CLÁSSICOS RUSSOS: Guerra e Paz

Guerra e Paz é um romance escrito por  Tolstói e publicado entre 1865 e 1869 no Russkii Vestnik, um periódico da época. Um livro grande que levou vários anos até ser finalizado. Os primeiros manuscritos datam 1956. No livro é retratado o cotidiano da Rússia, em tempos napoleônicos, pano de fundo para a complexa narrativa que envolve inúmeros personagens que provocam a imaginação a respeito das relações humanas.

Salamandra – Lana del Rey

Salamander

Saia do meu sangue, salamandra!  Parece que não consigo desabafar o suficiente para tirar você da minha mente

A alma te leva por um ciclo até a morte, tiro você do meu sangue para São Pedro
E ainda assim, onde quer que eu vá, parece que você está lá
E aqui estou eu

Não quero mais vender minhas histórias, pare de me pressionar
Algumas histórias não devem ser vendidas
Algumas palavras não devem ser ditas

Eu quero deixá-las de baixo da mesinha para serem esquecidas
Ou lembradas em meus pensamentos
Esbarrei nelas no meio de uma noite, depois de um longo dia na praia
Ou por você, alguma tarde, para folhear com as mãos quentes e gastas depois do trabalho
Eu te amo, mas você não me entende, sou uma verdadeira poeta!
Minha vida é minha poesia, meu amor é meu legado!
Meus pensamentos não são sobre nada, são lindos e de graça

Veja, as coisas que não podem ser compradas
Não podem ser avaliadas, e isso as torna longe do alcance do toque humano
Intocável, seguras, de outro mundo
Incapaz de serem decifradas ou metabolizadas

Algo metafísico
Como uma vista do mar em um dia de verão
No mais perfeito vento da estrada que entra pela janela do carro

Uma coisa perfeita e pronta para fazer parte
Da textura do tecido de algo mais etéreo

Como o Monte Olimpo, onde Zeus enviou Atena
E o resto da praga dos imortais

Futuros amantes, de Chico Buarque

 

Futuros amantes

Não se afobe, não
Que nada é pra já
O amor não tem pressa
Ele pode esperar em silêncio
Num fundo de armário
Na posta-restante
Milênios, milênios
No ar

E quem sabe, então
O Rio será
Alguma cidade submersa
Os escafandristas virão
Explorar sua casa
Seu quarto, suas coisas
Sua alma, desvãos

Sábios em vão
Tentarão decifrar
O eco de antigas palavras
Fragmentos de cartas, poemas
Mentiras, retratos
Vestígios de estranha civilização

Não se afobe, não
Que nada é pra já
Amores serão sempre amáveis
Futuros amantes, quiçá
Se amarão sem saber
Com o amor que eu um dia
Deixei pra você

XXX, de Olavo Bilac

XXX

Ao coração que sofre, separado
Do teu, no exílio em que a chorar me vejo,
Não basta o afeto simples e sagrado
Com que das desventuras me protejo.
Não me basta saber que sou amado,
Nem só desejo o teu amor: desejo
Ter nos braços teu corpo delicado,
Ter na boca a doçura de teu beijo.
E as justas ambições que me consomem
Não me envergonham: pois maior baixeza
Não há que a terra pelo céu trocar;
E mais eleva o coração de um homem
Ser de homem sempre e, na maior pureza,
Ficar na terra e humanamente amar.

OB

DRUMMOND

As sem-razões do amor, de Carlos Drummond de Andrade

Celebrado como um dos melhores poemas da literatura brasileira, As sem-razões do amor trata da espontaneidade do amor. De acordo com o eu lírico, o amor arrebata e arrasta o amador independente da atitude do parceiro. O próprio título do poema já indica como os versos irão se desdobrar: o amor não exige troca, não é resultado do merecimento e não pode ser definido.

As sem-razões do amor

Eu te amo porque te amo.
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.

Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.

Eu te amo porque não amo
bastante ou de mais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.

Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.

Tenta-me de novo (Hilda Hilst)

Tenta-me de novo

E por que haverias de querer minha alma
Na tua cama?
Disse palavras líquidas, deleitosas, ásperas
Obscenas, porque era assim que gostávamos.
Mas não menti gozo prazer lascívia
Nem omiti que a alma está além, buscando
Aquele Outro. E te repito: por que haverias
De querer minha alma na tua cama?
Jubila-te da memória de coitos e acertos.
Ou tenta-me de novo. Obriga-me.

A verdade por trás dos contos de fadas (III)

  • MULAN

Muito se questiona sobre se Mulan é apenas personagem de uma lenda chinesa ou se ela realmente existiu. A obra foi composta no século VI, durante a dinastia de Tang, mas se passa durante a dinastia Ming. Hua Mulan era o seu nome verdadeiro, mas a Disney preferiu adotar Fa Mulan para não enfrentar possíveis processos jurídicos.

A chinesa ficou famosa por lutar na guerra contra os nômades, que durou 12 anos, no lugar de seu pai. A cada batalha, Mulan se destacava por sua coragem. Mesmo depois de descobrirem que se tratava de uma mulher, o imperador da China quis recompensá-la, mas ela não aceitou e simplesmente voltou para casa.

  • ANASTASIA

A história da grã-duquesa russa Anastasia é verdadeira e trágica, mas não teve nenhuma versão contada pela Disney. A que conhecemos foi produzida pela Fox e tem um final feliz, ao contrário do que realmente aconteceu.

Anastasia Nikolaevna Romanova era a filha mais nova do czar russo Nicolau II. No filme animado da Fox, Rasputin seria o grande vilão da história, mas na realidade ele era apenas um amigo da família. O problema ao redor de sua imagem é que toda corte russa o achava demoníaco, com uma péssima fama de abusador e alcoolatra. Entretanto, Rasputin conquistou a confiança da família imperial por supostamente ter poderes sobrenaturais de cura, e com isso ajudava o herdeiro do trono, Alexei, quando este sofria suas crises de hemofilia.

Durante a Primeira Guerra Mundial, a Rússia imperial foi tomada por um golpe bolchevique e toda a família real foi capturada, sendo posteriormente executados. Ao encontrarem os restos mortais da família, notaram que não haviam os restos nem de Anastasia e nem de seu irmão mais novo. A partir daí, surgiram boatos de que ambos poderiam estar vivos.

Anna Anderson

Foi quando uma mulher chamada Anna Anderson contou aos jornais que era a grã-duquesa e que havia sobrevivido ao ataque se fingindo de morta e fugindo em seguida. Por anos a fio a mentira foi sustentada e Anna ficou muito rica. Apenas depois de sua morte foi concluído que Anna não se passava de uma impostora. Tempos depois, os cadáveres dos irmãos foram encontrados e comprovados através de exames de DNA.

  • RAPUNZEL

A história de Rapunzel é uma das mais famosas e antigas. Na minha opinião, a Disney bem que demorou muito tempo para readaptá-la aos cinemas! hehehe

Havia um casal que morava ao lado de um castelo que pertencia a uma bruxa. Quando estava grávida, a mulher pediu ao marido que fosse pegar algumas frutas. Estas só seriam encontradas no pomar da bruxa. O marido, então, arriscou roubá-las, mas foi pego pela bruxa. Como castigo, ela ordenou que o homem a desse a criança que sua esposa estava esperando. Dito e feito, a bruxa nomeou a menina de Rapunzel. Ao completar 12 anos, a bruxa prendeu a jovem numa torre sem portas e nem escadas. Ela também cultivou o cabelo da menina, sem jamais tê-lo cortado. Quando queria entrar na torre, a bruxa subia pelas longas tranças de Rapunzel. Certo dia, um príncipe estava passeando pelas redondezas e ouviu Rapunzel cantando na janela. Ele se apaixonou pela jovem e passou a visitá-la sempre que podia. Numa dessas visitas, o príncipe observou como a bruxa fazia para subir na torre e, no dia seguinte, fez igual. Ao chegar no topo da torre, pediu Rapunzel em casamento e ela aceitou. Juntos bolaram um plano: toda noite o príncipe viria com um pedaço de seda, para que assim Rapunzel tecesse uma escada. Com o passar do tempo, a bruxa percebeu que a barriga de Rapunzel estava crescendo e descobriu tudo. Ela, então, cortou os cabelos da jovem e lançou um feitiço para que ela morasse num deserto. Quanto ao príncipe, a bruxa o cegou e ele começou a vagar sem rumo pelos bosques. Até que um dia foi atraído, novamente, pela voz de Rapunzel. Os dois se reencontraram e as lágrimas de Rapunzel curaram a cegueira do príncipe, que viveram felizes para sempre.

  • HÉRCULES

Hercules, na verdade, é um deus da mitologia grega, filho de Zeus com uma mortal. Sua história é famosa pelas 12 tarefas que teve que cumprir e que o mostrou ser um semi-deus muito forte.

  • ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS

A animação da Disney foi inspirada pelos livros de Lewis Carroll. É claro que a história é fantasia, mas a Alice realmente existiu. Ela era uma garotinha de 8 anos, filha de um casal amigo do escritor. Carroll ficava encantado com a personalidade da menina e sempre a levava para passear. Muito se especula a respeito de uma possível relação amorosa entre os dois, coisa que nunca foi comprovada devido a enorme diferença de idade entre os dois.

  • FROZEN

Uma das maiores franquias da Disney foi inspirada num conto do século XIX chamado A Rainha da Neve, escrito por Hans Christian Andersen, o mesmo autor de A Pequena Sereia.

A história gira em torno de Kai e Gerda, duas crianças que eram muito amigas. Certo dia, um troll criou um espelho mágico que transformava todos que o vissem em pessoas más. O espelho se quebrou e parte de seus pedaços foram parar próximos onde Kai e Gerda estavam brincando. Sem querer, Kai mirou o espelho e farpas dele entraram no seu coração, tornando-o uma criança má. Convivendo com a sua nova personalidade, Kai tenta roubar um trenó, mas é surpreendido pela dona do mesmo, a Rainha da Neve, que o sequestra como castigo. Gerda sente falta do amigo e sai a sua procura. Com a ajuda de uma pequena ladra, Gerda encontra o amigo e consegue curá-lo e derrotar a Rainha.

E chegamos ao fim! Qual foi a sua favorita?

A verdade por trás dos contos de fadas (II)

  • A PEQUENA SEREIA

A Pequena Sereia pode ser considerado um dos que mais tiveram mudanças pela Disney. O escritor do conto original é o dinamarquês Hans Christian Andersen e sua história é tão famosa por lá que, na cidade de Copenhagen, há uma estátua de sereia em uma pedra, no meio do mar.

A protagonista da história tinha mais cinco irmãs, todas criadas pela avó. Na “lei das sereias”, ao completarem 15 anos, ganhavam a permissão de ir à superfície. Quando chegou a vez da Pequena Sereia, ela salvou um príncipe de um naufrágio e se apaixonou por ele. Em seguida, procurou a bruxa do mar para lhe dar pernas, a fim de conquistar o amado. A bruxa concebeu o seu pedido em troca de sua língua, e além da Pequena Sereia ficar sem voz, cada vez que andasse sentiria dores como se estivesse pisando em facas. Se ela não conseguisse se casar com o príncipe, viraria espuma do mar (sereias, na verdade, viram espuma do mar ao invés de morrerem). A Pequena Sereia realmente fez o príncipe a amar, mas não como se ama uma esposa. Mais tarde, ele conheceu uma mulher e a confundiu com a sua salvadora, e assim decide se casar com ela.

No dia anterior ao casamento, as irmãs da sereia surgem com uma faca. Elas haviam feito um acordo com a bruxa: se a Pequena Sereia encravasse a faca no peito do príncipe, ela se livraria da maldição. Mas a sereinha o amava muito e não teve coragem de matá-lo. Suas lágrimas de amor verdadeiro a fizeram virar um espírito do ar, ao invés de espuma. E era isso que ela sempre quis e invejava nos humanos: ter uma alma.

  • A BELA E A FERA

A história original foi escrita por Gabrielle-Suzanne Barbot, em 1740. O pai de Bela era mercador e tinha três filhas. Quando ele viajava, as duas filhas mais velhas pediam coisas caras, exceto pela caçula Bela, que só queria uma rosa vermelha. Em uma de suas viagens, o mercador se perdeu e foi parar no castelo da Fera. Lá, ele roubou uma rosa para dar à Bela. A Fera o pegou no flagra e o obrigou a oferecer uma de suas filhas para ele. Bela foi a escolhida. Ao chegar no castelo, para a surpresa da jovem, a Fera a tratou como uma princesa e sempre a pedia em casamento, escutando um não como resposta todas as vezes. Um dia, Bela pediu para visitar o seu pai e a Fera permitiu, com a condição de voltar depois de dois meses. Certa noite, Bela sonhou que a Fera estava morrendo e correu de volta ao castelo, preocupada. Quando ela chegou, a Fera realmente estava em seu leito de morte. Deparada com tal situação, Bela finalmente percebeu que o amava e fez com que seu amor o transformasse em um lindo príncipe.

Dizem que o conto foi inspirado numa história real, ocorrida no século XVI, quando a rainha Catarina de Médici arranjou o casamento entre Petrus Gonsalvus e a filha de um funcionário da corte francesa, também chamada Catarina. Petrus era um rapaz gentil, porém sofria de hipertricose, o que fazia com que todo seu corpo fosse coberto de pêlos. O objetivo da rainha com este casamento era saber se ele era capaz de se comportar como cavalheiro e gerar filhos, ao mesmo tempo que queria despertar o lado “animal” de Petrus, o oferecendo uma bela dama como esposa. Quando a noiva o conheceu, quase desmaiou, mas a união foi próspera, visto que o casal gerou sete filhos, sendo que quatro deles herdaram a condição humana do pai e foram doados como animais de estimação para aristocratas. Mais tarde, Petrus e Catarina se retiraram para a Itália, onde viveram até o fim de seus dias.

Catarina e Petrus

  • A BELA ADORMECIDA

O conto é originário da França, escrito em 1697 e, mais tarde, ganhou uma versão dos irmãos Grimm.

Mais por uma premonição do que por uma maldição, uma bela princesa teve o seu dedo envenenado por uma farpa de linho. Muito triste, o rei colocou sua filha em uma cadeira de veludo, em um cômodo no meio da floresta e a tranca para sempre. Certo dia, um outro rei estava passando por ali e ficou encantado com a beleza da princesa. Ele, então, a estuprou e partiu. Sem saber, o rei acabou engravidando a princesa morta e, meses depois, ela deu a luz a gêmeos.

Um dos bebês, procurando por alimento, começou a chupar o dedo da mãe. Ele chupou com tanta força que conseguiu retirar o veneno e a fez despertar novamente. A esposa do rei acaba descobrindo tudo e manda lançar, mãe e filhos, na fogueira. Mas, na hora do ato, o rei joga a sua esposa no lugar da princesa e os gêmeos, e eles se tornam marido e mulher.

  • A PRINCESA E O SAPO

Também criado pelos alemães Grimm, a história, na verdade, tem outro nome: O Sapo Príncipe.

Um rei de um reino distante tinha belas filhas. A mais bela e mais mimada adorava brincar com a sua bola de ouro no jardim. Um dia, a bola foi parar no fundo de um lago e a princesa pôs-se a chorar. De repente, surgiu um sapo, falando que se ele se tornasse o seu companheiro, ele a devolveria a bola. A princesa aceitou e o sapo cumpriu a sua promessa, diferente dela, que saiu correndo, deixando o sapo sozinho. O rei soube de sua mentira e obrigou a filha a trazer o sapo para casa. Desesperada e com nojo de tê-lo em sua cama, a princesa o joga contra a parede, e isso o transforma de volta em um príncipe, não um beijo apaixonado como no filme da Disney.

  • O CORCUNDA DE NOTRE-DAME

Escrito por Victor Hugo, na França, em 1831, o conto na verdade é intitulado Notre-Dame de Paris.

Por causa de sua deformidade, Quasímodo é abandonado, ainda bebê, na porta da catedral, e é adotado pelo arquidiácono Frollo. Este obtinha um desejo profundo pela bela cigana Esmeralda, que sempre fazia apresentações de dança nas praças públicas. Com medo de não conseguir conter a tentação, Frollo manda Quasímodo a raptar. Esmeralda, então, é salva por um grupo de arqueiros, liderado por Phoebus. A cigana se apaixona por ele, mas o comandante já era comprometido. Mesmo assim, os dois começaram a manter um caso. Sabendo disso, Frollo mata Phoebus e acusa Esmeralda de assassinato. Para se livrar de sua sentença, o religioso obriga a cigana a ter relações sexuais com ele. Ela não aceita e, no momento de seu julgamento, Quasímodo consegue a sequestrar e a leva para dentro da igreja, onde ninguém pode pegá-la.

Quasímodo cuida de Esmeralda a noite toda, mas os outros ciganos conseguem a achar e, aproveitando a confusão, Frollo se apossa da cigana novamente. Irritado com as recusas de Esmeralda, Frollo a tranca junto com uma velha louca. A prisioneira, ao invés de despedaçar Esmeralda, percebe que ela é, na verdade, a sua filha, e a poupa de todo o sofrimento. Porém a paz de Esmeralda dura pouco. Os guardas da catedral a encontram e a levam para a sua execução.

Quasímodo e Frollo estavam na torre, assistindo a tudo, quando de repente, movido pelo desespero, o deforme empurra o seu pai adotivo torre abaixo e, em seguida, desaparece para sempre.

  • POCAHONTAS

A história da índia americana é real. A Disney recebeu críticas dos descendentes de Pocahontas pela sua versão distorcida, fazendo com que houvesse a continuação do filme, em que mostra a protagonista ficando com o seu verdadeiro marido, John Rolfe.

Suposto retrato de Pocahontas

Na verdade, Pocahontas era apenas um apelido, que significa “criança mimada”. Seu nome era Matoaka e ela era filha de um dos chefes da tribo Powhatan, que ocupava quase todo o litoral do estado de Virginia.

Quando tinha 11 anos, Pocahontas conseguiu livrar o colono inglês John Smith, que seria morto pelo seu pai, em 1607. Smith era um homem que beirava os 30 anos e, graças a esse evento, a tribo Powhatan estabeleceu a paz com os ingleses. Ao contrário do filme da Disney, Pocahontas e John Smith nunca se relacionaram. Ele apenas a serviu como professor da língua e costumes ingleses. Em 1609, John Smith foi baleado e teve que voltar para a Inglaterra. Outros colonos afirmaram à Pocahontas que ele havia sido mordo.

Quando completou 17 anos, a índia foi capturada por ingleses e permaneceu na prisão por mais de um ano. Interessado pela jovem, o britânico John Rolfe a pede em casamento, em troca de sua liberdade, e ela aceita. Ao chegar na Inglaterra, Pocahontas passou a se chamar Rebecca. Ela teve um filho com Rolfe, a quem o batizou de Thomas. Lá, Pocahontas descobriu que John Smith estava vivo, mas na época não conseguiu encontrá-lo. Por sua vez, Smith mandou uma carta para a Rainha, pedindo para que tratassem a índia com nobreza. E, assim, fez com que Pocahontas se tornasse muito popular no reino e até ganhar a simpatia do Rei.

Em 1617, Pocahontas reencontrou John Smith e ela se disse decepcionada com ele, por não ter conseguido manter a paz entre a tribo e os colonos. Meses depois, a índia e seu marido estavam no navio, rumo aos Estados Unidos, porém uma possível pneumonia os fizeram retornar e, no mesmo ano, Pocahontas veio a falecer.

Curiosidade: o ex-presidente estadunidense George W. Bush é um possível descendente de John Rolfe, fruto de um casamento posterior.

A verdade por trás dos contos de fadas (I)

A VERDADE POR TRÁS DOS CONTOS DE FADAS

Você já parou para pensar da onde vem tanta imaginação dos produtores da Disney para criar tantas histórias? Histórias essas que fazem parte da nossa infância e nos fazem sonhar.

O que muitos não sabem é que a maioria dos filmes animados que estamos acostumados a conhecer são adaptações de contos bem antigos e, até mesmo, sombrios. Vamos conhece-los? Senta que lá vem textão! Espero que gostem. Boa leitura!

  • CINDERELLA

Pasmem: Cinderella é um conto que data do século I a.C. Por ser tão antigo, há milhares de versões, sendo a mais conhecida a adaptação dos irmãos Grimm. Esta é bem parecida com a versão da Disney, exceto pelo final mais sombrio.

Para fazer com que o famoso sapatinho coubesse, as irmãs da Gata Borralheira cortaram partes de seus pés. Uma cortou os dedos e a outra, o calcanhar. Dois pombos viram a farsa e bicaram os olhos das duas. Após o episódio, ambas viraram mendigas cegas.

O detalhe do sapato também teve mudanças. Enquanto a Disney o fez de cristal, no original ele é de vidro e, a fada madrinha, na verdade, se tratava da mãe falecida de Cinderella.

  • BRANCA DE NEVE

Esse é outro conto adaptado pelos irmãos Grimm, e que não difere muito da versão que conhecemos.

A princesa Branca de Neve tinha 7 anos quando a sua madrasta percebeu que a sua beleza poderia lhe causar problemas. Foi então que ela mandou um caçador arrancar-lhe os pulmões. Branca conseguiu fugir e passou a morar de favor na casa de sete anões. Mais tarde, a Rainha Má descobriu seu esconderijo e tentou por três vezes matá-la, disfarçada de mendiga. Na primeira, ela tentou Sufocar a princesa com um espartilho. Na segunda, levou um pente envenenado e, na terceira tentativa, a maçã. Dessa vez os anões chegaram tarde para socorre-la e, como Branca de Neve ainda estava com a aparência boa, optaram por não enterrá-la. Ao invés disso, a colocaram numa cripta de vidro no meio da floresta. Um dia, um príncipe passou pela cripta e quis de todo modo comprá-la. De imediato os anões recusaram a oferta, mas depois de tanta insistência do príncipe, acabaram aceitando. Durante o trajeto, o príncipe deixou a cripta cair no chão. Com a queda, Branca cuspiu o pedaço de maçã envenenado e voltou a vida. Os dois se casaram e chamaram a Rainha Má para a festa. Ao chegar lá, a mandaram calçar sapatos fervendo na brasa e a fizeram dançar até cair no chão, morta.

10 CURIOSIDADES LITERÁRIAS (2)

  1. Mencionar seu nome, o de seu melhor amigo ou de algum conhecido em suas obras consistia em uma das brincadeiras favoritas do argentino Jorge Luís Borges.
  1. Praticamente todos os romances de José Saramago têm um cachorro entre os personagens.
  1. Em 1975, Clarice Lispector participou de um congresso de bruxaria na Colômbia. Ela começou seu discurso dizendo: “Eu tenho pouco a dizer sobre magia. Na verdade, eu acho que nosso contato com o sobrenatural deve ser feito em silêncio e numa profunda meditação solitária”.
  1. O escritor catarinense Cristóvão Tezza sempre escreve a primeira versão de suas obras a mão, apesar de saber mexer no computador.
  1. Em 1934, Cecília Meirelles levou um chá de cadeira do poeta Fernando Pessoa. Ela e o marido combinaram um encontro com o autor em um bar em Lisboa (Portugal), mas ele nunca apareceu. O casal esperou por duas horas. Para compensar a ausência, Pessoa mandou a Cecília uma edição do livro Mensagem com a dedicatória: “A Cecília Meireles, alto poeta, e a Correia Dias, artista, velho amigo e até cúmplice, na invocação da Apolo e Atena, Fernando Pessoa”.

10 CURIOSIDADES LITERÁRIAS (1)

10 Curiosidades da Literatura!

Hoje vamos apresentar 10 coisas que provavelmente, você não sabia sobre o universo literário. Veja só:

  1. Provavelmente, o primeiro poeta nascido em terras brasileiras foi Bento Teixeira. Seu livro Prosopopeia foi publicado em Lisboa, no ano de 1601.
  1. O escritor de ficção científica Julio Verne voou apenas uma vez. Ele subiu em um balão em 1873.
  1. A casa em que residia o escritor paulista João Antônio pegou fogo e o incêndio queimou todos os originais. Teimoso, escreveu tudo de novo. Malagueta, Perus e Bacanaço, o livro reescrito, publicado em 1963, virou clássico.
  1. O paulista José Carlos Inoue entrou para o Guinness – Livro dos Recordes. Ele tem o recorde de romances já publicados no mundo. Foram 1.086, sob 39 diferentes pseudônimos.
  1. O autor francês Georges Perec era maníaco por listas. Ele chegou até a escrever uma com as coisas que gostaria de fazer antes de morrer
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