Olá, galera!
Entrei recentemente no clube e devo admitir que estou bastante contente com o conceito do site. De qualquer modo, minha discussão hoje é sobre a escrita.
Vocês escrevem?
O que é escrever, para você?
Eu mal consigo me lembrar qual foi a primeira historinha que comecei a desenvolver, muito menos minha idade à época. Só sei que era bem nova e fiquei tão encantada com as ideias que percorriam minha mente, que precisei pô-las para fora. Pouco sabia da ortografia correta das palavras, mas páginas e páginas fluíram.
Para mim, era normal, uma consequência por obrigação de ser leitora. Pensei que todos que gostassem muito de ler sentiriam a necessidade incessante de escrever também. Apenas anos depois fui descobrir que não era exatamente assim.
Escrever é como ter magia correndo por meu sangue, é serotonina e dopamina, as quais sem eu não poderia funcionar em meu melhor estado. Escrever é ansiedade, refugio e alívio. Nem sempre é coisa boa, é verdade, às vezes dói, é como gritar até perder a voz, sangrar e ser revirada de dentro para fora de modo excruciante. Pode ser brilhar de felicidade, como alguém mais estonteante impossível, mas às vezes é como estar morrendo e finalizar um testamento decrepitamente vazio.
Escrever é tudo. E tudo inclui tanto as partes boas quanto as ruins.
Talvez seja verbo usado apenas por pessoas quebradas na medida certa para fazer arte da ferida.
É ver o mundo cinza, mas conseguir brotar cores da sua mente. Ver ele colorido e brilhante e chegar o mais perto possível de conseguir transcrever isso com maestria. Por vezes, é simplesmente perder a percepção total de cores e sabores e não ser capaz de produzir nada além de elegias disformes.
Por muitos anos foi o meu segredinho, quase obscuro. Ninguém podia ler, ninguém podia nem sonhar que eu gostava de escrever textos e histórias por aí, muito menos minhas músicas e raros poemas desgarrados. Mas eu percebi uma coisa conforme fui crescendo: ler é acalmar a alma, e nada acalma mais do que se encontrar nos parágrafos. Meus textos não podiam ser só meus se eles possuem o potencial de encontrar lugar dentro de tantos outros corações inquietos pelo mundo. Seus propósitos primeiros já foram cumpridos no momento da concepção, era hora de voar e encontrar outros ninhos.
Poderia passar dias discorrendo sobre esse tema, sem nunca chegar a um ponto final, mas eu gostaria de saber sobre o que é escrever para vocês.
Contem suas histórias de escritores, suas descobertas e epifanias, sobre o processo e suas inspirações! Eu quero saber o que lhe significa escrever, como tudo começou e como tudo pode terminar, seus maiores sonhos e metas.
Compartilhe um pouco da magia de vocês comigo 😉
A liberdade que sinto ao escrever é inimaginável. A necessidade de pôr as palavras para fora e fazer delas uma parte minha é incrível. Sinto-me fluir, sinto-me nas nuvens, intocável, não tem ninguém neste vasto mundo que consiga mudar isso.
Escrever é liberadade e, apesar de tudo demais ser veneno, a escrita não. Quanto mais escrevo, melhor me sinto, apesar de algumas vezes ser coisas dolorosas, afinal de contas, nem tudo é flores. Procuro sempre transformar minhas palavras em flores, em formas de tocar alguém que precisa daquilo e, às vezes, nem mesmo imagina; em formas de me ajudar com palavras que realmente irão fazer diferença, afinal, de que valem palavras vazias?