TEXTOS DESCONHECIDOS: Quero o seu amor, mas não dá

Quero o seu amor, mas não dá

Não quero me envolver. tenho medo de me apegar. sentir falta. precisar um dia falar com você só para eu ficar melhor. não quero você em minha vida desse jeito. não quero me decepcionar, não com você. você é especial demais. não para mim, mas para algo que o universo clama.

você só pode estar ficando maluco. abrindo seu peito e dizendo para outros que gosta de mim. de me beijar. e do estado que eu lhe deixo. você só pode estar ficando maluco. porque eu não sou capaz de te corresponder sem ficar apavorado. você sabe disso.

apesar do desconhecido ser interessante. você não vai querer ficar depois que descobrir e conhecer. eu tenho certeza, nenhum quis, por quê com você seria diferente?

não vou tentar, não quero tentar. vou te esquecer e te espalhar. no mar de decepções e pessoas que eu deixei para trás. e todo o sentimento deixar passar.

não sou capaz de corresponder você e você jamais seria capaz de me amar, do jeito que eu sou não dá.


Autor(x): cheiodeproblema

Encontrado no Tumblr em cheiodeproblema

TEXTOS DESCONHECIDOS: Fotossensível

“Conhecimento é luz. Aos que já estavam em um ambiente claro, é sinônimo de mais capacidade visual, para os que estavam no escuro é desconforto e dor. É como acordar e imediatamente acender a luz do quarto, parece que vai cegar. A vontade de fechar os olhos ou tapar a visão com a mão, lençol ou travesseiro é irresistível… você implora para voltar àquela ignorância obscura e confortável, nada te incomodava. Talvez não estivesse no momento certo para provar da luz. Entretanto, mesmo de olhos fechados novamente, não é e nunca será mais a mesma coisa que antes, não dá para desconhecer o conhecido… uma vez iluminado pelo holofote do esclarecimento, permanecer na escuridão é estar aprisionado e abrir os olhos à luz, ainda que doloroso, é enxergar a liberdade e buscar na luz a coragem para se levantar.”


Autor(x): Poetic messy mind

Encontrado no Tumblr em Poetic messy mind

TEXTOS DESCONHECIDOS: Álbum de Família

“A praia transpirava o azul salgado do mar.

E eu, criança inseto, tentava não ser pega pelos sapos que ali nadavam.

A viscosidade pedregulhosa que eles carregavam me apavorava.

Temia a minha pele sendo contaminada, a sujeira das carnes verdes entrando pelos poros, mostrando para todos as anomalias que eu, ainda tão pequena, acreditava que conseguiria esconder.

*

Ao meu lado, na areia, a família que me prendia no lugar.

Pai. Mãe. Irmã. Primos. Avô.

O nosso pai tirava fotos da irmã.

A minha irmã, uma criança bonita.

Bonita no sentido de quase sensual, uma sensualidade tóxica que é imposta a todas as meninas e que algumas assimilam melhor do que outras.

E por isso elas são sagradas vencedoras.

A minha irmã também foi vítima.

*

Sempre desejei existir para o nosso pai.

Sempre desejei existir para a câmera do nosso pai.

Uma foto e eu existiria.

Mas ele não gastava os rolos caros de filme com uma criança magra e feia que temia os sapos que as outras pequenas gostavam.

Eu tinha sete anos, eu não sabia ser sensual.

*

Só me restava chorar.

Berrei alto, o máximo possível para que sentissem pena e entendessem o cru desespero que jorrava salgado.

Eu queria existir.

O pai escutou, mas não se importou.

*

Ele começou a rir.

Gargalhava enquanto eu chorava.

A desejada máquina ciclópica reluziu, também em deboche.

Bater fotos daquela cara infantil rasgada em lágrimas, que ideia engraçada.

A família celebrou com cerveja barata. Sexo sujo. Dedos podres e restos de comida.

Foi uma ótima piada!

*

A minha agonia registrada para sempre nos álbuns da família.

Não existem outras fotos minhas.”

Autora: Mariana Carolo

Encontrado no Google em Escambau.

Otávio – Vinicius de Moraes

OTÁVIO

Rio de Janeiro , 2004

Torce a boca, olha as coisas abstrato
Percorre da varanda os quatro cantos
E tirando do corpo um carrapato
Imagina o romance mil e tantos…

Logo após olha o mundo e o vê morrendo
Sob a opressão tirânica do mal
E como um passarinho, vai correndo…
Escrever um tratado social

É amigo de um “braço” na poesia
E de um outro que é só filosofia
E de um terceiro, romancista: veja

Quanto livro a escrever ainda teria
O ditador Otávio de Faria
Sob o signo cristão da nova Igreja…

TEXTOS DESCONHECIDOS: Castelo de papel

“Tantos sonhos nesse deserto vazio
Que quando eu dormir
Só um sonhador pode ir
Em meu mundo tão sem cor.

Esse lugar tão peculiar
Que posso reinventar
As minhas incríveis histórias
Ao mundo para contar.

Sou uma viajante perdida
Procurando uma inspiração
Para minhas resoluções
Em um único beijo para soluções.

Perdi 24 amigos
E na solidão eu fiquei
24 anjos me saudaram
E tive amigos outra vez.

Preciso ser mais criança
Mesmo que isso seja difícil
Rir ou chorar
Serão minhas importantes lições.

Nesse castelo de papel
Poesia vai ser escrita
Como torres e muros
Na minha eterna fantasia.

Tanta saudade eu sinto de você
Em meu castelo de papel
Que nós construímos
Para nos lembrarmos para sempre.

Os reis eram nós
Éramos só um
Ninguém nos podia proibir
Quem nós queríamos ser.

Somos tão jovens
Como um amor de criança
Nesse castelo de papel
Onde seus sonhos se tornam reais.

Vem comigo
Junto a esse lugar tão especial
Aproveitar o nosso tempo
Antes dele se acabar.

Pega em minha mão
Prometo cumprir
Os nossos desejos intensos
Como jovens apaixonados.

O nosso castelo de papel
Ser pra sempre jovem
Que os nossos corações rebeldes
Mergulham nessas doces emoções.”

Autor: JW

Encontrado no Wattpad em Poemas autorais-JW

TEXTOS DESCONHECIDOS: Universidade Periférica

“As noites e sua neblinas.
Pelotas e sua rotina.

Universitária e periférica.

Realidade que se mescla
cheia de contradições.

Essas…Existem em mim.

Ocupações.
Matéria e espírito.
Em constante conflito.

Um pouco de mim está sendo revelado
nessa viagem como um memorial.

Tornar-se uma memória
é o gesto eterno de glória.

E como em meus sonhos,
há muita neblina…

Mas rompo e vejo que no fundo…
Sempre soube da Oitava Poesia.”

Autor: Otávio S. de Araújo

Encontrado no Google em Oitava Poesia

TEXTOS DESCONHECIDOS: Só quero ser eu

“Eu só quero ser eu onde ninguém é ninguém.
Eu quero ser musica onde só existe o silêncio.
Quero cantar onde ninguém goste de ouvir, morar em lugares totalmente desconhecidos e ser a louca que consegue dar a vida todo o sentido.
Eu quero ser o arco-íris do céu acinzentado e mergulhar nos mais profundos lagos.
Eu quero existir não só no mundo paralelo quero radiar luz como faz o nosso sol amarelo, eu só quero viver uma vida que jamais esquecerei, conhecer praias que jamais imaginei, sonhar como nunca sonhei e amar como sempre amei.”

Autora: Gabriela

Encontrado no Instagram em I’m Poesia

TEXTOS DESCONHECIDOS: O Canto

“Ponto, superfície ou linha de convergência; ângulo, quina; local retirado; recanto. Canto de música, de lugar, de apreciar, de descansar, de mudar, de encostar, de se esconder, de aprender, de ser, de mostrar. Canto de pássaro, pra acordar, distrair, emocionar, traduzir, expôr, explorar, mostrar, fazer com que seja visto, notado, observado, cativado. Deixar ser cativante, ser cantante, apaixonante, ser artista, ser arte, ser pintura, ser tela, ser cor, qualquer cor! Cante desafinado, sem ritmo, no chuveiro, deitado, sozinho, em grupo. Cante desesperado, cante animado, cante triste, feliz, atordoado, mesmo que por um triz. Cante, balance sua voz, alma, esqueleto, corpo, sua máquina. Use-a do seu jeito, do modo que quiser. Seja ousado (a), seja você, seja luz, cante luz, emane luz, vibre luz e energia, vibre amor, seja amor. Evolua, voe, até a lua se que quiser, ou, ao infinito e além. Vá onde quiser, seja o que quiser, seja VOCÊ!”

Autora: Camila Simões

Encontrado no Instagram em Intensicronica.

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