Menina má – William March

Livro: Menina má
Autor(a): William march
Editora: Darkside books
Páginas: 272

 

Publicado em 1954, Menina Má conta a história de Christine Penmark, uma mulher que vive em um apartamento com sua filha Rhoda Penmark, uma doce menina amadas por todos ao seu redor e praticamente perfeita em tudo o que faz.

Um dia em sua escola, ocorre um concurso de caligrafia e o prêmio pro vencedor é uma medalha. Rhoda se esforça ao máximo pra conseguir ela, mas quem ganha e um menino da sua sala.

No dia seguinte ao concurso, a escola leva seus alunos para fazer um piquinique perto de um lago. Nesse passeio o menino que ganhou a medalha é encontrado morto e sem a medalha.

Logo após esses acontecimentos, acompanhamos a mãe da Rhoda começar a desconfiar das ações da filha e a questionar o seu passado como uma forma de encontrar uma origem para os fatos.

O livro tem uma narrativa fluída e instigante que não te deixa descansar até você chegar a última pagina, a única ressalva do livro é o final que pra mim poderia ser melhor.

O filme tem duas adaptações, a primeira (e a melhor) feita em 1956 (que rendeu uma indicação ao Oscar tanto para a Nancy Kelly quanto pra Patty McComark, esta última com 10 anos na época) e um remake de 2018.

A Redoma de vidro – Sylvia Plath

Titulo: A Redoma de Vidro

Autor: Sylvia Plath

Editora: Folha de São Paulo

Páginas: 239

Publicado em 1963 sob o pseudônimo de Victoria Lucas, A Redoma de Vidro é o único romance escrito pela americana Sylvia Plath, escritora que se suicidou semanas após a publicação do livro.

O romance é narrado em primeira pessoa pela protagonista Esther Greenwood, um alter-ego da Sylvia, uma menina que ganha um estágio remunerado em uma revista de moda.

Apesar das animações nas festas, presentes que recebe dos patrocinadores e do namorado estudante de medicina, Esther estava começando a se sentir vazia e indiferente com o ambiente ao redor dela.

Aos poucos começamos ver uma “redoma” cair sob a vida de Esther e só percebemos quando o estado tanto físico quanto mental dela começa a ser crítico. O que era uma “simples” cansaço a fez ficar paralisada com as atividades do dia-a-dia, chegando a ficar dias sem tomar banho, dormir e com uma extrema dificuldade para comer.

Apesar de seu estado preocupante, as pessoas que viviam ao redor de Esther (inclusive a sua mãe) enxergavam e tratavam aquilo como uma simples frescura.

Considerado um romance semi-autobiográfico, A Redoma de Vidro trás vários momentos da vida de Plath, desde as suas tentativas de suicídio até suas passagens por hospitais psiquiátricos que usavam tratamento de eletrochoque.

Além de falar sobre saúde mental o livro também fala sobre feminismo, numa época em que a mulher tinha que escolher entre casar ou trabalhar. Esther vive esse dilema e críticava o tratamento diferenciado que os meninos recebiam.

A escrita da Sylvia é muito poética e fluída, apesar de ser direta, crua e bem realista ao tratar da depressão em uma época em que não se tinha um conceito definido.

Recomendo a leitura desse livro incrível da Sylvia, porém em um momento seguro para amenizar o impacto que esse livro pode trazer.

Frases:

“Eu sou, eu sou, eu sou”

“Para a pessoa dentro da redoma de vidro, vazia e imóvel como um bebê morto, o mundo inteiro era um sonho ruim”

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Clube do Gueto