacques Rousseau
  • O Castelo de Otranto (1765), de Horace Walpole
  • Os Sofrimentos do jovem Werther (1774), de Johann Wolfgang von Goethe
  • Os 120 dias de Sodoma (1785), de Marquês de Sade
  • Razão e Sensibilidade (1811), de Jane Austen
  • Orgulho e Preconceito (1813), de Jane Austen
  • Mansfield Park (1814), de Jane Austen
  • Emma (1816), de Jane Auten
  • Frankenstein (1818), de Mary Wollstonecraft Shelley
  • Ivanhoé (1820), de sir Walter Scott
  • O último dos moicanos (1826), de James Fenimore Cooper
  • O vermelho e o negro (1831), de Stendhal
  • O corcunda de Notre-Dame (1831), de Victor Hugo
  • Oliver Twist (1833), de Charles Dickens
  • Pai Goriot (1834-35), de Honoré de Balzac
  • A queda da casa de Usher (1839), de Edgar Allan Poe (apesar de ser um conto, decidi incluí-lo)
  • Almas mortas (1842), de Nicolai Gógol
  • Ilusões perdidas (1843), de Honoré de Balzac
  • Os três mosqueteiros (1844), de Alexandre Dumas
  • A moreninha (1844), de Joaquim Manuel de Macedo
  • O conde de Monte Cristo (1845-46), de Alexandre Dumas
  • Jane Eyre (1847), de Charlotte Brontë
  • O morro dos ventos uivantes (1847), de Emily Brontë
  • David Copperfield (1850), de Charles Dickens
  • Moby Dick (1851), de Herman Melville
  • A cabana do Pai Tomás (1852), de Harriet Beecher Stowe
  • Walden ou A vida nos bosques (1854), de Henry David Thoreau
  • Memórias de um sargento de milícias (1854 e 1855), de Manuel Antônio de Almeida
  • Madame Bovary (1857), de Gustave Flaubert
  • Grandes Esperanças (1861), de Charles Dickens
  • Os miseráveis (1862), de Victor Hugo
  • Memórias do Subsolo (1864), de Fiódor Dostoiévski
  • Iracema (1865), de José de Alencar
  • Alice no País das Maravilhas (1865), de Lewis Carroll
  • Viagem ao centro da Terra (1866), de Júlio Verne
  • Crime e Castigo (1866), de Fiódor Dostoiévski
  • O Idiota (1868-9), de Fiódor Dostoiévski
  • Guerra e Paz (1869), de Leon Tolstói
  • Alice através do espelho (1871), de Lewis Carroll
  • A volta ao mundo em 80 dias (1873), de Júlio Verne
  • Senhora (1875), de José de Alencar
  • O crime do Padre Amaro (1876), de José Maria Eça de Queirós
  • Anna Karenina (1877), de Leon Tolstói
  • Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881), de Joaquim Maria Machado de Assis
  • A Ilha do Tesouro (1883), de Robert Louis Stevenson
  • A morte de Ivan Ilitch (1884), de Leon Tolstói
  • As aventuras de Huckleberry Finn (1885), de Mark Twain
  • Germinal (1885), de Émile Zola
  • O Ateneu (1888), de Raul Pompéia
  • Os Maias (1888), de José Maria Eça de Queirós
  • O Cortiço (1890), de Aluísio de Azevedo
  • O retrato de Dorian Gray (1891), de Oscar Wilde
  • Quincas Borba (1891), de Joaquim Maria Machado de Assis
  • As aventuras de Sherlock Holmes (1892), de sir Arthur Conan Doyle
  • A máquina do tempo (1895), de H. G. Wells
  • Drácula (1897), de Bram Stoker
  • A guerra dos mundos (1898), de H. G. Wells
  • Dom Casmurro (1899), de Joaquim Maria Machado de Assis
  • A cidade e as serras (1901), de José Maria Eça de Queirós
  • Os Sertões (1902), de Euclides da Cunha
  • Tarzan (1914), de Edgar Rice Burroughs
  • Triste fim e Policarpo Quaresma (1911, folhetim), de Lima Barreto
  • Retrato do artista quando jovem (1916), de James Joyce
  • Ulisses (1918-21, folhetim), de James Joyce
  • A montanha mágica (1924), de Thomas Mann
  • O processo (1925), de Franz Kafka
  • O grande Gatsby (1925), de F. Scott Fitzgerald
  • O Castelo (1926), de Franz Kafka
  • Em busca do tempo perdido (1913-27, em sete volumes), de Marcel Proust
  • O lobo da estepe (1927), de Hermann Hesse
  • O amante de Lady Chatterley (1928), de D. H. Lawrence
  • Orlando (1928), de Virginia Woolf
  • Macunaíma (1928), de Mário de Andrade
  • O quinze (1930), de Rachel de Queiroz
  • Reinações de Narizinho (1931), de Monteiro Lobato
  • Admirável mundo novo (1932), de Aldous Huxley
  • Menino de Engenho (1932), de José Lins do Rego
  • … E o vento levou (1936), de Margaret Mitchell
  • Angústia (1936), de Graciliano Ramos
  • Capitães de Areia (1937), de Jorge Amado
  • O Hobbit (1937), de J. R. R. Tolkien
  • Vidas Secas (1938), de Graciliano Ramos
  • Finnegans Wake (1939), de James Joyce
  • Por quem os sinos dobram (1940), de Ernest Hemingway
  • Xadrez (1942), de Stefan Zweig
  • O Estrangeiro (1942), de Albert Camus
  • Fogo morto (1943), de José Lins do Rego
  • O pequeno príncipe (1943), de Antoine de Saint-Exupéry
  • Ficções (1944), de Jorge Luis Borges
  • A revolução dos Bichos (1945), de George Orwell
  • Sagarana (1946), de João Guimarães Rosa
  • Doutor Fausto (1947), de Thomas Mann
  • 1984 (1949), de George Orwell
  • O tempo e o vento (1949-62, em 5 volumes), de Érico Veríssimo
  • O apanhador no campo de centeio (1951), de J. D. Salinger
  • O velho e o mar (1952), de Ernest Hemingway
  • Grande Sertão: veredas (1955), de João Guimarães Rosa
  • Lolita (1955), de Vladimir Nabokov
  • O Senhor dos Anéis (1954-55), de J. R. R. Tolkien
  • On the Road (1957), de Jack Kerouac
  • Gabriela, cravo e canela (1958), de Jorge Amado
  • Bonequinha de luxo (1958), de Truman Capote
  • Almoço Nu (1959), de William Burroughs
  • Laranja Mecânica (1962), de Anthony Burgess
  • A redoma de vidro (1963), de Sylvia Plath
  • A paixão segundo G. H. (1964), de Clarice Lispector
  • A sangue-frio (1966), de Truman Capote
  • Cem anos de solidão (1967), de Gabriel García Márquez
  • 2001: uma odisseia no espaço (1968), de Arthur C. Clarke
  • O poderoso chefão (1969), de Mario Puzo
  • As cidades invisíveis (1972), de Italo Calvino
  • Terras de sombras (1974), de J. M. Coetzee
  • Lavoura arcaica (1975), de Raduan Nassar
  • Entrevista com o vampiro (1976), de Anne Rice
  • A hora da estrela (1977), de Clarice Lispector
  • O iluminado (1977), de Stephen King
  • O guia do mochileiro das galáxias (1979), de Douglas Adams
  • O nome da rosa (1980), de Umberto Eco
  • O centauro no jardim (1980), de Moacyr Scliar
  • A casa dos espíritos (1982), de Isabel Allende
  • A lista de Schindler (1982), de Thomas Keneally
  • O livro do desassossego (1982), de Fernando Pessoa
  • O ano da morte de Ricardo Reis (1984), de José Saramago
  • A insustentável leveza do ser (1984), de Milan Kundera
  • Os versos satânicos (1988), de Salman Rushdie
  • O pêndulo de Foucault (1988), de Umberto Eco
  • História do cerbo de Lisboa (1989), de José Saramago
  • Desonra (1999), de J. M. Coetzee
  • Neve (2002), de Orhan Pamuk
  • O filho eterno (2007), de Cristovão Tezza
  • Indignação (2008), de Philip Roth

Romance Clássico X Clássico Contemporâneo

Romance clássico x Clássico contemporâneo

Existe, ainda, uma distinção que pode ser feita entre romance clássico e clássico contemporâneo. Não existe nenhuma regra em torno disso, mas costuma ser aceito que romances clássicos devem ter sido escritos antes do século XX.

Para ser considerado um clássico contemporâneo, um livro também precisa resistir ao teste do tempo, já que pelo menos 40 anos de sua publicação devem ter passado antes de merecer tal denominação. As qualidades acima — dar uma boa visão sobre seu tempo ao leitor, ser atemporal, universal e usar efetivamente a linguagem — também são necessárias, evidentemente.

A linguagem dos Clássicos da Literatura

A linguagem dos clássicos da literatura

A linguagem é importante em qualquer obra de ficção, por isso um romance clássico deve usá-la efetivamente. Um livro que não for bem escrito não resistirá ao teste do tempo. Madame Bovary (1856), de Gustave Flaubert, é um exemplo de romance que tem sido saudado como o mais bem escrito e perfeitamente organizado de todos os tempos. Com uma recomendação dessas, é natural que ele seja indicado para todos os amantes da literatura.

Crítica social e política na literatura

Crítica Social e Política na Literatura

Um romance clássico deve ser produto de seu próprio tempo.

Escritores têm sido influenciados, ao longo da história, pelo mundo que os rodeia, de forma que seus livros refletem suas realidades e as usam para criticar o cenário social e político da sociedade de determinada época. Ou seja, a literatura clássica serve para ensinar aos leitores algo a respeito de seu próprio mundo.

Um bom exemplo disso é o romance Frankenstein (1818), de Mary Shelley, com o qual eu trabalhei ano passado nas oitavas séries da escola onde leciono Literatura. Shelley, através da narrativa de um experimento científico que deu muito errado, aborda os problemas do mundo que se deparava com a Revolução Industrial em meio aos valores iluministas. Ela usa o monstro criado pelo Dr. Frankenstein para demonstrar os problemas de brincar com a força divina, bem como o conflito entre o homem a natureza.

Outro exemplo é o aclamado Orgulho e Preconceito (1813), de Jane Austen, que, apesar de não se ater a problemas sociais ou políticos de nível global, aprofunda-se no estudo das expectativas e decoro social da Inglaterra Vitoriana. Seus romances, que estão entre os meus preferidos, são uma ótima forma de um leitor de hoje entender o que significava ser mulher (e pertencer à sociedade) no século XIX.

Crítica social e política na literatura

Crítica Social e Política na Literatura

Um romance clássico deve ser produto de seu próprio tempo.

Escritores têm sido influenciados, ao longo da história, pelo mundo que os rodeia, de forma que seus livros refletem suas realidades e as usam para criticar o cenário social e político da sociedade de determinada época. Ou seja, a literatura clássica serve para ensinar aos leitores algo a respeito de seu próprio mundo.

Um bom exemplo disso é o romance Frankenstein (1818), de Mary Shelley, com o qual eu trabalhei ano passado nas oitavas séries da escola onde leciono Literatura. Shelley, através da narrativa de um experimento científico que deu muito errado, aborda os problemas do mundo que se deparava com a Revolução Industrial em meio aos valores iluministas. Ela usa o monstro criado pelo Dr. Frankenstein para demonstrar os problemas de brincar com a força divina, bem como o conflito entre o homem a natureza.

Outro exemplo é o aclamado Orgulho e Preconceito (1813), de Jane Austen, que, apesar de não se ater a problemas sociais ou políticos de nível global, aprofunda-se no estudo das expectativas e decoro social da Inglaterra Vitoriana. Seus romances, que estão entre os meus preferidos, são uma ótima forma de um leitor de hoje entender o que significava ser mulher (e pertencer à sociedade) no século XIX.

LYGIA FAGUNDES TELLES: A Disciplina do Amor

A DISCIPLINA DO AMOR

Ao publicar “A disciplina do amor”, em 1980, a autora já era consagrada. Apesar de seu êxito como romancista, muitos críticos tinham apontado a ficção curta como o território de maior maestria da escritora. Agora ela ressurgia experimentando uma escrita mais livre, que despreza as fronteiras entre a ficção e a realidade, a invenção e a memória, o conto e o relato autobiográfico. Estava lançado o desafio à separação rígida dos gêneros literários. O resultado foi um dos livros mais bem-sucedidos, vencedor do Prêmio Jabuti e do prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte. Espécie de paródia amadurecida de um discurso da intimidade juvenil, o livro estende sobre o mundo um olhar atento, às vezes desencantado, mas sempre compreensivo e terno, na busca incessante da única hipótese de sabedoria cabível nos tempos modernos: “controlar essa loucura razoável”, seguindo o exemplo da “disciplina indisciplinada” dos apaixonados.

LYGIA FAGUNDES TELLES: Seminário dos Ratos

SEMINÁRIO DOS RATOS

Em “Seminário dos Ratos”, publicado pela primeira vez em 1977, a autora lança mão de toda a sua maestria narrativa para explorar regiões recônditas da psique e do comportamento humanos. Em várias das suas catorze histórias, ela se aventura pelo fantástico como modo privilegiado de acesso ao real. Mas o fantástico de Lygia recusa as facilidades do chamado realismo mágico, apresentando-se a cada vez de maneira diversa e surpreendente. Alternando tempos narrativos, passando com desenvoltura da primeira à terceira pessoa, usando com destreza o discurso indireto livre, Lygia Fagundes Telles atinge neste livro a proeza de conciliar uma construção literária altamente complexa com uma capacidade ímpar de comunicação com o leitor.

LYGIA FAGUNDES TELLES: As Meninas

AS MENINAS

Num pensionato de freiras paulistano, em 1973, três jovens universitárias começam sua vida adulta de maneiras bem diversas. A burguesa Lorena, filha de família quatrocentona, nutre veleidades artísticas e literárias. Namora um homem casado, mas permanece virgem. A drogada Ana Clara, divide-se entre o noivo rico e o amante traficante. Lia, por fim, milita num grupo da esquerda armada e sofre pelo namorado preso. “As Meninas” colhe essas três criaturas em pleno movimento, num momento de impasse em suas vidas.

CLARICE LISPECTOR: A Descoberta do Mundo

A descoberta do mundo (1984)

Clarice exerceu o jornalismo desde 1941, quando ingressou como repórter na Agência Nacional. A descoberta do mundo é um livro de crônicas compiladas após sua morte e escritas para o Jornal do Brasil, nas quais discorre sobre temas variados: acontecimentos recentes ou cotidianos, suas angústias e indagações acerca da existência. Sua coluna foi um espaço de aproximação e diálogo com os leitores, no qual respondia a cartas e conversava sobre textos anteriores

CLARICE LISPECTOR: A Hora da Estrela

A hora da estrela (1977)

Lançado pouco antes do falecimento da escritora, em 1977, A hora da estrela é protagonizado pela solitária Macabéa, alagoana que trabalha como datilógrafa no Rio de Janeiro. Clarice está presente na obra na forma do escritor Rodrigo S. M., que está à espera da morte e escreve essa história “na hora mesmo em que sou lido”. Desprovida de atrativos, Macabéa passa as horas vagas ouvindo o rádio e namora o metalúrgico nordestino Olímpico, que acaba a deixando para ficar com Glória. A protagonista continua sozinha até que um dia, seguindo uma recomendação de Glória, visita uma cartomante que revela toda a inutilidade de sua vida, mas também prevê o casamento com um estrangeiro rico.

CLARICE LISPECTOR: A Paixão Segundo G. H.

A paixão segundo G. H. (1964)

G. H., a protagonista e narradora do romance, despede sua empregada doméstica e decide fazer uma limpeza no quarto de serviço. A partir desse enredo aparentemente banal, nasce uma das cenas mais conhecidas da literatura brasileira: o momento em que G. H. esmaga e coloca na boca a barata que encontra dentro de um dos armários. Ocorre, então, a saída da rotina em direção ao selvagem que habita essa mulher, dona de casa e mãe

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