Suspensão – Vinicius de Moraes

SUSPENSÃO

Rio de Janeiro , 1933

Fora de mim, fora de nós, no espaço, no vago
A música dolente de uma valsa
Em mim, profundamente em mim
A música dolente do teu corpo
E em tudo, vivendo o momento de todas as coisas
A música da noite iluminada.

O ritmo do teu corpo no meu corpo…
O giro suave da valsa longínqua, da valsa suspensa…
Meu peito vivendo teu peito
Meus olhos bebendo teus olhos, bebendo teu rosto…
E a vontade de chorar que vinha de todas as coisas.

Espalhe isto!

Deixe um comentário

Clube do Gueto