Rachel de Queiroz foi a primeira mulher a entrar para a Academia Brasileira de Letras. Cresceu em meios aos livros, foi uma leitora precoce e começou a escrever bem nova. Aos 16 anos já escrevia para jornais e revistas e escreveu seu primeiro romance, O quinze, aos 18 anos. Toda sua obra tem características bem próprias, críticas sociais, denuncia das desigualdades e defesa de uma sociedade justa.
Neste livro de crônicas, Cenas Brasileiras, ela retrata a realidade do país e as histórias poderiam, muito bem, ser sobre o dia a dia de muita gente hoje. Em suas crônicas, que foram escritas entre os anos 40 e 60, ela fala da fome, da seca do nordeste, das crianças criadas na rua, do indígena que é trago pra cidade, da mulher que sonha em ter uma família, de amores que não terminam bem, da perseguição policial aos negros…esse livro bem poderia ter sido escrito nessa década, pois de lá pra cá, quase nada mudou.