LIVROS COMPLEXOS: Finnegans Wake

5. Finnegans Wake, de James Joyce

De James Joyce podíamos ter escolhido Ulysses, mas pareceu demasiado óbvio. Quando o leitor se queixa do esforço necessário para ler Finnegans Wake (1939), tenha em mente o que custou ao autor escrever esse romance, durante quase duas décadas. O intrigante é que começou logo depois de completar seu monumental Ulysses (1922), obra que, em suas próprias palavras, o deixara “esgotado”. É claro que o escritor irlandês tirou forças de algum lugar, porque Finnegans Wake tem 628 páginas, para as quais teve que se desfazer de quase 15.000.

Usou uma linguagem inventada, misturando unidades léxicas do inglês com neologismos, e o encheu de trocadilhos que fazem com que seja realmente difícil compreendê-lo. A estrutura ajuda pouco: não é linear, mas, como ele chamou, “esférica” onde tudo que é contado sobre a família Earwicker e seu ambiente é ao mesmo tempo o início e o fim da história. Os poucos que conseguiram terminá-lo (e entender), como o escritor Anthony Burgess, afirmam que “morreram de rir em cada página”. Parabéns, senhor Burgess.

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