Sobre o amor

Lembro do dia que estava caminhando pela praia de Ipanema e no meu fone tocava Tom Jobim, parecia cena de filme, até que, sentei naquela areia fofa e comecei a me questionar sobre o amor. Por incrível que pareça, nesse dia a praia não estava tão cheia como de costume e o pôr do sol que eu observava era, sem dúvida alguma, uma das coisas mais lindas que já presenciei nessa vida. Pensei que devia ser uma pessoa sortuda demais por estar no lugar certo e na hora que parecia ser a mais correta também. Naquele momento percebi o quanto o amor se faz presente de tantas formas e como ele é impossível de ser definido. É perceptível ver o amor sendo expresso por músicas, peças, quadros e tantas outras formas de arte, mas não há como ser explicado e quem tenta explicá-lo, será mesmo que está amando? Foi em meio a todos esses pensamentos que lembrei da pessoa que fez eu amar da forma mais leve que eu nunca pensei sentir. Lembrei das curvas daquele sorriso que entortavam essa minha vida extremamente reta. Lembrei o quão fui feliz com essa pessoa e que tudo bem não estarmos mais juntos hoje, afinal, a pessoa que eu era quando a conheci, vai sempre amar a pessoa que ela era no momento em que nos encontramos. Todos os dias passamos por situações diversas, o que faz com que sejamos pessoas diferentes a cada dia, então, até o final de nossas vidas, já fomos milhares de pessoas. Sei que duas pessoas só têm chances de serem eternas enquanto houver lembranças, e quanto a elas, espero jamais esquece-las, porque são as nossas histórias que nos mantém vivos, isso que nos faz melhorar cada vez mais. Nesse dia em específico, parece que a sensação de estar naquela praia e tendo questionamentos tão leves que me remetiam a momentos incríveis do passado, me mantiveram feliz à não desistir de encontrar motivos para viver. Sem medo dos términos, dos encontros e desencontros da vida, sem medo de quem eu serei amanhã. Apenas na expectativa de novas histórias e de dias melhores que sempre hão de vir, que podem até demorar, mas chegam, e isso se relaciona diretamente ao amor. O amor é um resumo do infinito. Pode-se passar tempo, mudar o espaço, e se ainda houver lembranças, ele continuará e uma vez ou outra, fará uma vista para saber como você está. Em outras ocasiões, o amor surge em um momento inesperado e te faz sentir uma calma imensa e você fica tão grato àquele momento que não sabem nem como agradecer. Afinal, sobre o amor, não posso dizer muito, só dizer que amo.  

 

Eveline Mendes. 

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