GRANDES CLÁSSICOS: Cinco Minutos

Cinco Minutos, 1856

Cinco minutos foi das primeiras narrativas escritas por José de Alencar. Ainda no início da carreira, o escritor mantinha o estilo folhetinesco e casual. Nessa história breve, passada no Rio de Janeiro, o protagonista dirige-se diretamente a sua prima para contar um caso pessoal. Figura um tom intimista, quase como um segredo que se quisesse contar.

“É uma história curiosa a que lhe vou contar, minha prima. Mas é uma história, e não um romance. Há mais de dois anos, seriam seis horas da tarde, dirigi-me ao Rocio para tomar o ônibus de Andaraí. Sabe que sou o homem o menos pontual que há neste mundo; entre os meus imensos defeitos e as minhas poucas qualidades, não conto a pontualidade, essa virtude dos reis, e esse mau costume dos ingleses. Entusiasta da liberdade, não posso admitir de modo algum que um homem se escravize ao seu relógio e regule as suas ações pelo movimento de uma pequena agulha de aço ou pelas oscilações de uma pêndula.”

O protagonista, não nomeado, se atrasa e perde o ônibus que desejava. Assim, acaba se cruzando com Carlota, uma desconhecida até então por quem fica fissurado. Carlota tinha dezesseis anos, era muito doente, e havia se apaixonado pelo protagonista meses antes durante um baile. Por crer que a sua saúde perigava, decidiu não se declarar ao amado. Por fim, a menina se curou da doença e viveu feliz para sempre ao lado do amado.

A história contada por José de Alencar é um clássico romântico repleto de um afeto ingênuo e pueril.

Espalhe isto!

Deixe um comentário

Clube do Gueto