O tanto que a arte da escrita é completa, a ponto de englobar magistralmente todas outras formas de arte.
Escrevendo eu consigo ser heroi, bandido, amante, amigo. homem… mulher… sem eira nem beira, rapa pé…
Na escrita eu me perco e me reaproximo do infinito de distâncias intergaláticas que é ser eu, em mim.
No papel a relação é visceral, é troca constante. Choro, lágrimas, riachos e cachoeiras, nascentes e efervescentes. Bang bang constante, amores inabaláveis que causam diabetes literárias em leitores assíduos.
As letras podem ser traiçoeiras como o beijo de Judas, mas também podem te embalar como o colo da Maria virginal. Te embalam, te abraçam e te descrevem; te escrevem e reescrevem o que é ser tu em ti mesmo, e em nós também. E em vós. E neles. E nelas..
O escritor é apenas uma marionete, quem domina acorda, quem toma as rédeas, é o texto.
Escrever é como fazer a corte…
O texto se mostra aos poucos. Se revela. As vezes te engana, ludibria e tu reescreve, reescreve e repensa, reescreve e repensa, reescreve e repensa, repensa, repensa e no fim, na maioria das vezes, tu nem escreve.
O texto se escondeu meu caro Watson e cabe a você Escritor Jones, Pequeno Colombo, Descobridor dos Sete Mares, descobri-lo, tirá-lo de sua alcova e trazê-lo de volta ás paginas em branco da tua imaginação. Não desista