ESCRITORAS FEMINISTAS: Margaret Atwood

Margaret Atwood

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Foto: Divulgação

Margaret Atwood é uma escritora canadense que cria personagens femininas totalmente fora do padrão que se espera num cânone que tem uma fórmula definida de romances escritos por mulheres. Em A Noiva Ladra, ela cria personagens do mal e trata de assuntos como estratégia militar.

No livro A Odisseia da Penélope, ela reconta o famoso mito subvertendo a narrativa original. Não é a história do marido que viaja e, sim, da mulher que vai tecer e desmanchar, mas renunciando à passividade. Ela faz uma nova leitura da Penélope, personagem emblemática da fidelidade e da obediência feminina, que passa a ocupar o centro da história.

ESCRITORAS FEMINISTAS: Virginia Woolf

Pouca gente sabe, mas a escritora inglesa Virginia Woolf, conhecida por clássicos como Mrs. DallowayAo Farol e As Ondas, é também autora de um importante ensaio que marcou a luta feminista a partir dos anos 1920.

O livro Um Teto Todo Seureproduz a conferência histórica que Virginia ministrou em 1928, em Newham e Girton – duas faculdades frequentadas por mulheres dentro da Universidade de Cambridge, na Inglaterra -, falando sobre mulheres e a ficção.

“Era uma conferência organizada numa universidade que aceitava mulheres, num país e numa época onde as mulheres sequer podiam entrar em bibliotecas que possuíam manuscritos de Shakespeare”, explica Carla Cristina Garcia, professora da PUC, que atua na área de Sociologia de Gênero, Estudos Feministas e Lazer Urbano.

Ela começa a conferência falando da diferença encontrada no próprio prédio da universidade, conta Carla. Na ala onde dormem os estudantes homens, o jantar é maravilhoso, há abundância. Já o jantar servido na ala feminina era uma sopinha sem graça, praticamente uma água com sal.

“E a partir dessa ideia da diferença entre a alimentação das moças e rapazes, ela vai mostrando como as mulheres ainda têm fome de conhecimento, fome de lugar no mundo e, principalmente (que é de onde vem o título do livro), de um teto todo seu. Ela vai defender o quanto é importante que a mulher tenha o dinheiro dela e um teto só dela para poder escrever. Porque o mundo fica requerendo da gente muita coisa, o que impossibilita um momento só nosso, que é o que criatividade precisa”.

Ao falar da sua teoria, Virginia também vai contando a história da Literatura, passando por autoras inglesas do século 19, como Jane Austen, as irmãs Brontë, Emily e Charlotte, além da George Eliot. Por isso, pedimos à Carla uma lista de romancistas que trouxeram grande contribuição ao feminismo. Ela ressalta que é importante lembrar que vai depender muito também do olho de quem lê para entender o que as escritoras estão colocando. “Elas não estão escrevendo só porque são feministas, mas a maneira como são construídas as personagens femininas vão fazendo com que se tornem heroínas e inspirem gerações futuras de mulheres”.

HISTORICIDADE DA LITERATURA FEMINISTA

A literatura feminista foi, durante muito tempo, desconsiderada pelo fato do patriarcado considerar a inferioridade da mulher para com os homens, ainda mais no espaço artístico. Assim, a literatura feminista teve sua concretude de reconhecimento depois da quarta onda do feminismo, pois as mulheres passaram a trazer temas e problematizações que sempre foram silenciadas pelo contexto histórico, social e cultural. Fora que, as lutas travadas pelos movimentos feministas começaram a ter mais insistência no espaço fora do lar e isso contribuiu para que essas vozes fossem ouvidas. Isto não quer dizer que antes não tínhamos mulheres escritoras, mas que, na verdade, suas produções eram colocadas à margem da sociedade, ou seja, excluídas das escritas literárias e ignoradas pela critica literária. Desse modo, desde muitas décadas já havia diversas escritoras, mas por culpa das repreções sofridas nunca eram viabilizadas.

[…] A literatura dramática de autoria feminina ganha os palcos apenas na segunda metade do século XX, o que não significa afirmar que as mulheres durante esse período não escrevessem. Foi durante o século XIX que os periódicos, tanto dirigidos por homens como por mulheres contaram com a presença maior dessa literatura. De forma que se torna quase impossível estudar a literatura produzida pelas mulheres no século XIX sem se fazer um levantamento do que havia sido lançado durante aquela época. (Candido, 2017).

Portanto, a literatura feminista, no viés contemporâneo, é a escrita de mulheres, sobre mulheres e para mulheres que utilizam da arte como forma de arte, denuncia e resistência. Além de fazer com que os pontos de pauta dos movimentos feministas e da teoria feminista foram (re)locadas para a literatura e pudessem, dessa forma, buscar mudança social no que diz respeito ao patriarcado, machismosexismo e misógnia. Reafirmando, é claro, o lugar que sempre tiveram e por esses motivos elencados foi retirado.

LITERATURA FEMINISTA

A literatura feminista é a escrita literária que marca a presença das mulheres como autoras, protagonistas e artistas, assim como se baseia na reivindicação de direitos, deveres, emancipação, (des)construção e liberdade. Isso se dá pelo fato das mulheres serem privadas de ocupar campos de produção cultural como: teatro, música, cinema, literatura etc. Entretanto, por volta dos anos de 1970, quando as mulheres reivindicam seus direitos nesses espaços de trabalho e lazer, surge, então, uma efervescência de escritoras que passam a colocar as problemáticas da sociedade nas belezas da literatura, a fim de questionar um lugar que não era dado. Por isso ela diverge em pontos com a literatura feminina .

GRANDES BOOKTUBERS: Ler Antes de Morrer

Ler Antes de Morrer

Outra super dica pra quem tá firme e forte na missão ‘entrar na faculdade’, é assistir os vídeos maravilhosos do “Ler Antes de Morrer”. A booktuber Isabella Lubrano, que é jornalista formada pela USP, fala sobre as principais obras da literatura brasileira e mundial com muuuuito bom humor, faz resenhas de vários clássicos, curiosidades sobre os livros e autores, e muito mais. O objetivo da fofa é resenhar 1001 livros pelo canal e a gente com certeza vai assistir tudinho!

GRANDES BOOKTUBERS: Bel Rodrigues

Bel Rodrigues
Recomendações de livros, comparação entre a obra literária e adaptações cinematográficas, e dicas sobre séries, filmes e criminologia. Tudo isso você pode encontrar no canal de Bel Rodrigues, que tem cerca de 359 mil inscritos. Fã de Harry Potter, ela também é autora do livro O Amor nos Tempos de #likes, lançado em 2018, feito para dialogar com as jovens mulheres e abordar os julgamentos sofridos por elas diariamente.

GRANDES EDITORAS: Editora Arqueiro

A história da Editora Arqueiro começa em 1955, quando o seu fundador Geraldo Jordão Pereira (1938-2008), aos 17 anos, começou a trabalhar com o seu pai, o célebre editor José Olympio. Nesta época, grandes clássicos foram publicados como O menino do dedo verde, de Maurice Druon, e Minha Vida, de Charles Chaplin.

Geraldo sempre foi um fã de histórias de suspense e, mesmo que fugisse da linha editorial da Sextante, resolveu apostar no livro O Código Da Vinci, mesmo antes dele ser lançado nos Estados Unidos. Resultado: o livro se tornou um dos maiores fenômenos de todos os tempos.

Então, em 2011, mesmo após a morte desta grande figura literária, é fundada a Editora Arqueiro, com a missão de publicar histórias empolgantes, em livros cada vez mais acessíveis para seus leitores.

GRANDES EDITORAS: Harper Collins

A Harper Collins foi fundada em 1817, ou seja, é uma editora com mais de 200 anos. Gigante do mercado editorial, a HarperCollins está presente em 18 países, incluindo o Brasil, distribuídos em cinco continentes (Américas do Norte e Sul, Europa, Ásia e Oceania).

Sediada em Nova York, a HarperCollins Publishers é a segunda maior publicadora de livros comerciais do mundo. Hoje, a HarperCollins Publisher tem um catálogo impresso e digital que ultrapassa os 200 mil títulos, distribuídos em mais de 120 selos ao redor do mundo.

É a casa de grandes autores  como Mark Twain, Charles Dickens, Martin Luther King Jr., Emily Brontë, Agatha Christie, C.S. Lewis e Maurice Sendak. Além disso, tem em seu catálogo diversos ganhadores dos prêmios Nobel e Pulitzer.

HarperCollins Brasil publica cerca de 130 títulos por ano, incluindo livros de interesse geral, infantis, cristãos e de ficção do mundo inteiro, assim como uma seleção de autores nacionais. No Brasil, a prioridade de publicação dos títulos estrangeiros da HarperCollins Publishers.

Vale ressaltar que recentemente a editora relançou toda a obra de J. R. R. Tolkien, em edições especiais de capa dura.

Clube do Gueto