LITERATURA AFRICANA: Americanah

1. Americanah, de Chimamanda Ngozi Adichie

Americanah conta a história de Ifemelu, uma blogueira nigeriana reconhecida nos Estados Unidos, desde sua juventude em Lagos até seu cotidiano nos Estados Unidos, onde vai residir para estudar. Chegando lá, pela primeira vez, a protagonista se depara com a questão racial e com as adversidades que se apresentam por ser imigrante, mulher e negra.

MARIA FIRMINA DOS REIS

Personalidade Negra – Maria Firmina dos Reis

Maria Firmina dos Reis nasceu em São Luís, no Maranhão, no dia 11 de outubro de 1825. Filha bastarda de João Pedro Esteves e Leonor Felipe dos Reis. Foi uma escritora brasileira, considerada a primeira romancista brasileira.

Em 1847, aos 22 anos, ela foi aprovada em um concurso público para a Cadeira de Instrução Primária, sendo assim a primeira professora concursada de seu Estado. Maria demonstrou sua afinidade com a escrita ao publicar “Úrsula” em 1859, primeiro romance abolicionista, primeiro escrito por uma mulher negra brasileira.

O romance “Úrsula” consagrou Maria Firmina como escritora e também foi o primeiro romance da literatura afro-brasileira, entendida esta como produção de autoria afrodescendente. Em 1887, no auge da campanha abolicionista, a escritora publica o livro “A Escrava”, reforçando sua postura antiescravista. Ao aposentar-se, em 1880, fundou uma escola mista e gratuita. Maria morre aos 92 anos, na cidade de Guimarães, no dia 11 de novembro de 1917.

Em 1975, Maria recebe uma homenagem de José Nascimento Morais Filho que publica a primeira biografia da escritora, Maria Firmina: fragmentos de uma vida.

GRANDES CONTOS: Feliz Aniversário

6. Feliz aniversário, de Clarice Lispector

Idosa com ar pensativo

Esta narrativa descreve o aniversário de uma matriarca de 89 anos, que vivia com a filha Zilda, a única mulher entre os 7 filhos.

Zilda tinha preparado a festa para uma família que não convivia, que não tinha carinho uns pelos outros. Exemplo disso era um dos filhos, que não foi à festa para não ver os irmãos e mandou a mulher para o representar.

Os convidados ignoravam a aniversariante, cuja filha já a tinha sentado à mesa desde às duas da tarde, quando os primeiros convidados começaram a chegar às quatro. Tudo isso para adiantar o seu trabalho.

Apesar de não se manifestar, a matriarca estava triste e revoltada com os seus frutos.

Como pudera ela dar à luz aqueles seres risonhos fracos, sem austeridade? O rancor roncava no seu peito vazio. Uns comunistas, era o que eram; uns comunistas. Olhou-os com sua cólera de velha. Pareciam ratos se acotovelando, a sua família.

Em dada altura, cospe no chão e, sem modos, pede um copo de vinho.

Foi esse o momento em que chamou as atenções para si, já que faziam a festa entre eles, de costas para a velha, cuja presença foi ignorada durante todo o tempo e que, ao fim, só pensava se naquele dia haveria jantar.

GRANDES CONTOS: Presépio

5. Presépio, de Carlos Drummond de Andrade

Conto Presépio, de Drummond

O conto relata a escolha indecisa de Dasdores entre a montagem de presépio ou a ida à Missa do Galo. Era véspera de Natal e, entre tantos afazeres, ela não tinha tempo para fazer ambas as coisas.

Dentre as obrigações de Dasdores, as principais eram cuidar dos irmãos, fazer doces de calda, escrever cartas e montar o presépio – esta última é determinação de uma tia morta. Os pais estavam sempre exigindo mais e mais dela, pois acreditavam que era assim que uma moça deveria ser educada.

A questão é que se não fosse à missa, não veria o namorado Abelardo, coisa rara de acontecer.

GRANDES CONTOS: Peru de Natal

4. Peru de Natal, de Mário de Andrade

Peru de Natal, de Mário de Andrade

Peru de Natal narra o sentimento de culpa que assombra uma família depois da morte do pai. O homem era sério e a família vivia sem necessidades econômicas e conflitos, mas sem experimentar o sentimento da felicidade.

O narrador, filho de dezenove anos, que desde cedo foi tachado como “louco”, aproveitou a oportunidade para sugerir um peru para a ceia de Natal, o que era algo inadmissível, tendo em conta o luto da família.

Além disso, peru só era comido em dia de festa. Na verdade, a família ficava com os restos no dia seguinte ao evento, pois os parentes se encarregavam de devorar tudo e, ainda, levar para os que não podiam ter comparecido à festa.

O “louco” sugeria um peru só para eles, os cinco habitantes da casa. E assim foi feito, o que rendeu à família o melhor Natal que já tinham tido. O fato de terem um peru só para eles, trouxera uma “felicidade nova”.

Mas quando começou a servir o peru e ofereceu um prato cheio à mãe, esta começou a chorar e fez a tia e a irmã fazerem o mesmo. E a imagem do pai morto veio estragar o Natal, dando início à luta dos dois mortos: o pai e o peru. Por fim, fingindo-se triste, o narrador começa a falar do pai lembrando dos sacrifícios que tinha feito pela família, o que retomou o sentimento de felicidade da família.

GRANDES CONTOS: Baleia

3. Baleia, de Graciliano Ramos

Cadela Baleia de Vidas Secas

O conto é o capítulo IX da obra Vidas Secas. Ele narra a morte da cadela Baleia, que era como um membro da família de itinerantes, composta por Fabiano, Sinhá Vitória e seus dois filhos.

Baleia estava muito magra e seu corpo apresentava falhas de pelos. Já andava com um rosário de sabugos de milho queimados no pescoço, que seu dono tinha colocado na tentativa de fazer com que ela melhorasse.

Num estado cada vez pior, Fabiano decidiu matar o bicho. Os meninos temiam o pior para Baleia e foram levados pela mãe para os poupar da cena. Sinhá Vitória tentava tapar os ouvidos dos filhos para que não ouvissem o disparo da espingarda do pai, mas eles lutavam aflitos com ela.

O tiro de Fabiano acerta o quarto da cadela e a partir daí o narrador descreve as dificuldades que ela tem para andar depois de ser ferida e as suas sensações nos últimos momentos de vida.

Olhou-se de novo, aflita. Que lhe estaria acontecendo? O nevoeiro engrossava e aproximava-se.

GRANDES CONTOS: Negrinha

2. Negrinha, de Monteiro Lobato

Negrinha, de Monteiro Lobato

O conto narra a vida triste de uma menina, órfã aos 4 anos. Ela vivia assustada. Enquanto era viva, a mãe escrava, fechava-lhe a boca para que a patroa não ouvisse o seu choro.

A patroa chamava-se dona Inácia. Era viúva e não tinha filhos. Não gostava de crianças e o choro delas tiravam-lhe a paciência.

Quando a mãe da menina morreu, dona Inácia mantinha a pequena junto dela, que mal podia se mexer.

— Sentadinha aí, e bico, hein?
Negrinha imobilizava-se no canto, horas e horas.
— Braços cruzados, já, diabo!

Dona Inácia nunca deu-lhe um carinho e chamava-lhe dos piores apelidos possíveis, mas dizia ter um coração caridoso, por criar a órfã. Além disso, os da casa viviam batendo na criança, que tinha o corpo marcado.

Um dia, dona Inácia recebeu duas sobrinhas pequenas para passar férias em sua casa. Foi a primeira vez que Negrinha viu uma boneca e que brincou. Inesperadamente, dona Inácia deixou a menina brincar com as suas sobrinhas.

A partir daí, e com o regresso das sobrinhas, Negrinha caiu numa profunda tristeza. Deixou de comer, até se deixar morrer numa esteira.

GRANDES CONTOS: A Cartomante

1. A cartomante, de Machado de Assis

Capa do conto A Cartomante

O enredo do conto A Cartomante gira em torno de um triângulo amoroso composto por um casal – Vilela e Rita – e um amigo de infância muito próximo do rapaz – Camilo.

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Com medo de ser descoberta, Rita é a primeira a consultar uma cartomante. Camilo, que inicialmente zomba da amante, afasta-se do amigo após começar a receber cartas anônimas a falar daquela relação extraconjugal.

Camilo teve medo, e, para desviar as suspeitas, começou a rarear as visitas à casa de Vilela. Este notou-lhe as ausências. As ausências prolongaram-se, e as visitas cessaram inteiramente.

Depois de receber um bilhete do amigo dizendo que precisava falar com ele urgentemente, Camilo fica aflito e, assim, antes de ir à casa de Vilela, resolve fazer o mesmo que a amante e também vai à cartomante, que o tranquiliza.

Camilo vai à casa do amigo confiante de que a relação continuava em segredo, mas encontra Rita morta e ensanguentada. O conto termina com a morte de Camilo, assassinado por Vilela com dois tiros de revólver.

LIVROS PARA VESTIBULAR: Iracema

10. Iracema, de José de Alencar

Este romance narra o amor do personagem Martim por Iracema, que representa ainda a união entre o branco e o índio, entre a civilização europeia e os valores indígenas.

A história se passa no século XVII, quando, em meio às diferenças culturais, conflitos da colonização e guerras entre tribos, surge o amor proibido entre o português e a índia.

A literatura brasileira é extensa e reúne uma vasta quantidade de obras de diferentes escolas literárias. Neste post, foram mencionados apenas alguns dos livros indicados para os vestibulandos.

Você, que está se preparando para entrar na faculdade, não deixe de ler estes e outros livros da literatura brasileira e chegue ao vestibular pronto para alcançar ótimos resultados.

LIVROS PARA VESTIBULAR: Vidas Secas

9. Vidas Secas, de Graciliano Ramos

Nesta obra, são retratadas a miséria e as lutas de uma família de retirantes do sertão, que vivem fugindo da seca e se deslocando para regiões menos castigadas. O livro é composto por 13 capítulos, que não seguem uma ordem temporal e todos apresentam a dura jornada dos personagens, que atravessam a caatinga em busca de um destino melhor.

Clube do Gueto