Alguém outro dia, postou aqui sobre ideia do não se desfazer. Usou como exemplo os livros que muitas vezes compramos e deixamos de lado na estante. Aqueles livros que nunca nos desfazendo mesmo sem le-los. Achei o assunto interessante e decidi comentar o que penso.
Quando somos crianças essa Síndrome do Apego (a qual eu gosto de chamar essa obsessão em não desapegar) faz com que relutemos em emprestar nossos brinquedos para outras crianças ou até mesmo de doa-los para aquelas que não têm nada.
Quando estamos na adolescência faz com que evitemos de doar, vender ou até mesmo emprestar livros, discos e roupas que não usamos mais ou nunca chegamos a usar. Quando adultos, nos deparamos com o dinheiro. Associamos que nesse mundo “cada um por si e Deus contra todos”.
Vivemos uma realidade em que pessoas possuem montanhas de dinheiro que jamais conseguirão gastar tudo em apenas uma vida. Pessoas que tem tantas propriedades inabitadas que poderiam servir de abrigo para muitos que não têm aonde morar.
E aqui estamos, comprando, acumulando, abandonando em um canto qualquer… sem nunca desapegar. Sem nunca olhar para o lado e ver que alguém pode precisar ou usar mais do que você. E o problema é que muitas vezes não nos desapegamos apenas de bens matérias mas também de pessoas, de lembranças, de mágoas… Enfim, quantos de nós temos essa Síndrome e não gostamos de reconhecer que a temos.
Porém meus caros, a vida é longa. Nunca é tarde para nos consertarmos. Que tal começar por um livro? Aquele que está juntando poeira na estante, o qual muitas vezes você nem se dá o trabalho de olhar. Eu tenho a Síndrome do Apego. E quero mudar isso. E você? Também quer desapegar? Deixem nos comentários suas experiências, seus desabafos ou se possuem objetivos para superarem esse apego excessivo.
Eu sou apegada aos meus livros, mais isso não me empede de doar alguns. Eu ganho tantos livros porque não, dá alguns?
Eu também Van.