Clássicos para se ler em um dia (II)

4. Buracos Negros, de Stephen Hawking (Intrínseca)

O livro nada mais é do que a transcrição de duas famosas palestras que Hawking deu sobre buracos negros para a BBC Reith Lectures. Como já é de se esperar, as explicações do físico são fantásticas e muito didáticas. O livro ideal para quem curte o assunto ou para quem quer ser introduzido a ele.

5. A revolução dos bichos, de George Orwell (Companhia das Letras)

Esse é um grande clássico da literatura para quem quer aprender um pouco de história ou apenas se divertir. O livro traz a trama de animais de uma fazenda que decidem se rebelar contra o sistema problemático em que vivem, fazendo analogia à Revolução Russa de 1917.

6. Fahrenheit 451, de Ray Bradbury (Biblioteca Azul)

distopia que Bradbury relata nesta obra mostra um mundo no qual as pessoas não podem ler livros. Bombeiros? Só aqueles que cuidam de queimar toda literatura encontrada. Mas, e quando um bombeiro resolve dar uma espiadinha numa das obras? O que será que o sistema opressor vai fazer? Só lendo pra descobrir.

7. A morte e a morte de Quincas Berro d’Água, de Jorge Amado (Companhia das Letras)

Considerado por muitos uma obra-prima da literatura brasileira, o livro conta um pouco da vida e da morte de Quincas Berro d’Água, homem muito correto que em determinado ponto da vida decide se voltar para a malandragem. Após sua morte, família do homem deseja reconstruir sua dignidade, enquanto os amigos querem levar o cadáver para se divertir.

Clássicos para se ler em um dia (I)

1. Crônica de uma morte anunciada, de Gabriel García Márquez (Record)

Nessa obra genial, Gabo conta a história de Santiago Nasar e de como toda a comunidade sabia que logo ele iria morrer, pois estava jurado de morte. A trama se desenvolve de uma forma fascinante, com toda a destreza da narrativa do colombiano. É uma ótima pedida para começar a se aventurar nas obras do autor de Cem Anos de Solidão.

2. Uma rua de Roma, de Patrick Modiano (Rocco)

Do ganhador do Nobel de literatura em 2014, Uma rua de Roma traz a história de Guy Roland, que sofre de amnésia total. No livro o protagonista tenta descobrir sua identidade bancando um detetive. A narrativa é cheia de reviravoltas e, como todo bom suspense, prende o leitor até o final.

3. E não sobrou nenhum, de Agatha Christie (Globo Livros)

Considerado por muitos críticos o melhor livro de suspense de todos os tempos, E não sobrou nenhum conta a história de dez pessoas que são convidadas a passar alguns dias numa ilha. Envolvendo uma canção infantil, soldadinhos de porcelana e acontecimentos muito sinistros, a história tem um desfecho que só a Rainha do Crime poderia proporcionar.

CLARICE LISPECTOR

9 curiosidades sobre Clarice Lispector
Tudo o que você não sabia sobre a autora!

  1. Seu nome verdadeiro era Haia Pinkhasovna Lispector. Recebeu o nome de Clarice ao se mudar para o Brasil (ela nasceu na Ucrânia).
  2. Publicou seu primeiro conto aos 19 anos, mas seu primeiro livro, ‘Perto do Coração Selvagem’, só foi publicado quando Clarice já tinha 24 anos.
  3. Quando foi lançado na França, a capa de ‘Perto do Coração Selvagem’ foi ilustrada por Henri Matisse.
  4. Tinha o costume de escrever sempre pela manhã.
  5. Também trabalhou como jornalista e tradutora, adaptando obras de autores como Agatha Christie, Oscar Wilde e Edgar Allan Poe.
  6. Feriu-se com gravidade ao tentar apagar um incêndioem seu quarto; ela dormiu e deixou um cigarro aceso.
  7. Participou do I Conferência Mundial das Bruxas, na Colômbia, como convidada. Desconcertada e sem saber muito o que palestrar num congresso de bruxas,  leu o conto O ovo e a galinha. Foi muito aplaudida.
  8. Clarice morreu de câncerum dia antes de completar 57 anos.
  9. ‘The Complete Stories’, coletânea de contos de Clarice Lispector publicada em 2015 nos Estados Unidos, foi eleita pelo jornal The New York Times como um dos 100 melhores livros deste ano. A obra deve ser publicada no Brasil em 2016.

CURIOSIDADES LITERÁRIAS (PARTE VII)

Machado de Assis, nosso grande escritor, ultrapassou tanto as barreiras sociais bem como físicas. Machado teve uma infância sofrida pela pobreza e ainda era miope, gago e sofria de epilepsia. Enquanto escrevia Memórias Póstumas de Brás Cubas, Machado foi acometido por uma de suas piores crises intestinais, com complicações para sua frágil visão. Os médicos recomendaram três meses de descanso em Petrópolis. Sem poder ler nem redigir, ditou grande parte do romance para a esposa, Carolina.

CURIOSIDADES LITERÁRIAS (PARTE VI)

Numa das viagens a Portugal, Cecília Meireles marcou um encontro com o poeta Fernando Pessoa no café A Brasileira, em Lisboa. Sentou-se ao meio-dia e esperou em vão até as duas horas da tarde. Decepcionada, voltou para o hotel, onde recebeu um livro autografado pelo autor lusitano. Junto com o exemplar, a explicação para o “furo”: Fernando Pessoa tinha lido seu horóspoco pela manhã e concluído que não era um bom dia para o encontro.

CURIOSIDADES LITERÁRIAS (PARTE V)

Aos dezessete anos, Carlos Drummond de Andrade foi expulso do Colégio Anchieta, em Nova Friburgo (RJ), depois de um desentendimento com o professor de português. Imitava com perfeição a assinatura dos outros. Falsificou a do chefe durante anos para lhe poupar trabalho. Ninguém notou. Tinha a mania de picotar papel e tecidos. “Se não fizer isso, saio matando gente pela rua”. Estraçalhou uma camisa nova em folha do neto. “Experimentei, ficou apertada, achei que tinha comprado o número errado. Mas não se impressione, amanhã lhe dou outra igualzinha.”

GRANDES DISTOPIAS: Fahrenheit 451

 Fahrenheit 451 (1953)

farrenheit 451

A sociedade vivida em Fahrenheit 451 é o pior dos pesadelos para os fãs do Pensador!

Ray Bradubury, autor desta obra clássica, cria um mundo pós-Segunda Guerra Mundial onde o regime totalitário vigente proíbe totalmente a existência de qualquer tipo de livro!

Todas as pessoas ficam restritas a obter informações e conhecimento unicamente através de televisões, seja em suas casas ou em praças públicas. A leitura deixou de existir, assim como as críticas pessoais e a opinião própria. A expressão do pensamento individual foi totalmente suprimida.

A história do livro gira em torno de Guy Montag, um “bombeiro”, que tem a função de queimar livros. Aliás, uma curiosidade: 451 é a temperatura, em Fahrenheit, usada pelas equipes de “bombeiros” para queimar o papel dos livros nesta história.

De acordo com o próprio autor, Fahrenheit 451 serve para refletirmos como a televisão pode destruir totalmente o interesse das pessoas pela leitura.

E então, você concorda?

GRANDES DISTOPIAS: Admirável Mundo Novo

Admirável Mundo Novo (1931)

admiravel mundo novo

Neste outro clássico da literatura, o mundo imaginado por Aldous Huxley é baseado num futuro onde os seres humanos são gerados em laboratórios e condicionados a seguir as normais sociais pré-estabelecidas pelo Estado.

As pessoas são classificadas por castas, de acordo com as características biológicas definidas desde o seu nascimento. Conceitos “antiquados” como “pai”, “mãe” ou “família” são considerados repugnantes.

Aliás, qualquer coisa que desestabilizasse o indivíduo de suas obrigações de trabalhar e produzir devia ser punida. O amor, por exemplo, não era um sentimento conhecido por esta civilização, assim como qualquer outro tipo de compromisso amoroso.

“Cada um pertence a todos” é o lema da sociedade em Admirável Mundo Novo, que não deixa de ser uma grande crítica ao extremismo do coletivismo socialista.

Pare para imaginar como seria viver num mundo onde não existe a ideia do amor… Muito medo, não?

GRANDES DISTOPIAS: Laranja Mecânica

Laranja Mecânica (1962)

laranja mecanica

Autoria de Anthony BurgessLaranja Mecânica é uma forte sátira à sociedade inglesa, e outra das obras mais icônicas do século XX!

A história tem como palco uma Inglaterra futurista, onde o domínio das gangs juvenis é total, praticando sem nenhum receio a chamada “ultraviolência”. E, como modo de combater este comportamento, Burgess nos apresenta o revolucionário Tratamento Ludovico, uma técnica experimental que promete “curar” Alex, o protagonista e “anti-herói sociopata” da narrativa.

Aliás, este tratamento não deixa de ser outra crítica feroz do autor contra a chamada “psicologia comportamental” (Behaviorismo).

Ah, e vale muito a pena conferir a versão cinematográfica de Laranja Mecânica (1972), dirigida pelo incrível Stanley Kubrick!

GRANDES DISTOPIAS: 1984

1984

1984 orwell

Esta obra prima de George Orwell é um dos livros mais importantes do século XX! Mesmo sendo escrito há várias décadas, não deixa de permear vários assuntos atuais vividos pela sociedade contemporânea.

Orwell criou um mundo que está centrado na figura assustadora do “Big Brother”, um autocrata onipresente que lidera o regime político totalitário e repressivo que impera ao longo da história – O Partido.

É difícil não ficar chocado com a “Novilíngua” e a “Teoria das Guerras”, que são conceitos apresentados pelo autor e usados pelo Partido para controlar a população que vive sob o domínio do “Grande Irmão”.

Esta obra é considerada uma dura crítica ao comunismo e ao fascismo, em especial à Joseph Stalin, líder da extinta União Soviética.

Sem dúvida, 1984 é leitura obrigatória para todos os amantes de distopias!

GRANDES DISTOPIAS

A distopia é um gênero literário que se configurou como a antítese do sonho de vida utópico, imaginado por grandes poetas e escritores de outrora. Governos repressivos e totalitários, que moldam uma sociedade com valores morais desvirtuados e bastante assustadores, costumam fazer parte do pano de fundo das obras distópicas, que revelam um futuro pessimista para a humanidade.

A partir de hoje estarei fazendo uma lista de grandes distopias da literatura mundial.

APROVEITEM AS INDICAÇÕES!

Clube do Gueto