Diário de um banana (8)

Aqui, Greg está indignado porque seu melhor amigo, Rowley, começa a namorar uma garota, Abigail, o que, segundo o nosso protagonista, é um desastre! Os dois vivem grudados um no outro e têm piadas que nunca incluem Greg. O garoto então passa a procurar novas amizades enquanto nos conta sobre um caso familiar que ocorre desde a época de sua bisavó. Ela tinha o hábito de colocar “brindes” em bolinhas e esconder pela casa. Após sua morte, descobre-se que aconteceu um acidente e seu anel de diamantes foi parar em uma dessas bolinhas, a partir daí, sua família entra em uma briga para saber quem roubou o anel.

Falando em bolinhas coloridas, nesse meio tempo, Greg acaba descobrindo que sua mãe guarda milhões de tesouros em seu armário e encontra também uma bola de sinuca com o número 8, que responde tudo o que o garoto pergunta, transformando a vida dele em um caos

Marley e eu

John e Jenny eram jovens, apaixonados e estavam começando a sua vida juntos, sem grandes preocupações, até ao momento em que levaram para casa Marley, “um bola de pelo amarelo em forma de cachorro”, que, rapidamente, se transformou num labrador enorme e encorpado de 43 quilos.
  Era um cão como não havia outro nas redondezas: arrombava portas, esgadanhava paredes, babava nas visitas, comia roupa do varal alheio e abocanhava tudo a que pudesse. De nada lhe valeram os tranquilizantes receitados pelo veterinário, nem a “escola de boas maneiras”, de onde, aliás, foi expulso. Mas, acima de tudo, Marley tinha um coração puro e a sua lealdade era incondicional. Imperdível. John e Jenny eram jovens e estavam começando a sua vida juntos e viviam em uma charmosa casa na Flórida, mas sua esposa não sabia se seria uma boa mãe pois tinha matado uma planta depois de irrigá-la muito. Juntos decidem testar suas habilidades como pais, adotando um cachorro.
Tudo mudou no momento em que levaram Marley para casa, decididos que ele era o cachorro certo. Mas o que eles não sabiam era que Marley não era um cachorro qualquer, ele era um cão como não havia outro por ali, quebrava portas,  arranhava as paredes, pegava a roupa do varal dos vizinhos e pegava tudo que estava a sua alcance.

Cora Coralina

Humildade

Senhor, fazei com que eu aceite
minha pobreza tal como sempre foi.

Que não sinta o que não tenho.
Não lamente o que podia ter
e se perdeu por caminhos errados
e nunca mais voltou.

Dai, Senhor, que minha humildade
seja como a chuva desejada
caindo mansa,
longa noite escura
numa terra sedenta
e num telhado velho.

Que eu possa agradecer a Vós,
minha cama estreita,
minhas coisinhas pobres,
minha casa de chão,
pedras e tábuas remontadas.
E ter sempre um feixe de lenha
debaixo do meu fogão de taipa,
e acender, eu mesma,
o fogo alegre da minha casa
na manhã de um novo dia que começa

Vinicius de Moraes

Soneto de Fidelidade

De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

Luís de Camões

Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói, e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É um cuidar que se ganha em se perder.

É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata, lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?

Clube do Gueto