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A intensidade com que batia nos pesados portões demonstrava a grande preocupação que lhe afligia àquela hora da madrugada. Não queria gritar pelo vigário, não era do tipo que gostava de chamar a atenção. Mas a situação não deixava escolha…
Após dezenas de chamados, o amigo e padre Vigário enfim apareceu. Celina suava como só quem foge de si mesma, Vigário leu em seus olhos que ela queria se confessar…
…Chorando e articulando mal as frases,gemente e tremente a pobre mulher acabou caindo prostrada junto aos pés calosos do vigário.O padre ia abrir a boca para consola-lá, quando um coroinha seminu apareceu de detrás da sacristia…
e gritou: “peste e carestia!”, escapulindo esbaforido pela porta da frente deixada entreaberta. Celina mal teve tempo de se recompor de tamanho susto, quando vigário deu uma porrada com o castiçal do altar no crânio da pobre mulher…
… “Ó misericordioso Alá” exclamou em seu foro íntimo o falso sacerdote, enquanto escondia o corpo de Celina em uma das obscuras vielas da pedegrosa e irregular rua, “rogo-vos teu perdão, castiga-me por estes impiedosos atos praticados desde meu desgraçado e forçoso exílio da Tunísia, mas deixai o segredo do labirinto eternamente vedado ao conhecimento dos infiéis”. Arfava muito, embora fosse jovem e de porte musculoso…
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