GRANDES CONTOS: Negrinha

2. Negrinha, de Monteiro Lobato

Negrinha, de Monteiro Lobato

O conto narra a vida triste de uma menina, órfã aos 4 anos. Ela vivia assustada. Enquanto era viva, a mãe escrava, fechava-lhe a boca para que a patroa não ouvisse o seu choro.

A patroa chamava-se dona Inácia. Era viúva e não tinha filhos. Não gostava de crianças e o choro delas tiravam-lhe a paciência.

Quando a mãe da menina morreu, dona Inácia mantinha a pequena junto dela, que mal podia se mexer.

— Sentadinha aí, e bico, hein?
Negrinha imobilizava-se no canto, horas e horas.
— Braços cruzados, já, diabo!

Dona Inácia nunca deu-lhe um carinho e chamava-lhe dos piores apelidos possíveis, mas dizia ter um coração caridoso, por criar a órfã. Além disso, os da casa viviam batendo na criança, que tinha o corpo marcado.

Um dia, dona Inácia recebeu duas sobrinhas pequenas para passar férias em sua casa. Foi a primeira vez que Negrinha viu uma boneca e que brincou. Inesperadamente, dona Inácia deixou a menina brincar com as suas sobrinhas.

A partir daí, e com o regresso das sobrinhas, Negrinha caiu numa profunda tristeza. Deixou de comer, até se deixar morrer numa esteira.

GRANDES CONTOS: A Cartomante

1. A cartomante, de Machado de Assis

Capa do conto A Cartomante

O enredo do conto A Cartomante gira em torno de um triângulo amoroso composto por um casal – Vilela e Rita – e um amigo de infância muito próximo do rapaz – Camilo.

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Com medo de ser descoberta, Rita é a primeira a consultar uma cartomante. Camilo, que inicialmente zomba da amante, afasta-se do amigo após começar a receber cartas anônimas a falar daquela relação extraconjugal.

Camilo teve medo, e, para desviar as suspeitas, começou a rarear as visitas à casa de Vilela. Este notou-lhe as ausências. As ausências prolongaram-se, e as visitas cessaram inteiramente.

Depois de receber um bilhete do amigo dizendo que precisava falar com ele urgentemente, Camilo fica aflito e, assim, antes de ir à casa de Vilela, resolve fazer o mesmo que a amante e também vai à cartomante, que o tranquiliza.

Camilo vai à casa do amigo confiante de que a relação continuava em segredo, mas encontra Rita morta e ensanguentada. O conto termina com a morte de Camilo, assassinado por Vilela com dois tiros de revólver.

LIVROS PARA VESTIBULAR: Iracema

10. Iracema, de José de Alencar

Este romance narra o amor do personagem Martim por Iracema, que representa ainda a união entre o branco e o índio, entre a civilização europeia e os valores indígenas.

A história se passa no século XVII, quando, em meio às diferenças culturais, conflitos da colonização e guerras entre tribos, surge o amor proibido entre o português e a índia.

A literatura brasileira é extensa e reúne uma vasta quantidade de obras de diferentes escolas literárias. Neste post, foram mencionados apenas alguns dos livros indicados para os vestibulandos.

Você, que está se preparando para entrar na faculdade, não deixe de ler estes e outros livros da literatura brasileira e chegue ao vestibular pronto para alcançar ótimos resultados.

LIVROS PARA VESTIBULAR: Vidas Secas

9. Vidas Secas, de Graciliano Ramos

Nesta obra, são retratadas a miséria e as lutas de uma família de retirantes do sertão, que vivem fugindo da seca e se deslocando para regiões menos castigadas. O livro é composto por 13 capítulos, que não seguem uma ordem temporal e todos apresentam a dura jornada dos personagens, que atravessam a caatinga em busca de um destino melhor.

LIVROS PARA VESTIBULAR: Laços de Família

8. Laços de Família, de Clarice Lispector

Laços de Família reúne treze contos clássicos, que adentram o universo dos círculos domésticos, debatem os conflitos, a violência emocional e os sentimentos latentes existentes nos núcleos familiares.

A obra levanta questões delicadas que representam vínculos afetivos e aprisionamento dos personagens de uma família, como solidão, falta de comunicação e até morte.

Entre os contos apresentados estão: Amor; Preciosidade; O Búfalo; Uma Galinha; Devaneio e Embriaguez duma Rapariga; A Imitação da Rosa; Feliz Aniversário; O Crime do Professor de Matemática; O Jantar; A menor Mulher do Mundo; Começos de uma Fortuna; Os laços de Família; e Mistérios em São Cristóvão.

LIVROS PARA VESTIBULAR: Sagarana

4. Sagarana, de Guimarães Rosa

Sagarana agrupa nove contos que, em sua maioria, têm como cenário o sertão de Minas Gerais e contam episódios vividos por vaqueiros e jagunços da região. Os contos presentes na obra incluem: O burrinho pedrês; A volta do marido pródigo; Sarapalha; Duelo; Minha gente; São Marcos; Corpo fechado; Conversa de bois; A hora e a vez de Augusto Matraga.

LIVROS PARA VESTIBULAR: Capitães da Areia

3. Capitães de Areia, de Jorge Amado

O romance fala sobre a vida de um grupo de meninos de rua, conhecido como Capitães de Areia, que comete uma série de infrações na cidade de Salvador. A obra retrata o cotidiano dos jovens, a violência, os desafios e também seus sonhos e ambições.

No enredo, não há destaque para um personagem principal, predomina o elemento coletivo, o grupo. Assim, são delineadas as características, facetas e o destino de cada um dos integrantes do bando.

LIVROS PARA VESTIBULAR: O Cortiço

2. O Cortiço, de Aluísio Azevedo

A história de O Cortiço, uma obra da escola naturalista, se passa em uma habitação coletiva e discorre sobre a influência social e racial no comportamento dos personagens.

A trama principal aborda a jornada e as artimanhas, nem sempre dignas, do personagem João Romão em busca de riqueza e ascensão social e sua disputa com Miranda, um comerciante de status mais elevado. Histórias paralelas da obra apresentam a vida de outros moradores do cortiço e destacam a má influência do meio sobre eles.

LIVROS PARA VESTIBULAR: Dom Casmurro

1. Dom Casmurro, de Machado de Assis

Uma das obras mais conhecidas da literatura brasileira, Dom Casmurro conta a história de Bentinho e Capitu, que foram criados juntos e se apaixonaram quando ainda eram adolescentes, mas tiveram que se afastar quando ele foi mandado para o seminário devido a uma promessa de sua mãe.

No decorrer da narrativa, Bentinho torna-se amigo de Escobar e ambos desistem do seminário. Bentinho se casa com Capitu e Escobar com Sancha. Após a morte do amigo, o protagonista passa a duvidar da fidelidade de sua mulher e começa a notar semelhanças entre seu filho e o falecido.

Bruxa

O diabo, quando acuado, vocifera.
O que é ruim por si mesmo se destrói.
Uma bruxa nunca consegue ser perfeita num disfarce de princesa.
Nem um lobo é convincente em pele de cordeiro.
– Coloque-os à prova, e todos falharão, irremediavelmente.

Augusto Branco

VASO CHINÊS

ALBERTO DE OLIVEIRA

Alberto de Oliveira

Nasceu a 28 Abril 1857
(Palmital de Saquarema, Rio de Janeiro, Brasil)
Morreu em 19 Janeiro 1937
(Niterói, Rio de Janeiro, Brasil)
Antônio Mariano de Oliveira, mais conhecido pelo pseudônimo Alberto de Oliveira, foi um poeta, professor e farmacêutico brasileiro. Figura como líder do Parnasianismo brasileiro, na famosa tríade Alberto de Oliveira, Raimundo Correia e Olavo Bilac.
 1683  1 

VASO CHINÊS


Estranho mimo aquele vaso! Vi-o,
Casualmente, uma vez, de um perfumado
Contador sobre o mármor luzidio,
Entre um leque e o começo de um bordado.

Fino artista chinês, enamorado,
Nele pusera o coração doentio
Em rubras flores de um sutil lavrado,
Na tinta ardente, de um calor sombrio.

Mas, talvez por contraste à desventura,
Quem o sabe?… de um velho mandarim
Também lá estava a singular figura;

Que arte em pintá-la! a gente acaso vendo-a,
Sentia um não sei quê com aquele chim
De olhos cortados à feição de amêndoa.

Publicado no livro Sonetos e poemas (1886).

In: OLIVEIRA, Alberto de. Poesias completas. Ed. crít. Marco Aurélio Mello Reis. Rio de Janeiro: Núcleo Ed. da UERJ, 1978. v.1. (Fluminense

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