CLÁSSICOS RUSSOS: Pais e Filhos

Pais e Filhos, obra do escritor russo Ivan Turgueniev, publicada originalmente em 1862, uma época de grande perturbação social e política em seu país.  nesta obra que se popularizou o termo niilismo, aplicado ao protagonista Bazárov, para descrever uma espécie de rebeldia que “não se inclina a nenhuma autoridade nem aceita nenhum princípio sem exame.”

CLÁSSICOS RUSSOS: Doutor Jivago

Doutor Jivago é um romance histórico do escritor russo Boris Pasternak. O livro tem o nome de seu protagonista, Yuri Jivago, um médico e poeta. Conta a história de um homem dividido entre duas mulheres sob fundo da Revolução Russa de 1917.  O livro contém trechos escritos entre os anos 1910 e 1920, porém, Doutor Jivago só foi completado em 1956 . Na URSS, “Doutor Jivago”  foi publicado em 1988, depois da reabilitação de Pasternak pela União dos Escritores. Desde então não saiu mais da lista de best-sellers por lá…

CLÁSSICOS RUSSOS: Guerra e Paz

Guerra e Paz é um romance escrito por  Tolstói e publicado entre 1865 e 1869 no Russkii Vestnik, um periódico da época. Um livro grande que levou vários anos até ser finalizado. Os primeiros manuscritos datam 1956. No livro é retratado o cotidiano da Rússia, em tempos napoleônicos, pano de fundo para a complexa narrativa que envolve inúmeros personagens que provocam a imaginação a respeito das relações humanas.

A verdade por trás dos contos de fadas (III)

  • MULAN

Muito se questiona sobre se Mulan é apenas personagem de uma lenda chinesa ou se ela realmente existiu. A obra foi composta no século VI, durante a dinastia de Tang, mas se passa durante a dinastia Ming. Hua Mulan era o seu nome verdadeiro, mas a Disney preferiu adotar Fa Mulan para não enfrentar possíveis processos jurídicos.

A chinesa ficou famosa por lutar na guerra contra os nômades, que durou 12 anos, no lugar de seu pai. A cada batalha, Mulan se destacava por sua coragem. Mesmo depois de descobrirem que se tratava de uma mulher, o imperador da China quis recompensá-la, mas ela não aceitou e simplesmente voltou para casa.

  • ANASTASIA

A história da grã-duquesa russa Anastasia é verdadeira e trágica, mas não teve nenhuma versão contada pela Disney. A que conhecemos foi produzida pela Fox e tem um final feliz, ao contrário do que realmente aconteceu.

Anastasia Nikolaevna Romanova era a filha mais nova do czar russo Nicolau II. No filme animado da Fox, Rasputin seria o grande vilão da história, mas na realidade ele era apenas um amigo da família. O problema ao redor de sua imagem é que toda corte russa o achava demoníaco, com uma péssima fama de abusador e alcoolatra. Entretanto, Rasputin conquistou a confiança da família imperial por supostamente ter poderes sobrenaturais de cura, e com isso ajudava o herdeiro do trono, Alexei, quando este sofria suas crises de hemofilia.

Durante a Primeira Guerra Mundial, a Rússia imperial foi tomada por um golpe bolchevique e toda a família real foi capturada, sendo posteriormente executados. Ao encontrarem os restos mortais da família, notaram que não haviam os restos nem de Anastasia e nem de seu irmão mais novo. A partir daí, surgiram boatos de que ambos poderiam estar vivos.

Anna Anderson

Foi quando uma mulher chamada Anna Anderson contou aos jornais que era a grã-duquesa e que havia sobrevivido ao ataque se fingindo de morta e fugindo em seguida. Por anos a fio a mentira foi sustentada e Anna ficou muito rica. Apenas depois de sua morte foi concluído que Anna não se passava de uma impostora. Tempos depois, os cadáveres dos irmãos foram encontrados e comprovados através de exames de DNA.

  • RAPUNZEL

A história de Rapunzel é uma das mais famosas e antigas. Na minha opinião, a Disney bem que demorou muito tempo para readaptá-la aos cinemas! hehehe

Havia um casal que morava ao lado de um castelo que pertencia a uma bruxa. Quando estava grávida, a mulher pediu ao marido que fosse pegar algumas frutas. Estas só seriam encontradas no pomar da bruxa. O marido, então, arriscou roubá-las, mas foi pego pela bruxa. Como castigo, ela ordenou que o homem a desse a criança que sua esposa estava esperando. Dito e feito, a bruxa nomeou a menina de Rapunzel. Ao completar 12 anos, a bruxa prendeu a jovem numa torre sem portas e nem escadas. Ela também cultivou o cabelo da menina, sem jamais tê-lo cortado. Quando queria entrar na torre, a bruxa subia pelas longas tranças de Rapunzel. Certo dia, um príncipe estava passeando pelas redondezas e ouviu Rapunzel cantando na janela. Ele se apaixonou pela jovem e passou a visitá-la sempre que podia. Numa dessas visitas, o príncipe observou como a bruxa fazia para subir na torre e, no dia seguinte, fez igual. Ao chegar no topo da torre, pediu Rapunzel em casamento e ela aceitou. Juntos bolaram um plano: toda noite o príncipe viria com um pedaço de seda, para que assim Rapunzel tecesse uma escada. Com o passar do tempo, a bruxa percebeu que a barriga de Rapunzel estava crescendo e descobriu tudo. Ela, então, cortou os cabelos da jovem e lançou um feitiço para que ela morasse num deserto. Quanto ao príncipe, a bruxa o cegou e ele começou a vagar sem rumo pelos bosques. Até que um dia foi atraído, novamente, pela voz de Rapunzel. Os dois se reencontraram e as lágrimas de Rapunzel curaram a cegueira do príncipe, que viveram felizes para sempre.

  • HÉRCULES

Hercules, na verdade, é um deus da mitologia grega, filho de Zeus com uma mortal. Sua história é famosa pelas 12 tarefas que teve que cumprir e que o mostrou ser um semi-deus muito forte.

  • ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS

A animação da Disney foi inspirada pelos livros de Lewis Carroll. É claro que a história é fantasia, mas a Alice realmente existiu. Ela era uma garotinha de 8 anos, filha de um casal amigo do escritor. Carroll ficava encantado com a personalidade da menina e sempre a levava para passear. Muito se especula a respeito de uma possível relação amorosa entre os dois, coisa que nunca foi comprovada devido a enorme diferença de idade entre os dois.

  • FROZEN

Uma das maiores franquias da Disney foi inspirada num conto do século XIX chamado A Rainha da Neve, escrito por Hans Christian Andersen, o mesmo autor de A Pequena Sereia.

A história gira em torno de Kai e Gerda, duas crianças que eram muito amigas. Certo dia, um troll criou um espelho mágico que transformava todos que o vissem em pessoas más. O espelho se quebrou e parte de seus pedaços foram parar próximos onde Kai e Gerda estavam brincando. Sem querer, Kai mirou o espelho e farpas dele entraram no seu coração, tornando-o uma criança má. Convivendo com a sua nova personalidade, Kai tenta roubar um trenó, mas é surpreendido pela dona do mesmo, a Rainha da Neve, que o sequestra como castigo. Gerda sente falta do amigo e sai a sua procura. Com a ajuda de uma pequena ladra, Gerda encontra o amigo e consegue curá-lo e derrotar a Rainha.

E chegamos ao fim! Qual foi a sua favorita?

A verdade por trás dos contos de fadas (II)

  • A PEQUENA SEREIA

A Pequena Sereia pode ser considerado um dos que mais tiveram mudanças pela Disney. O escritor do conto original é o dinamarquês Hans Christian Andersen e sua história é tão famosa por lá que, na cidade de Copenhagen, há uma estátua de sereia em uma pedra, no meio do mar.

A protagonista da história tinha mais cinco irmãs, todas criadas pela avó. Na “lei das sereias”, ao completarem 15 anos, ganhavam a permissão de ir à superfície. Quando chegou a vez da Pequena Sereia, ela salvou um príncipe de um naufrágio e se apaixonou por ele. Em seguida, procurou a bruxa do mar para lhe dar pernas, a fim de conquistar o amado. A bruxa concebeu o seu pedido em troca de sua língua, e além da Pequena Sereia ficar sem voz, cada vez que andasse sentiria dores como se estivesse pisando em facas. Se ela não conseguisse se casar com o príncipe, viraria espuma do mar (sereias, na verdade, viram espuma do mar ao invés de morrerem). A Pequena Sereia realmente fez o príncipe a amar, mas não como se ama uma esposa. Mais tarde, ele conheceu uma mulher e a confundiu com a sua salvadora, e assim decide se casar com ela.

No dia anterior ao casamento, as irmãs da sereia surgem com uma faca. Elas haviam feito um acordo com a bruxa: se a Pequena Sereia encravasse a faca no peito do príncipe, ela se livraria da maldição. Mas a sereinha o amava muito e não teve coragem de matá-lo. Suas lágrimas de amor verdadeiro a fizeram virar um espírito do ar, ao invés de espuma. E era isso que ela sempre quis e invejava nos humanos: ter uma alma.

  • A BELA E A FERA

A história original foi escrita por Gabrielle-Suzanne Barbot, em 1740. O pai de Bela era mercador e tinha três filhas. Quando ele viajava, as duas filhas mais velhas pediam coisas caras, exceto pela caçula Bela, que só queria uma rosa vermelha. Em uma de suas viagens, o mercador se perdeu e foi parar no castelo da Fera. Lá, ele roubou uma rosa para dar à Bela. A Fera o pegou no flagra e o obrigou a oferecer uma de suas filhas para ele. Bela foi a escolhida. Ao chegar no castelo, para a surpresa da jovem, a Fera a tratou como uma princesa e sempre a pedia em casamento, escutando um não como resposta todas as vezes. Um dia, Bela pediu para visitar o seu pai e a Fera permitiu, com a condição de voltar depois de dois meses. Certa noite, Bela sonhou que a Fera estava morrendo e correu de volta ao castelo, preocupada. Quando ela chegou, a Fera realmente estava em seu leito de morte. Deparada com tal situação, Bela finalmente percebeu que o amava e fez com que seu amor o transformasse em um lindo príncipe.

Dizem que o conto foi inspirado numa história real, ocorrida no século XVI, quando a rainha Catarina de Médici arranjou o casamento entre Petrus Gonsalvus e a filha de um funcionário da corte francesa, também chamada Catarina. Petrus era um rapaz gentil, porém sofria de hipertricose, o que fazia com que todo seu corpo fosse coberto de pêlos. O objetivo da rainha com este casamento era saber se ele era capaz de se comportar como cavalheiro e gerar filhos, ao mesmo tempo que queria despertar o lado “animal” de Petrus, o oferecendo uma bela dama como esposa. Quando a noiva o conheceu, quase desmaiou, mas a união foi próspera, visto que o casal gerou sete filhos, sendo que quatro deles herdaram a condição humana do pai e foram doados como animais de estimação para aristocratas. Mais tarde, Petrus e Catarina se retiraram para a Itália, onde viveram até o fim de seus dias.

Catarina e Petrus

  • A BELA ADORMECIDA

O conto é originário da França, escrito em 1697 e, mais tarde, ganhou uma versão dos irmãos Grimm.

Mais por uma premonição do que por uma maldição, uma bela princesa teve o seu dedo envenenado por uma farpa de linho. Muito triste, o rei colocou sua filha em uma cadeira de veludo, em um cômodo no meio da floresta e a tranca para sempre. Certo dia, um outro rei estava passando por ali e ficou encantado com a beleza da princesa. Ele, então, a estuprou e partiu. Sem saber, o rei acabou engravidando a princesa morta e, meses depois, ela deu a luz a gêmeos.

Um dos bebês, procurando por alimento, começou a chupar o dedo da mãe. Ele chupou com tanta força que conseguiu retirar o veneno e a fez despertar novamente. A esposa do rei acaba descobrindo tudo e manda lançar, mãe e filhos, na fogueira. Mas, na hora do ato, o rei joga a sua esposa no lugar da princesa e os gêmeos, e eles se tornam marido e mulher.

  • A PRINCESA E O SAPO

Também criado pelos alemães Grimm, a história, na verdade, tem outro nome: O Sapo Príncipe.

Um rei de um reino distante tinha belas filhas. A mais bela e mais mimada adorava brincar com a sua bola de ouro no jardim. Um dia, a bola foi parar no fundo de um lago e a princesa pôs-se a chorar. De repente, surgiu um sapo, falando que se ele se tornasse o seu companheiro, ele a devolveria a bola. A princesa aceitou e o sapo cumpriu a sua promessa, diferente dela, que saiu correndo, deixando o sapo sozinho. O rei soube de sua mentira e obrigou a filha a trazer o sapo para casa. Desesperada e com nojo de tê-lo em sua cama, a princesa o joga contra a parede, e isso o transforma de volta em um príncipe, não um beijo apaixonado como no filme da Disney.

  • O CORCUNDA DE NOTRE-DAME

Escrito por Victor Hugo, na França, em 1831, o conto na verdade é intitulado Notre-Dame de Paris.

Por causa de sua deformidade, Quasímodo é abandonado, ainda bebê, na porta da catedral, e é adotado pelo arquidiácono Frollo. Este obtinha um desejo profundo pela bela cigana Esmeralda, que sempre fazia apresentações de dança nas praças públicas. Com medo de não conseguir conter a tentação, Frollo manda Quasímodo a raptar. Esmeralda, então, é salva por um grupo de arqueiros, liderado por Phoebus. A cigana se apaixona por ele, mas o comandante já era comprometido. Mesmo assim, os dois começaram a manter um caso. Sabendo disso, Frollo mata Phoebus e acusa Esmeralda de assassinato. Para se livrar de sua sentença, o religioso obriga a cigana a ter relações sexuais com ele. Ela não aceita e, no momento de seu julgamento, Quasímodo consegue a sequestrar e a leva para dentro da igreja, onde ninguém pode pegá-la.

Quasímodo cuida de Esmeralda a noite toda, mas os outros ciganos conseguem a achar e, aproveitando a confusão, Frollo se apossa da cigana novamente. Irritado com as recusas de Esmeralda, Frollo a tranca junto com uma velha louca. A prisioneira, ao invés de despedaçar Esmeralda, percebe que ela é, na verdade, a sua filha, e a poupa de todo o sofrimento. Porém a paz de Esmeralda dura pouco. Os guardas da catedral a encontram e a levam para a sua execução.

Quasímodo e Frollo estavam na torre, assistindo a tudo, quando de repente, movido pelo desespero, o deforme empurra o seu pai adotivo torre abaixo e, em seguida, desaparece para sempre.

  • POCAHONTAS

A história da índia americana é real. A Disney recebeu críticas dos descendentes de Pocahontas pela sua versão distorcida, fazendo com que houvesse a continuação do filme, em que mostra a protagonista ficando com o seu verdadeiro marido, John Rolfe.

Suposto retrato de Pocahontas

Na verdade, Pocahontas era apenas um apelido, que significa “criança mimada”. Seu nome era Matoaka e ela era filha de um dos chefes da tribo Powhatan, que ocupava quase todo o litoral do estado de Virginia.

Quando tinha 11 anos, Pocahontas conseguiu livrar o colono inglês John Smith, que seria morto pelo seu pai, em 1607. Smith era um homem que beirava os 30 anos e, graças a esse evento, a tribo Powhatan estabeleceu a paz com os ingleses. Ao contrário do filme da Disney, Pocahontas e John Smith nunca se relacionaram. Ele apenas a serviu como professor da língua e costumes ingleses. Em 1609, John Smith foi baleado e teve que voltar para a Inglaterra. Outros colonos afirmaram à Pocahontas que ele havia sido mordo.

Quando completou 17 anos, a índia foi capturada por ingleses e permaneceu na prisão por mais de um ano. Interessado pela jovem, o britânico John Rolfe a pede em casamento, em troca de sua liberdade, e ela aceita. Ao chegar na Inglaterra, Pocahontas passou a se chamar Rebecca. Ela teve um filho com Rolfe, a quem o batizou de Thomas. Lá, Pocahontas descobriu que John Smith estava vivo, mas na época não conseguiu encontrá-lo. Por sua vez, Smith mandou uma carta para a Rainha, pedindo para que tratassem a índia com nobreza. E, assim, fez com que Pocahontas se tornasse muito popular no reino e até ganhar a simpatia do Rei.

Em 1617, Pocahontas reencontrou John Smith e ela se disse decepcionada com ele, por não ter conseguido manter a paz entre a tribo e os colonos. Meses depois, a índia e seu marido estavam no navio, rumo aos Estados Unidos, porém uma possível pneumonia os fizeram retornar e, no mesmo ano, Pocahontas veio a falecer.

Curiosidade: o ex-presidente estadunidense George W. Bush é um possível descendente de John Rolfe, fruto de um casamento posterior.

A verdade por trás dos contos de fadas (I)

A VERDADE POR TRÁS DOS CONTOS DE FADAS

Você já parou para pensar da onde vem tanta imaginação dos produtores da Disney para criar tantas histórias? Histórias essas que fazem parte da nossa infância e nos fazem sonhar.

O que muitos não sabem é que a maioria dos filmes animados que estamos acostumados a conhecer são adaptações de contos bem antigos e, até mesmo, sombrios. Vamos conhece-los? Senta que lá vem textão! Espero que gostem. Boa leitura!

  • CINDERELLA

Pasmem: Cinderella é um conto que data do século I a.C. Por ser tão antigo, há milhares de versões, sendo a mais conhecida a adaptação dos irmãos Grimm. Esta é bem parecida com a versão da Disney, exceto pelo final mais sombrio.

Para fazer com que o famoso sapatinho coubesse, as irmãs da Gata Borralheira cortaram partes de seus pés. Uma cortou os dedos e a outra, o calcanhar. Dois pombos viram a farsa e bicaram os olhos das duas. Após o episódio, ambas viraram mendigas cegas.

O detalhe do sapato também teve mudanças. Enquanto a Disney o fez de cristal, no original ele é de vidro e, a fada madrinha, na verdade, se tratava da mãe falecida de Cinderella.

  • BRANCA DE NEVE

Esse é outro conto adaptado pelos irmãos Grimm, e que não difere muito da versão que conhecemos.

A princesa Branca de Neve tinha 7 anos quando a sua madrasta percebeu que a sua beleza poderia lhe causar problemas. Foi então que ela mandou um caçador arrancar-lhe os pulmões. Branca conseguiu fugir e passou a morar de favor na casa de sete anões. Mais tarde, a Rainha Má descobriu seu esconderijo e tentou por três vezes matá-la, disfarçada de mendiga. Na primeira, ela tentou Sufocar a princesa com um espartilho. Na segunda, levou um pente envenenado e, na terceira tentativa, a maçã. Dessa vez os anões chegaram tarde para socorre-la e, como Branca de Neve ainda estava com a aparência boa, optaram por não enterrá-la. Ao invés disso, a colocaram numa cripta de vidro no meio da floresta. Um dia, um príncipe passou pela cripta e quis de todo modo comprá-la. De imediato os anões recusaram a oferta, mas depois de tanta insistência do príncipe, acabaram aceitando. Durante o trajeto, o príncipe deixou a cripta cair no chão. Com a queda, Branca cuspiu o pedaço de maçã envenenado e voltou a vida. Os dois se casaram e chamaram a Rainha Má para a festa. Ao chegar lá, a mandaram calçar sapatos fervendo na brasa e a fizeram dançar até cair no chão, morta.

10 CURIOSIDADES LITERÁRIAS (2)

  1. Mencionar seu nome, o de seu melhor amigo ou de algum conhecido em suas obras consistia em uma das brincadeiras favoritas do argentino Jorge Luís Borges.
  1. Praticamente todos os romances de José Saramago têm um cachorro entre os personagens.
  1. Em 1975, Clarice Lispector participou de um congresso de bruxaria na Colômbia. Ela começou seu discurso dizendo: “Eu tenho pouco a dizer sobre magia. Na verdade, eu acho que nosso contato com o sobrenatural deve ser feito em silêncio e numa profunda meditação solitária”.
  1. O escritor catarinense Cristóvão Tezza sempre escreve a primeira versão de suas obras a mão, apesar de saber mexer no computador.
  1. Em 1934, Cecília Meirelles levou um chá de cadeira do poeta Fernando Pessoa. Ela e o marido combinaram um encontro com o autor em um bar em Lisboa (Portugal), mas ele nunca apareceu. O casal esperou por duas horas. Para compensar a ausência, Pessoa mandou a Cecília uma edição do livro Mensagem com a dedicatória: “A Cecília Meireles, alto poeta, e a Correia Dias, artista, velho amigo e até cúmplice, na invocação da Apolo e Atena, Fernando Pessoa”.

10 CURIOSIDADES LITERÁRIAS (1)

10 Curiosidades da Literatura!

Hoje vamos apresentar 10 coisas que provavelmente, você não sabia sobre o universo literário. Veja só:

  1. Provavelmente, o primeiro poeta nascido em terras brasileiras foi Bento Teixeira. Seu livro Prosopopeia foi publicado em Lisboa, no ano de 1601.
  1. O escritor de ficção científica Julio Verne voou apenas uma vez. Ele subiu em um balão em 1873.
  1. A casa em que residia o escritor paulista João Antônio pegou fogo e o incêndio queimou todos os originais. Teimoso, escreveu tudo de novo. Malagueta, Perus e Bacanaço, o livro reescrito, publicado em 1963, virou clássico.
  1. O paulista José Carlos Inoue entrou para o Guinness – Livro dos Recordes. Ele tem o recorde de romances já publicados no mundo. Foram 1.086, sob 39 diferentes pseudônimos.
  1. O autor francês Georges Perec era maníaco por listas. Ele chegou até a escrever uma com as coisas que gostaria de fazer antes de morrer

Por dentro de O Flautista de Hamelin

O CONTO:

O vilarejo de Hamelin foi atacado por uma praga incontrolável de ratos, que estavam dizimando os suprimentos locais e proliferando doenças. Em um último recurso, o prefeito oferece uma quantia em dinheiro para quem conseguir se livrar da praga. É aí que um flautista viajante se apresenta e se diz capaz de tal feito, começa a tocar sua flauta e hipnotiza todos os ratos atraindo-os para o rio Weser, que corta a cidade de Hamelin, onde eles se afogam.

Quando retorna a cidade para receber seu pagamento devido, o flautista é enganado pelo prefeito que recusa-se a lhe pagar o que é devido. Como forma de vingança, o flautista hipnotiza todas as crianças atraindo-as para fora da cidade. E ainda hoje por mais que se procure, não se encontra nenhum rato e nenhuma criança em Hamelin.

Informações e curiosidades

O Flautista de Hamelin é um desses contos que ultrapassa gerações, explorado nos mais diversos formatos, a história da tragédia de Hamelin continua conquistando mais pessoas por onde é contada.

Quando os irmãos Grimm ouviram a história, através de um relato de uma camponesa no séc. XIX a narrativa já tinha sofrido uma série de variações ao longo dos séculos. Embora a versão dos Grimm tenha sido publicada em 1816, a mais famosa é a do inglês Robert Browning de 1842, que  transforma a fábula em um poema rimado. Baseada em diversas lendas medievais e fatos históricos, a fábula data de bem antes, no século XVIII. O registro mais antigo da história, é da própria cidade, retratado em um vitral criado para a igreja de Hamelin que data de cerca do ano 1300, apesar de a igreja ter sido destruída em 1660, vários relatos escritos sobreviveram.

O vitral mostrava a imagem do flautista conduzindo uma procissão de crianças vestidas de branco e é geralmente citada como um tendo sido criada em memória de um acontecimento histórico trágico para a cidade.

A história possui ao todo, dois grandes eventos, o primeiro é o afogamento dos ratos. Na Idade Média, ratos eram uma verdadeira ameaça, uma vez que eles carregavam a peste bubônica (também conhecida como peste negra, devido aos bulbos de cor escura que se formavam na pessoa infectada) que dizimou um terço da população européia durante o século XIV, não é de se espantar que fábulas envolvendo esses pequenos roedores tenham se proliferado e ultrapassado os anos. É fato que a cidade de Hamelin sofreu com uma praga de ratos, porém não se data de maneira certa o ano.

Um dos principais eventos históricos a que a fábula do flautista parece aludir é a “Cruzada das Crianças”, ocorrida em 1212. Em verdade, foram duas as cruzadas infantis nesse ano, nas quais milhares de crianças teriam sido conduzidas até Jerusalém por um menino pastor. Reza a lenda que elas teriam peregrinado até o mar Mediterrâneo esperando que este se abrisse a sua passagem, como o Mar Vermelho se abrira para Moisés e os demais judeus em fuga do Egito, no episódio bíblico. O destino dessas crianças, porém, à diferença do dos judeus no Êxodo, teria sido trágico: poucas lograram voltar para casa, sendo a maioria raptada por traficantes e vendida como escrava.

Uma das diferenças entre as versões do conto, é o destino que as crianças tiveram. Os moradores estavam reunidos na igreja quando o flautista retornou para levar as crianças embora. No poema de Browning, por exemplo, as crianças possuem um final feliz, o flautista leva os pequeninos para uma especie de Terra Prometida onde eles podem desfrutar de todas as maravilhas. Outras versões afirmam que as crianças foram conduzidas ao rio Weser e tiveram o mesmo destino que os ratos, ou seja, afogaram-se. Algumas outras versões dizem que o flautista devolve as crianças após os moradores pagarem várias vezes o valor originalmente combinado em ouro.

Independente da versão, nó máximo três crianças permanecem na cidade para relatar aos moradores o acontecido: um menino coxo, que não pôde acompanhar o flautista, uma criança cega que não pôde ver o caminho que os outros estavam tomando e um garoto surdo que não ouviu a canção da flauta. Outra diferença entre as versões de Browning e a dos Grimm é quanto a caracterização do flautista, mais soturna na dos Grimm e mais alegre e arlequinal no poema de Browning.

Algumas teorias sobre o conto, sugerem que Hamelin foi assolada pela praga e as crianças podem ter morrido por conta da doença ou de causas naturais como a fome, neste contexto o flautista representaria a figura da morte que os levaria para um lugar melhor. Tal teoria é melhor fundamentada quando consideramos que, muitos historiadores afirmam que as primeiras versões do conto incluíam apenas o evento envolvendo as crianças, e que os ratos haviam sido inseridos na história anos depois.

William Manchester, em seu livro “A World Lit Only by Fire”, sugere que o flautista teria sido um psicopata pedófilo, porém, para a época, tal afirmação é altamente improvável, assim como também é improvável que um único homem pudesse sequestrar tantas crianças sem ser detectado. Além disso, em nenhuma parte do livro o autor oferece provas das suas descrições dos fatos.

Do ponto de vista psicanalítico, o conto discursa sobre como os filhos atrapalham a vida de um casal, abaixo seguem duas citações de Diana e Mário Corso, autores do livro Fadas no Divã (Artmed, 2006), que estuda contos de fadas e fábulas sob a luz da psicanálise:

[…] uma história européia que nos mostra a vontade dos adultos de se livrar desses pequenos seres que tanto comem e só atrapalham.

O que a cidade não aguentava mais – os seres pequenos que tanto comem e que estão por todos os lados incomodando a todos – eram as crianças. Simbolicamente esse duplo movimento do flautista, ora com os ratos, ora com as crianças, de encantar e sumir é o mesmo. Trata-se de sumir com as crianças para a felicidade dos adultos. Claro que o final é triste para a cidade, que está privada de suas crianças, mas assim é a vida, sempre perdemos algo mesmo quando nossos desejos são satisfeitos. Uma incompreensão comum de quem se aproxima da psicanálise é pensar que o caminho da cura seria a simples realização dos desejos.

Pode parecer um tanto desconfortável para os pais, encararem essa visão incômoda da psicanálise a respeito do conto, o próprio fato de que as crianças são levadas para longe de seus familiares pode ser visto como uma quebra de atrativo para que os pais permitam que seus filhos se aproximem da história do flautista. No entanto, veja o que Bruno Betelheim,  no livro A psicanálise dos Contos de Fadas (Paz e Terra, 2014, 29ª edição), diz a respeito da proscrição dos contos de fadas:

Algumas pessoas afirmam que os contos de fadas não apresentam imagens “verdadeiras”  da vida tal como é, e que por conseguinte,  são pouco saudáveis. Não lhes ocorre que a “verdade” na vida de uma criança possa diferente da dos adultos. Não percebem que os contos de fadas não tentam descrever o mundo exterior e a “realidade”. Nem tampouco reconhecem que nenhuma criança sadia jamais acredita que estes contos descrevam o mundo realisticamente.

Como acontece com a maioria dos contos, O Flautista de Hamelin não poderia deixar de ser explorado nas mais diversas adaptações, seja no teatro, nos livros, nos filmes, músicas e desenhos, a fábula continua encantando os mais diversos públicos. Uma das versões que eu mais gosto é a animação dos estúdios Disney, “Pied Piper” é um curta que faz parte da série Silly Symphony. Outra versão que eu considero excelente é o episódio “The Pied Piper of Hamelin” da série “Faerie Tale Theatre” de Shelly Durval, na série cada episódio contava a história de um conto de fadas diferente, geralmente com uma produção muito boa.

Bom, seja por seu contexto histórico, por seus mistérios ou pela atmosférica lúdica que o conto nos traz, eu espero que você que leu até aqui, tenha gostado de conhecer um pouco mais a respeito dessa fábula.

 

10 GRANDES ADAPTAÇÕES: 2

6. A Lista de Schindler

Este é um filme norte-americano de 1993, intencionalmente a preto-e-branco, dirigido por Steven Spielberg e escrito por Steven Zaillian baseado no livro de Thomas Michael Keneally “Schindler’s Ark”.

No filme, como no livro, é apresentado um relato cuidadoso, fiel e dramático do que foi a luta do empresário alemão Schindler no sentido de proteger os judeus dando-lhes emprego na sua fábrica, garantindo-lhes assim a sobrevivência nos terríveis tempos do domínio nazi.

O livro de Keneally, “Schindler’s Ark”, coloca por escrito o depoimento de Mietek Pemper, um judeu sobrevivente do Holocausto, que relata a forma como Oskar Schindler salvou da morte nos campos de concentração mais de mil judeus.

Tanto o livro quanto o filme alcançaram enorme sucesso, tendo a versão cinematográfica ganho um Óscar de Melhor Filme.

7. The Shining

“O Iluminado” é um filme anglo-americano de terror psicológico, lançado em 1980, dirigido e produzido por Stanley Kubrick. O sucesso do filme foi crescendo com o passar do tempo e hoje em dia a opinião da crítica não hesita em classificá-lo como um dos maiores filmes de terror, ou mesmo um dos maiores filmes de todos os tempos.

Baseado no livro “The Shining” do escritor americano Stephen King é o relato da vida de uma família vitima das assombrações de um Hotel amaldiçoado.

Jack Torrance, assim se chama o personagem principal da história, aceita um lugar de zelador num hotel durante a época baixa, no intuito de conseguir tempo para se dedicar à escrita de um livro. Com ele seguem a esposa Wendy e o pequeno filho de ambos Danny. O petiz não é um rapazinho vulgar e o brilho que possui depressa lhe vai permitir aperceber-se de que toda a família está metida em sérios apuros com o sobrenatural.

Stephen King publicou este romance de horror em 1977 e foi o terceiro livro da sua bem-sucedida carreira de escritor, sendo visto como a obra que o consolidou no mercado como o “Mestre dos livros de terror”.

8. Anna Karenina

Filme britânico de 2012, dirigido por Joe Wright e adaptado por Tom Stoppard foi indicado aos Óscares de melhor design de produção, melhor fotografia, melhor trilha sonora e melhor figurino.

Baseado no romance do escritor russo Leo Tolstói publicado em 1877, este filme conquistou sucesso e admiração por entre o público, reunindo a opinião favorável dos críticos.

Considerado como sendo um dos livros mais importantes do realismo literário, “Anna Karenina” está entre as mais populares obras da história da literatura.

Na opinião de um grande número de escritores de todo o mundo, “Anna Karenina” é o melhor romance já escrito. Sobre este livro disse o próprio Tolstói ser o seu Primeiro Romance.

A história centra-se em torno da aristocrata russa Anna Karenina e dos seus amores e desamores extraconjugais com o impetuoso oficial Conde Vronsky, numa sociedade russa conservadora e preconceituosa.

9. Comer, Orar, Amar

“Eat Pray Love” é um filme que estreou em 2010, dirigido por Ryan Murphy e que teve uma receção moderada por parte do público e da crítica. Embora o desempenho de Julia Roberts no papel de Liz Gilbert tenha recolhido a admiração geral, faltou ao filme o lado espiritual que encantara antes os leitores da obra que deu origem ao guião do filme.

“Comer, Orar, Amar”, o livro autobiográfico que serviu de base ao filme, foi escrito pela americana Elizabeth Gilbert em 2006. Em 2010 esta obra estava considerada pelo New York Times como um dos mais admiráveis livros daquele ano, vendeu mais de 8 milhões de cópias um pouco por todo o mundo e manteve-se durante 158 semanas na lista dos livros mais vendidos.

A história centra-se na autobiografia da autora, Liz Gilbert que, aos 30 anos, decidiu procurar um rumo completamente novo para a sua vida. Desistiu da existência confortável que levava e partiu em busca de si mesma. Viajou, comeu, rezou e amou, e o que saboreou, sentiu e descobriu é relatado com pormenor e elegância ao longo de toda a obra.

10. Os Três Mosqueteiros

A última versão cinematográfica de “The Three Musketeers” aconteceu em 2011, em formato 3D. Apesar de na altura ter recebido várias críticas desfavoráveis devido a alterações feitas ao enredo original, o filme alcançou um sucesso significativo junto do público.

Adaptado do romance histórico de capa-e-espada escrito pelo francês Alexandre Dumas, em 1844 sob a forma de trilogia, “Os Três Mosqueteiros” foi um livro que alcançou um sucesso enorme.

Baseado em factos históricos ocorridos no séc. XVII, em França, nos reinados dos reis Luís XII e Luís XIV, e no período de regência entre esses dois reinados, “Os Três Mosqueteiros” relatam a amizade entre companheiros inseparáveis, Athos, Porthos, Aramis e D’Artagnan.

Por entre muitas lutas, muitas intrigas de bastidores e muito romance, a obra centra-se fundamentalmente no esforço feito pelos Mosqueteiros a fim de impedir uma guerra entre a França e a Inglaterra.

A lista de livros adaptados para o cinema poderia continuar indefinidamente, tantos são os títulos e obras. Por vezes o mesmo livro foi adaptado várias vezes para diferentes versões cinematográficas, em épocas e países variados. A evolução tecnológica veio provocar uma diferença enorme entre as adaptações mais antigas e as mais atuais, mas apesar disso mantém-se sempre presente a importância que a história de base tem para o sucesso de um filme. Não existem livros melhores, nem livros piores, existem livros diferentes uns dos outros. Da boa compreensão desta verdade dependem as boas adaptações para o cinema.

10 GRANDES ADAPTAÇÕES: 1

10 livros que foram adaptados para cinema

Desde os grandes clássicos da História a simples romances de cordel, o contributo da literatura para o sucesso do cinema é inquestionável. No próximo artigo vamos conhecer 10 dos livros que inspiraram obras cinematográficas e que saltaram da letra escrita para o grande ecrã:

1. Harry Potter

Quem não se lembra do pequeno feiticeiro Harry Potter e dos seus inseparáveis amigos Ronald Weasley e Hermione Granjer? Em permanente luta contra o malvado Lord Voldemort, Harry e os seus amigos estudavam feitiçaria na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.

As aventuras destes heróis e dos respetivos professores atravessaram uma geração inteira de espetadores, que principiaram a assistir Harry Potter, produzido por David Heyman, no cinema por volta de 2001 e se despediram dos seus personagens em 2011.

Os oito filmes da saga Harry Potter tiveram origem numa coleção de sete romances inéditos de autoria da britânica J. K. Rowling. O primeiro romance da coleção foi lançado em 1997, e rapidamente “Harry Potter e a Pedra Filosofal” se tornou num dos grandes êxitos a nível mundial.

Os 450 milhões de cópias vendidas até 2015, englobando todos os livros da série, fez de Harry Potter um “best-seller” da história. Na verdade, os últimos quatro livros da coleção foram, à vez, considerados os livros mais vendidos de sempre em toda a história da literatura. A título de curiosidade pode dizer-se que o último livro da série vendeu mais de 11 milhões de exemplares nos EUA e isto nas primeiras 24 horas de pós-lançamento.

2. O Senhor dos Anéis

“The Lord of the Rings” é uma trilogia famosíssima de filmes produzidos por Peter Jackson, que desde 2001 até 2003 alcançou o sucesso e a admiração de espetadores e críticos.

Os três filmes foram rodados na Nova Zelândia, faturaram mais de 3 bilhões de dólares, receberam 17 Óscares de entre as 30 nomeações de que foram alvo, tiveram um orçamento estimado de 280 milhões de dólares e um tempo de produção que rondou os 8 anos. O “Senhor dos Anéis” está considerado como um dos maiores projetos financeiros jamais executados na história do cinema.

Baseado num livro escrito pelo britânico J. R. R. Tolkien, entre 1937 e 1940 e com fortes inspirações em etapas da Segunda Guerra Mundial, esta obra literária foi publicada entre 1954 e 1955, sob a forma de três volumes separados. Depressa se transformou num êxito de vendas. Foi traduzido em mais de 40 línguas e vendeu mais de 160 milhões de exemplares, tornando-se num dos mais populares trabalhos literários de todo o século XX.

A narrativa acontece num mundo de ficção localizado na Terceira Era da Terra Média, inspirado na Terra real mas sob o ponto de vista de uma Europa mitológica onde coabitam várias espécies tais como os Hobbits, Anões, Humanos, Elfos, Ents e Orcs.

O tema central é o conflito eterno entre o Bem e o Mal, numa tentativa desesperada para que o “Anel do Poder” não torne a cair nas mãos do seu criador Sauron, Senhor do Escuro. O anel é o elemento centralizador de todas as três partes da história e o sucesso que alcançou tanto nos livros, quanto no cinema foi impressionante.

3. O Meu Pé de Laranja Lima

Este filme foi dirigido por Aurélio Teixeira e lançado pela primeira vez em 1970. Em 2012 uma nova versão da mesma história foi levada de novo ao cinema, dirigida por Marcos Bernstein e exibida durante o Festival do Rio, no Brasil em 2013.

Baseado no romance juvenil do escritor brasileiro José Mauro de Vasconcelos, “O Meu Pé de Laranja Lima” conta a história triste de um rapazinho de seis anos de idade que se vê constantemente envolvido em grandes confusões, um pouco por culpa do seu espírito traquinas e irreverente, mas um pouco também por incompreensão por parte dos adultos.

O livro “O Meu Pé de Laranja Lima” foi publicado em 1968, traduzido para 52 línguas e publicado em 19 países. Foi considerado como de literatura obrigatória nas escolas brasileiras e foi alvo de várias adaptações também para televisão e teatro, além do cinema.

4. Os Maias

A mais recente versão cinematográfica de “Os Maias” estreou em 2014 e foi escrita e realizada por João Botelho, tratando-se de um coprodução entre Portugal e Brasil, Esta versão cinematográfica de “Os Maias” contava com a participação de atores e atrizes dos dois países.

Baseado num dos mais célebres romances do escritor português Eça de Queirós, “Os Maias”, o filme permaneceu fiel à ideia base da história que conta a trajetória de uma família ao longo de três gerações, com principal relevo para o amor incestuoso de Carlos Eduardo e Maria Eduarda.

O livro “Os Maias”, de Eça de Queiroz, foi publicado no Porto, Portugal, em 1888 e tem sido ao longo dos anos alvo de imensos estudos e interpretações, sendo de leitura obrigatória nas escolas portuguesas, e constituindo uma poderosa ferramenta de crítica aos costumes e à sordidez de um Portugal de há mais de 100 anos atrás.

5. O Monte dos Vendavais

“Wuthering Heights”, ou “O Morro dos Ventos Uivantes”, ou ainda “O Monte dos Vendavais”, foi adaptado para o cinema pela primeira vez em 1920, por Albert Victor Bramble.

No ano de 1939, Wiliam Wyler dirigiu a nova versão de “O Monte dos Vendavais” com assinalável sucesso. Na sua época este filme foi candidato a oito Óscares mas conseguiu vencer apenas numa das modalidades: a da melhor fotografia a preto-e-branco.

Em data mais recente, 2012, uma nova versão do filme foi dirigida por Andrea Arnld facultando uma visão mais modernizada da mesma história.

Ambos os filmes foram baseados no romance “Wuthering Heights”, da britânica Emily Brontë, que em 1847 lançou este que viria a ser o seu único livro.

Hoje em dia esta obra é vista como um clássico da literatura inglesa, mas na época da sua publicação a autora recebeu diversas críticas devido à natureza da história, que muitos afirmavam ser sórdida.

Toda a narrativa se baseia na história dramática da família dos proprietários de uma quinta “Granja da Cruz dos Tordos”, situada em Yorkshire, Inglaterra. Com laivos de sobrenatural, paixão, ciúme, ódio e amor intemporal este romance resultou maravilhosamente quando transposto para o cinema, nada perdendo do seu mistério e da sua magia.

Clube do Gueto