ECLIPSE
E nem mais existirá a esperança do trágico…
E no vazio,
em vão apelareis para as grandes catástrofes,
para a vaidade do ranger dos dentes,
para o pavoroso das formas não de todo feitas,
sob o terrível das forças verticais…
Sumirão as espadas suspensas de fios,
sumirá a mão que escreve nas paredes
do festim velho,
e a Esfinge dormirá nas areias eternas…
Somente o segredo, acordado, no caminho claro,
na encruzilhada de todos os caminhos,
andando na tua frente, desvendado,
mais difícil de crer do que de decifrar…
Teu pensamento, tua fé e teu desejo,
criando, à tua escolha, o teu destino…
E se fores forte,
olha bem para cima,
para ver como é sorrindo
que morre o teu Pai…