10 livros que foram adaptados para cinema

Desde os grandes clássicos da História a simples romances de cordel, o contributo da literatura para o sucesso do cinema é inquestionável. No próximo artigo vamos conhecer 10 dos livros que inspiraram obras cinematográficas e que saltaram da letra escrita para o grande ecrã:
1. Harry Potter
Quem não se lembra do pequeno feiticeiro Harry Potter e dos seus inseparáveis amigos Ronald Weasley e Hermione Granjer? Em permanente luta contra o malvado Lord Voldemort, Harry e os seus amigos estudavam feitiçaria na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.
As aventuras destes heróis e dos respetivos professores atravessaram uma geração inteira de espetadores, que principiaram a assistir Harry Potter, produzido por David Heyman, no cinema por volta de 2001 e se despediram dos seus personagens em 2011.
Os oito filmes da saga Harry Potter tiveram origem numa coleção de sete romances inéditos de autoria da britânica J. K. Rowling. O primeiro romance da coleção foi lançado em 1997, e rapidamente “Harry Potter e a Pedra Filosofal” se tornou num dos grandes êxitos a nível mundial.
Os 450 milhões de cópias vendidas até 2015, englobando todos os livros da série, fez de Harry Potter um “best-seller” da história. Na verdade, os últimos quatro livros da coleção foram, à vez, considerados os livros mais vendidos de sempre em toda a história da literatura. A título de curiosidade pode dizer-se que o último livro da série vendeu mais de 11 milhões de exemplares nos EUA e isto nas primeiras 24 horas de pós-lançamento.
2. O Senhor dos Anéis
“The Lord of the Rings” é uma trilogia famosíssima de filmes produzidos por Peter Jackson, que desde 2001 até 2003 alcançou o sucesso e a admiração de espetadores e críticos.
Os três filmes foram rodados na Nova Zelândia, faturaram mais de 3 bilhões de dólares, receberam 17 Óscares de entre as 30 nomeações de que foram alvo, tiveram um orçamento estimado de 280 milhões de dólares e um tempo de produção que rondou os 8 anos. O “Senhor dos Anéis” está considerado como um dos maiores projetos financeiros jamais executados na história do cinema.
Baseado num livro escrito pelo britânico J. R. R. Tolkien, entre 1937 e 1940 e com fortes inspirações em etapas da Segunda Guerra Mundial, esta obra literária foi publicada entre 1954 e 1955, sob a forma de três volumes separados. Depressa se transformou num êxito de vendas. Foi traduzido em mais de 40 línguas e vendeu mais de 160 milhões de exemplares, tornando-se num dos mais populares trabalhos literários de todo o século XX.
A narrativa acontece num mundo de ficção localizado na Terceira Era da Terra Média, inspirado na Terra real mas sob o ponto de vista de uma Europa mitológica onde coabitam várias espécies tais como os Hobbits, Anões, Humanos, Elfos, Ents e Orcs.
O tema central é o conflito eterno entre o Bem e o Mal, numa tentativa desesperada para que o “Anel do Poder” não torne a cair nas mãos do seu criador Sauron, Senhor do Escuro. O anel é o elemento centralizador de todas as três partes da história e o sucesso que alcançou tanto nos livros, quanto no cinema foi impressionante.
3. O Meu Pé de Laranja Lima
Este filme foi dirigido por Aurélio Teixeira e lançado pela primeira vez em 1970. Em 2012 uma nova versão da mesma história foi levada de novo ao cinema, dirigida por Marcos Bernstein e exibida durante o Festival do Rio, no Brasil em 2013.
Baseado no romance juvenil do escritor brasileiro José Mauro de Vasconcelos, “O Meu Pé de Laranja Lima” conta a história triste de um rapazinho de seis anos de idade que se vê constantemente envolvido em grandes confusões, um pouco por culpa do seu espírito traquinas e irreverente, mas um pouco também por incompreensão por parte dos adultos.
O livro “O Meu Pé de Laranja Lima” foi publicado em 1968, traduzido para 52 línguas e publicado em 19 países. Foi considerado como de literatura obrigatória nas escolas brasileiras e foi alvo de várias adaptações também para televisão e teatro, além do cinema.
4. Os Maias
A mais recente versão cinematográfica de “Os Maias” estreou em 2014 e foi escrita e realizada por João Botelho, tratando-se de um coprodução entre Portugal e Brasil, Esta versão cinematográfica de “Os Maias” contava com a participação de atores e atrizes dos dois países.
Baseado num dos mais célebres romances do escritor português Eça de Queirós, “Os Maias”, o filme permaneceu fiel à ideia base da história que conta a trajetória de uma família ao longo de três gerações, com principal relevo para o amor incestuoso de Carlos Eduardo e Maria Eduarda.
O livro “Os Maias”, de Eça de Queiroz, foi publicado no Porto, Portugal, em 1888 e tem sido ao longo dos anos alvo de imensos estudos e interpretações, sendo de leitura obrigatória nas escolas portuguesas, e constituindo uma poderosa ferramenta de crítica aos costumes e à sordidez de um Portugal de há mais de 100 anos atrás.
5. O Monte dos Vendavais
“Wuthering Heights”, ou “O Morro dos Ventos Uivantes”, ou ainda “O Monte dos Vendavais”, foi adaptado para o cinema pela primeira vez em 1920, por Albert Victor Bramble.
No ano de 1939, Wiliam Wyler dirigiu a nova versão de “O Monte dos Vendavais” com assinalável sucesso. Na sua época este filme foi candidato a oito Óscares mas conseguiu vencer apenas numa das modalidades: a da melhor fotografia a preto-e-branco.
Em data mais recente, 2012, uma nova versão do filme foi dirigida por Andrea Arnld facultando uma visão mais modernizada da mesma história.
Ambos os filmes foram baseados no romance “Wuthering Heights”, da britânica Emily Brontë, que em 1847 lançou este que viria a ser o seu único livro.
Hoje em dia esta obra é vista como um clássico da literatura inglesa, mas na época da sua publicação a autora recebeu diversas críticas devido à natureza da história, que muitos afirmavam ser sórdida.
Toda a narrativa se baseia na história dramática da família dos proprietários de uma quinta “Granja da Cruz dos Tordos”, situada em Yorkshire, Inglaterra. Com laivos de sobrenatural, paixão, ciúme, ódio e amor intemporal este romance resultou maravilhosamente quando transposto para o cinema, nada perdendo do seu mistério e da sua magia.