O que é que se encontra no início? O jardim ou o jardineiro? É o jardineiro. Havendo um jardineiro, mais cedo ou mais tarde um jardim aparecerá. Mas, havendo um jardim sem jardineiro, mais cedo ou mais tarde ele desaparecerá. O que é um jardineiro? Uma pessoa cujo pensamento está cheio de jardins. O que faz um jardim são os pensamentos do jardineiro. O que faz um povo são os pensamentos daqueles que o compõem. — Rubem Alves “Entre a ciência e a sapiência: o dilema da educação”
Autor: Tassiane Kreitlow
Sabedoria
Sabedoria: não pode ser pescada com as redes que a ciência lança sobre o mundo porque não é lá que ela mora. Ela mora no corpo. Não vem de fora, porque não se trata de um saber sobre o mundo. Brota de dentro – como se fosse uma fonte-, é o saber sem palavras do corpo sobre o seu próprio destino… A sabedoria é o corpo dizendo para si mesmo as suas razões para viver.
Rubem Alves, do livro Variações sobre o prazer.
Resenha A arte da guerra.
O livro A arte da guerra foi escrito por Sun Tzu, general, filósofo e estrategista chinês. Esse livro é um tratado militar, escrito provavelmente no século IV a.C.. O tratado têm 13 capítulos, que falam de vários assuntos sobre uma guerra, como por exemplo sobre o terreno, sobre como comandar seu exército, como enfraquecer o inimigo, etc.
Apesar de tão antigo, o livro ainda é muito lido hoje. Pois, segundo a visão de muitos, seus ensinamentos servem para a vida.
O mundo empresarial por exemplo, está cheio de líderes se inspirando em seus ensinamentos para comandar seus liderados.
Confesso que não me sinto tão a vontade com essa visão, não consigo ver a vida em nenhum aspecto como uma guerra. Quem exerce liderança precisa ver seus liderados como parceiros e coautores da sua vitória.Liderar como se comandasse um exército, só cria liderados fracos e pouco dispostos para a cooperação.
Mais uma do Rubem Alves
Olhos são pintores: pintam o mundo de fora com as cores que moram dentro deles. Olho luminoso ve mundo colorido olho trevoso vê mundo negro.
O Deus que conheço- Rubem Alves
Os que ainda não sabem que vão morrer falam sobre as banalidades do cotidiano.Mas aqueles que sabem que vão morrer vêem as coisas do cotidiano como “brumas e espumas”. Por isso preferem a solidão. Não querem que o seu mistério seja profanado pela tagarolice daqueles que ainda não sabem.
Rubem Alves
Então, abandonar o amor? Não. Mas é preciso escolher Porque o tempo foge. Nao ha tempo para tudo Não poderei escutar todas as músicas que desejo, não poderei ler todos os livros que desejo, não poderei abraçar todas as pessoas que desejo. É necessário aprender a arte de “abrir mão” – a fim de nos dedicarmos aquilo que é essencial:
A arte da guerra II
18. Por isto se diz: Se conheces o inimigo e a ti mesmo, não precisas amedrontar-te perante cem batalhas. Se te conheces a ti mesmo mas não ao inimigo, então vitória e derrota têm igual peso. Se não conheces nem o inimigo nem a ti mesmo, então tu perdes qualquer batalha.
Sun Tzu
A arte da guerra
“O comandante decide, portanto, sobre o destino do seu povo. Dele depende se em seu Estado reina a paz ou o perigo.” Sun Tzu
Resenha A revolução dos bichos
Esse livro é para mim um pouco mais difícil de falar sobre ele, não por causa da forma de escrita, mas por causa de todo o contexto histórico de quando ele foi escrito.
George Orwell termina de escrever esse livro logo após a 2° guerra mundial e tem muita dificuldade em publicá-lo, pois claramente o livro é uma crítica a governos de sua época, não vou entrar em detalhes desse contexto histórico por que não tenho muito domínio sobre essa parte da história mundial.
A história em si não é difícil de ser lida e entendida. Ela é uma espécie de fábula, onde bichos adquirem características humanas.
Esses bichos se revoltam e tomam a granja onde vivem e passam a viver em uma espécie de comunidade dos bichos, onde todos seriam iguais e teriam os mesmos direitos. Viveriam do que iriam produzir, teriam uma vida digna e sem exploração. Mas não é bem isso que acontece, no decorrer do livro, os porcos, que são os líderes dessa revolução, passam a ser cada vez mais autoritários e exploradores. Muito parecido com a qualquer regime político hoje em dia. Vale a pena a leitura nesse cenário atual que vivemos, vale a reflexão sobre o poder político.
A revolução dos bichos V
“Doze vozes gritavam, cheias de ódio, e eram todas iguais. Não havia dúvida, agora, quanto ao que sucedera à fisionomia dos porcos. As criaturas de fora olhavam de um porco para um homem, de um homem para um porco e de um porco para um homem outra vez; mas já era impossível distinguir quem era homem, quem era porco.”
A revolução dos bichos IV
“De certa maneira, era como se a granja tivesse ficado rica sem que nenhum animal houvesse enriquecido — exceto, é claro, os porcos e os cachorros.”
A revolução dos bichos III
De modo geral, porém, os bichos gostavam daquelas celebrações. Achavam confortador ser relembrados de que, afinal, não tinham patrões e todo o trabalho que enfrentavam era em seu próprio benefício. E assim, às custas das cantorias, dos desfiles, do estrondo da espingarda e do drapejar da bandeira, conseguiram esquecer de estavam de barriga vazia, pelo menos a maior parte do tempo.