51. Memórias Sentimentais De João Miramar, Oswald De Andrade
52. A Coleira Do Cão, Rubem Fonseca
53. Espumas Flutuantes, Castro Alves
54. Um Copo De Cólera, Raduan Nassar
55. A Estrela Sobe, Marques Rebelo
56. Poema Sujo, Ferreira Gullar
57. Lucíola, José De Alencar
58. O Ateneu, Raul Pompéia
59. Fogo Morto, José Lins Do Rego
60. O Quinze, Rachel De Queiroz
61. Seminário Dos Ratos, Lygia Fagundes Telles
62. Invenção De Orfeu, Jorge De Lima
63. Terras Do Sem Fim, Jorge Amado
64. Broquéis, Cruz E Souza
65. O Encontro Marcado, Fernando Sabino
66. A Moreninha, Joaquim Manuel De Macedo
67. Morangos Mofados, Caio Fernando Abreu
68. O Ex-Mágico, Murilo Rubião
69. O Picapau Amarelo, Monteiro Lobato
70. As Metamorfoses, Murilo Mendes
71. Harmada, João Gilberto Noll
72. Ópera Dos Mortos, Autran Dourado
73. O Cortiço, Aluísio Azevedo
74. A Escrava Isaura, Bernardo Guimarães
75. 200 Crônicas Escolhidas, Rubem Braga
76. O Vampiro De Curitiba, Dalton Trevisan
77. O Coronel E O Lobisomem, José Cândido De Carvalho
78. Os Ratos, Dyonélio Machado
79. O Analista De Bagé, Luis Fernando Verissimo
80. Febeapá, Stanislaw Ponte Preta
81. O Homem E Sua Hora, Mário Faustino
82. Catatau, Paulo Leminski
83. Os Cavalinhos De Platiplanto, José J. Veiga
84. Avalovara, Osman Lins
85. Eu, Augusto Dos Anjos
86. O Que É Isso, Companheiro?, Fernando Gabeira
87. O Braço Direito, Otto Lara Resende
88. Quarup, Antonio Callado
89. A Senhorita Simpson, Sérgio Sant’anna
90. Tremor De Terra, Luiz Vilela
91. Zero, Ignácio De Loyola Brandão
92. Galvez, Imperador Do Acre, Márcio Souza
93. Viva Vaia, Augusto De Campos
94. Galáxias, Haroldo De Campos
95. Inocência, Visconde De Taunay
96. Poesias, Olavo Bilac
97. O Tronco, Bernardo Élis
98. O Uraguai, Basílio Da Gama
99. Juca Mulato, Menotti Del Picchia
100. Contos Gauchescos, João Simões Lopes Neto
Autor: Vinicius
LIVROS ESSENCIAIS (Revista Bravo) p. 1
1. Memórias Póstumas De Brás Cubas, Machado De Assis
2. Dom Casmurro, Machado De Assis
3. Vidas Secas, Graciliano Ramos
4. Os Sertões, Euclides Da Cunha
5. Grande Sertão: Veredas, Guimarães Rosa
6. A Rosa Do Povo, Carlos Drummond De Andrade
7. Libertinagem, Manuel Bandeira
8. Lavoura Arcaica, Raduan Nassar
9. A Paixão Segundo G.H., Clarice Lispector
10. Macunaíma — O Herói Sem Nenhum Caráter, Mário De Andrade
11. Lira Dos Vinte Anos, Álvares De Azevedo
12. O Tempo E O Vento, Erico Verissimo
13. Morte E Vida Severina, João Cabral De Melo Neto
14. Vestido De Noiva, Nelson Rodrigues
15. Serafim Ponte Grande, Oswald De Andrade
16. Crônica Da Casa Assassinada, Lúcio Cardoso
17. Os Escravos, Castro Alves
18. O Guarani, José De Alencar
19. Romanceiro Da Inconfidência, Cecília Meireles
20. Triste Fim De Policarpo Quaresma, Lima Barreto
21. São Bernardo, Graciliano Ramos
22. Laços De Família, Clarice Lispector
23. Sermões, Padre Vieira
24. As Meninas, Lygia Fagundes Telles
25. Sagarana, Guimarães Rosa
26. Nova Antologia Poética, Mário Quintana
27. Navalha Na Carne, Plínio Marcos
28. A Obscena Senhora D, Hilda Hilst
29. Nova Antologia Poética, Vinícius De Moraes
30. Brás, Bexiga E Barra Funda, Antônio De Alcântara Machado
31. Paulicéia Desvairada, Mário De Andrade
32. I-Juca Pirama, Gonçalves Dias
33. Baú De Ossos, Pedro Nava
34. A Vida Como Ela É, Nelson Rodrigues
35. A Alma Encantadora Das Ruas, João Do Rio
36. Estrela Da Manhã, Manuel Bandeira
37. Obra Poética, Gregório De Matos
38. Gabriela, Cravo E Canela, Jorge Amado
39. Marília De Dirceu, Tomás Antônio Gonzaga
40. Claro Enigma, Carlos Drummond De Andrade
41. Mar Absoluto, Cecília Meireles
42. Malagueta, Perus E Bacanaço, João Antônio
43. O Pagador De Promessas, Dias Gomes
44. Noite Na Taverna, Álvares De Azevedo
45. Romance D’a Pedra Do Reino E O Príncipe Do Sangue Do Vai-E-Volta, Ariano Suassuna
46. Bagagem, Adélia Prado
47. Viva O Povo Brasileiro, João Ubaldo Ribeiro
48. Memórias De Um Sargento De Milícias, Manuel Antônio De Almeida
49. Cartas Chilenas, Tomás Antônio Gonzaga
50. Canaã, Graça Aranha
Séries de livros mais vendidas
Série de livro | Autor(es) | Língua original | No. de volumes | Primeira publicação | Vendas aproximadas |
---|---|---|---|---|---|
Harry Potter | J.K. Rowling | Inglês | 7 + 4 adicionais | 1997–presente | 450 milhões[137] |
One Piece | Eiichiro Oda | Japonês | 92 + em publicação | 1996-presente | 450 milhões [138] |
Goosebumps | R. L. Stine | Inglês | 62 + séries de spin-off | 1992–1997–presente | 350 milhões[139] |
Perry Mason | Erle Stanley Gardner | Inglês | 82 + 4 histórias curtas | 1933–1973 | 300 milhões[140] |
Berenstain Bears | Stan and Jan Berenstain | Inglês | mais de 300 | 1962–presente | 260 milhões[141] |
Choose Your Own Adventure | vários autores | Inglês | 185 | 1979–1998 | 250 milhões[142] |
Sweet Valley High | Francine Pascal e ghostwriters | Inglês | 400 | 1983–2003 | 250 milhões[143] |
Noddy | Enid Blyton | Inglês | 24 | 1949–presente | 200 milhões[144] |
Nancy Drew | vários autores como Carolyn Keene | Inglês | 175 | 1930–presente | 200 milhões[145] |
The Railway Series | Rev. W. Awdry, Christopher Awdry | Inglês | 41 | 1945–2011 | 200 milhões[146] |
San-Antonio | Frédéric Dard | Francês | 173 | 1949–2001 | 200 milhões[147] |
Robert Langdon | Dan Brown | Inglês | 5 | 2000–presente | 200 milhões[148] |
The Baby-sitters Club | Ann Martin | Inglês | 335 | 1986–presente | 172 milhões[149] |
O Diário de um Banana (série) | Jeff Kinney | Inglês | 12 | 2007–presente | 164 milhões[150] |
Star Wars | vários autores | Inglês | mais de 300 | 1977–presente | 160 milhões[151] |
Little Critter | Mercer Mayer | Inglês | mais de 200 | 1975–presente | 150 milhões[152] |
A História do Coelho Pedro | Beatrix Potter | Inglês | 6 | 1902–1930 | 150 milhões[153] |
American Girl | vários autores | Inglês | 1986–presente | 140 milhões[154] | |
Canja de Galinha: Assuntos de Família | Jack Canfield, Mark Victor Hansen | Inglês | 105 | 1997–presente | 130 milhões[155] |
Frank Merriwell | Gilbert Patten | Inglês | 209 | 1896–presente | 125 milhões[156] |
Cinquenta Tons de Cinza | E. L. James | Inglês | 4 |
FEVER 77° (Caio Fernando Abreu)
Deixa-me entrelaçar margaridas
nos cabelos de teu peito.
Deixa-me singrar teus mares
mais remotos
com minha língua em brasa.
Quero um amor de suor e carne
agora:
enquanto tenho sangue.
Mas deixa-me sangrar teus lábios
com a adaga de meus dentes.
Deixa-me dilacerar teu flanco
mais esquivo
na lâmina de minha unhas.
Quero um amor de faca e grito
agora:
enquanto tenho febre.
Breve memória (CAIO FERNANDO ABREU)
De ausência e distâncias te construo
amigo
amado.
E além da forma
nem mão
Nem fogo:
meu ser ausente do que sou
e do que tenho, alheio.
Na dimensão exata do teu corpo
cabe meu ser cabe meu voo mais remoto
cabem limites transcendências
Na dimensão do corpo que tu tens
e que eu não toco
cabe o verso torturado
e um espesso labirinto de vontades
Porém não sabes.
(sem título) – Caio Fernando Abreu
Eu quero a vida.
Com todo o riscos
eu quero a vida.
Com os dentes em mau estado
eu quero a vida
insone, no terceiro comprimido para dormir
no terceiro maço de cigarro
depois do quarto suicídio
depois de todas as perdas
durante a calvície incipiente
dentro da grande gaiola do país
de pequena gaiola do meu corpo
eu quero a vida
eu quero porque quero a vida.
É uma escolha. Sozinho ou acompanhado, eu quero, meu
deus, como eu quero, com uma tal ferocidade, com uma tal
certeza. É agora. É pra já. Não importa depois. É como a quero.
Viajar, subir, ver. Depois, talvez Tramandaí. Escrever. Traduzir. Em solidão. Mas é o que quero. Meu deus, a vida, a vida, a vida.
A VIDA
À VIDA
Bem no fundo
No fundo, no fundo,
bem lá no fundo,
a gente gostaria
de ver nossos problemas
resolvidos por decreto
a partir desta data,
aquela mágoa sem remédio
é considerada nula
e sobre ela — silêncio perpétuo
extinto por lei todo o remorso,
maldito seja quem olhar pra trás,
lá pra trás não há nada,
e nada mais
mas problemas não se resolvem,
problemas têm família grande,
e aos domingos saem todos passear
o problema, sua senhora
e outros pequenos probleminhas.
ameixas
ame-as
ou deixe-as.
PAULO LEMINSKI
Precisão
O que me tranqüiliza
é que tudo o que existe,
existe com uma precisão absoluta.
O que for do tamanho de uma cabeça de alfinete
não transborda nem uma fração de milímetro
além do tamanho de uma cabeça de alfinete.
Tudo o que existe é de uma grande exatidão.
Pena é que a maior parte do que existe
com essa exatidão
nos é tecnicamente invisível.
O bom é que a verdade chega a nós
como um sentido secreto das coisas.
Nós terminamos adivinhando, confusos,
a perfeição.
Meu Deus me dê a coragem
de viver trezentos e sessenta e cinco dias e noites,
todos vazios de Tua presença.
Me dê a coragem de considerar esse vazio
como uma plenitude.
Faça com que eu seja a Tua amante humilde,
entrelaçada a Ti em êxtase.
Faça com que eu possa falar
com este vazio tremendo
e receber como resposta
o amor materno que nutre e embala.
Faça com que eu tenha a coragem de Te amar,
sem odiar as Tuas ofensas à minha alma e ao meu corpo.
Faça com que a solidão não me destrua.
Faça com que minha solidão me sirva de companhia.
Faça com que eu tenha a coragem de me enfrentar.
Faça com que eu saiba ficar com o nada
e mesmo assim me sentir
como se estivesse plena de tudo.
Receba em teus braços
o meu pecado de pensar.
Alice Ruiz
Ninguém me canta
como você
ninguém me encanta
como você
nem me vê
do jeito
que só você
de que adianta
ter olhos
e não saber ver
ter voz
mas não ter o que dizer
digam o que disserem
façam o que quiserem
ninguém diz
ninguém vê
ninguém faz
como você
ninguém me canta
ninguém me encanta
como você.
Integrações (Pablo Neruda)
Depois de tudo te amarei
como se fosse sempre antes
como se de tanto esperar
sem que te visse nem chegasses
estivesses eternamente
respirando perto de mim.
Perto de mim com teus hábitos,
teu colorido e tua guitarra
como estão juntos os países
nas lições escolares
e duas comarcas se confundem
e há um rio perto de um rio
e crescem juntos dois vulcões.
Soneto LXVI (Pablo Neruda)
Não te quero senão porque te quero
e de querer-te a não querer-te chego
e de esperar-te quando não te espero
passa meu coração do frio ao fogo.
Quero-te apenas porque a ti eu quero,
a ti odeio sem fim e, odiando-te, te suplico,
e a medida do meu amor viajante
é não ver-te e amar-te como um cego.
Consumirá talvez a luz de Janeiro,
o seu raio cruel, meu coração inteiro,
roubando-me a chave do sossego.
Nesta história apenas eu morro
e morrerei de amor porque te quero,
porque te quero, amor, a sangue e fogo.
Cem sonetos de amor – Extrato I (Pablo Neruda)
Matilde, nome de planta ou pedra ou vinho,
do que nasce da terra e dura,
palavra em cujo crescimento amanhece,
em cujo estio rebenta a luz dos limões.
Nesse nome correm navios de madeira
rodeados por enxames de fogo azul-marinho,
e essas letras são a água de um rio
que em meu coração calcinado desemboca.
Oh nome descoberto sob uma trepadeira
como a porta de um túnel desconhecido
que comunica com a fragrância do mundo!
Oh invade-me com tua boca abrasadora,
indaga-me, se queres, com teus olhos noturnos,
mas em teu nome deixa-me navegar e dormir.