A literatura é um instrumento de conhecimento do outro, do outro que está logo ali, mas que não conheço por inteiro. E, quando penso em conhecê-lo integralmente, acabo por descobrir a mim mesmo, revelado na tentativa de significar o que está próximo e, ao mesmo tempo, distante de mim. Eu sou por causa do outro, o outro é por causa de mim. É um revelar-se às escondidas, é um ato de velar que mostra os resquícios da vida.